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Módulo 8 – Portal de Saúde Eureka

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PORTAL DE SAÚDE EUREKA

Módulo 8

MANUAL DO EDUCADOR

Setores críticos: Centro cirúrgico, Neurologia, UTI, Nefrologia, Urgência e emergência.

APRESENTAÇÃO

A UTI é um dos setores que caracteriza o cenário de mudança tecnológica no ambiente hospitalar, pois, nesse local, a incorporação de novas tecnologias tem sido muito rápida e crescente. Uma unidade de terapia intensiva é criada com a finalidade de atender pacientes complexos e com risco iminente de morte, seus profissionais possuem conhecimentos e habilidades específicas, diferenciadas, e necessitam saber atuar dentro de suas funções. A demanda de trabalho de enfermagem tem sido relevante quando se busca aliar qualidade e segurança da assistência e a otimização de recursos. Nesse sentido, pode-se dizer que a UTI, influenciada pela expressiva demanda de pacientes, assume importância não só pela complexidade e especificidade de ações de cuidar, mas, também, pelos recursos materiais e humanos mobilizados. A administração hospitalar tem características singulares que requerem atenção específica para que possam ser entendidas, tais como ser parte de uma instituição maior, ter autonomia limitada, adquirir produtos mediante licitação, contratar pessoal, etc. São muitas as variáveis a serem administradas pelo enfermeiro para conseguir gerir a organização, buscando atender os interesses do usuário, do governo, das diversas categorias profissionais de trabalhadores e ainda, agir com senso de justiça. A sobrecarga de trabalho, a falta de tempo, o número insuficiente de profissionais e o número de pacientes assistidos dificultam a realização do planejamento das ações ou intervenções de enfermagem, por isso, é fundamental a correta adequação do número de profissionais enfermeiros para assistência e segurança do paciente, bem como para a qualidade das condições de trabalho e de vida dos enfermeiros o que, consequentemente, reflete na diminuição da carga de trabalho e melhoria da qualidade. A questão é conseguir balizar os aspectos políticos, econômicos e sociais, agilizando os processos em andamento em todos os setores. As funções administrativas são focadas na coordenação do serviço de cuidado de enfermagem; na avaliação e supervisão do trabalho da equipe técnica e de apoio formada por enfermeiros, técnicos, auxiliares técnicos e administrativos; na orientação e treino do serviço de assistência direta e indireta à saúde do paciente; inclui-se, ainda, nesse processo, a realização do controle burocrático de faltas, plantões e procedimentos padrões dos que trabalham em sua equipe; a participação de reuniões com a administração central e com sua equipe, e o estabelecimento de contato com os outros departamentos agilizando diferentes demandas. Faz parte dessa função a capacidade de negociar com as diferentes categorias profissionais, articular as demandas da política institucional, administrar as situações de conflito, bem como negociar as oposições, as resistências e encaminhar resoluções assertivas. O ambiente de trabalho hospitalar coloca o enfermeiro-gestor diante do desafio de exercer papéis, funções todos interligados de modo que esse possa fazer a interlocução com outros departamentos e com sua própria unidade de trabalho, garantindo o funcionamento dos serviços de saúde.

O trabalho do enfermeiro em unidade de tratamento intensivo consiste em obter a história do paciente, realizar exame físico, executar procedimentos e intervenções relativas ao tratamento, avaliar as condições clínicas, orientar os pacientes para continuidade do tratamento. No ambiente de cuidados intensivos a identidade e autonomia do paciente internado são afetadas por ele ser considerado incapaz de escolher, decidir, opinar e até se expressar, ações que muita vezes permanece após a alta hospitalar. Pacientes em situações de saúde críticas, necessitam de respostas individuais e complexas a sua situação de saúde. Os cuidados de enfermagem prestados à pessoa em situação crítica exigem ações bem coordenadas e altamente qualificadas. O enfermeiro deve analisar a organização, estrutura, funcionamento e o trabalho da equipe multiprofissional nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e unidades especializadas, refletindo sobre os diversos aspectos do cuidar nas unidades de terapia intensiva e unidades especializadas considerando os princípios de complexidade progressiva, as medidas de prevenção de infecção hospitalar e as estratégias de humanização da assistência ao paciente crítico nas diferentes situações. Nessas unidades, o enfermeiro tem papel preponderante para que a assistência possa ser efetivada, bem como sobre a organização e o gerenciamento do ambiente do cuidado. Eles trabalham em um ambiente laboral em que precisam lidar com as constantes cobranças por parte da direção para que as unidades funcionem, e, não só, são pressionados a apresentar excelência na qualidade da prestação dos serviços de saúde na clínica que gerenciam, como a quantidade de papéis que  se percebem assumindo, como forma de reação para lidar com as situações críticas. É necessário dinâmica e especificidade no trabalho nas UTIs favorecendo assim a interação e a interlocução entre profissionais, impactando positivamente o desenvolvimento do trabalho em equipe. A enfermagem desempenha um papel importante na coordenação do ambiente hospitalar, visto que possui como função a integração entre os profissionais e os setores visando a um atendimento integral e de qualidade. O enfermeiros que atuam em UTIs devem ser incentivados às reflexões constantes sobre suas práticas, no sentido de explicitar a singularidade do seu trabalho nesses cenários, cuja complexidade repercute em uma dinâmica diferenciada articulando trabalho assistencial e gerencial no cuidado a pacientes críticos em UTIs, o que fará, com certeza, a diferença no serviço prestado.

CENTRO CIRÚRGICO APLICADO À ENFERMAGEM

Competências: conhecer o Centro Cirúrgico e a Central de Material Esterilizado nas inter-relações existentes entre as diversas áreas funcionais do hospital, assim como a integração dos diferentes objetivos destas áreas com uma política gerencial adequada aos interesses da empresa e seu todo. Correlacionar os procedimentos e cuidados de enfermagem indicados na prevenção, tratamento e reabilitação das afecções clínicas e cirúrgicas. Correlacionar os cuidados de enfermagem nos períodos pré e pós-operatório, identificando as alterações fisiológicas e complicações decorrentes da cirurgia.

PLANO DE AULA

Curso: Curso técnico de nível médio em enfermagem

Autora: Elizia Esther Calixto Paiva

Colaboradora: Suely de Lima Matos Nascimento

Unidade: Centro Cirúrgico aplicado à enfermagem

Assunto: Centro Cirúrgico

Objetivo

Compreender os conceitos do Centro Cirúrgico, seus espaços, material e equipe multiprofissional.

Conteúdo programático

  • Introdução
  • Atribuições do auxiliar de enfermagem e técnico de enfermagem
  • Paramentação cirúrgica
  • Processo cirúrgico
  • Período Intra-operatório
  • Posicionamentos cirúrgicos
  • Recuperação Anestésica (RA)
  • Cuidados de Enfermagem
  • Sistematização da Assistência de Enfermagem Peri operatória (SAEP)
  • Atribuições do auxiliar e técnico de enfermagem na recuperação anestésica
  • Avaliação do paciente realizada pela equipe de enfermagem na recuperação anestésica
  • Central de material Estéril (CME)

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

POSSARI, João Francisco. Centro Cirúrgico: Histórico, Finalidades e Importância no Contexto Hospitalar. In: POSSARI, João Francisco. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão. 4ª ed. São Paulo: Iátria, 2009. Cap. 1. p. 25-28.

POSSARI, João Francisco. Centro Cirúrgico: Planejamento Estrutural do Centro Cirúrgico. In: POSSARI, João Francisco; POSSARI, João Francisco. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão. 4ª ed. São Paulo: Iátria, 2009. Cap. 2. p. 30-39.

POSSARI, João Francisco. Anestesia e Analgesia. In: POSSARI, João Francisco. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão. 4ª ed. São Paulo: Iátria, 2009. Cap. 12. p. 117-130.

Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC): Estrutura física do centro cirúrgico. In: VÁRIOS (São Paulo). SOBECC (Ed.). Práticas Recomendadas SOBECC: Centro de Material e Esterilização, Centro Cirúrgico e Recuperação Pós-Anestésica. 6ª ed. São Paulo: SOBECC, 2013. Cap. 1. p. 114-124.

Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC): Recursos humanos no centro cirúrgico. In: VÁRIOS (São Paulo).

AQUECIMENTO

O Centro Cirúrgico (CC) é definido como uma área complexa e de acesso restrito que pertence a um estabelecimento assistencial de saúde (EAS). O Centro Cirúrgico é considerado uma das áreas mais complexas do hospital, não somente pela sua especificidade, mas por ser um setor fechado que expõe os profissionais de saúde e o paciente a situações estressantes. É composto de uma série de dependências interligadas, a fim de proporcionar ótimas condições à realização do ato anestésico-cirúrgico. De acordo com Fonseca (2009) o enfermeiro de CC enfrenta um dilema no desenvolvimento das suas ações frente à utilização do Sistema de Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP), gerando um conflito entre suas decisões em relação ao que teria condições de fazer. Essa dificuldade persiste à medida que a administração das instituições de saúde não compreende a importância da atuação do enfermeiro na assistência ao paciente cirúrgico no período perioperatório, proporcionando um desvio da sua função assistencial para a gerencial, pois, além da preocupação constante com a humanização do cuidado, muitas são as dificuldades, que vão desde o ensino-aprendizagem das ações a serem desenvolvidas, até questões relacionadas ao número reduzido de enfermeiros para sua implementação. A ação humanizada deve ser motivada nos profissionais enfermeiros, pois é a aproximação da profissão com o cliente que tornará a assistência individualizada tão singular quanto à realização de um procedimento técnico.

Cruz (2004) aponta que no Centro Cirúrgico, é preciso pensar em ciência e tecnologia como necessidade para implementação de um fazer cuja prática possibilite tratamentos rápidos, redução de riscos, menor tempo de hospitalização, a fim de minorar o sofrimento e prolongar a vida com qualidade. Portanto, deve ter função determinada pela sociedade, constituindo-se em instrumento de democratização, mesmo diante de desigualdades sociais, em que possa haver liberdade, direitos e controle das mudanças pela clientela usuária.

A cada dia parece-nos mais distante a participação do paciente e do enfermeiro no controle dessas mudanças, especificamente porque o paciente desconhece o processo e o enfermeiro, em virtude da formação generalista da graduação em enfermagem, não pode instrumentalizar sua participação nas diversas áreas de trabalho, principalmente nas áreas emergentes em que este profissional deve atuar. Ademais, existe a realidade do mercado de trabalho, cada dia mais exigente, priorizando os profissionais mais qualificados e preparados para vencer desafios, capazes de agir com eficiência e eficácia, com economia de recursos e de tempo.

Ainda de acordo com Cruz (2004) do ponto de vista da cirurgia, por exemplo, existem revolucionários avanços tecnológicos, como as cirurgias extracorpóreas, as cirurgias laparoscópicas e endoscópicas, fibras ópticas, cirurgias a laser, entre outras. Também vale ressaltar os diversos métodos diagnósticos mais precisos e detalhados para detecção precoce de doenças e procedimentos cirúrgicos, tais como: microcirurgias, transplantes cada vez mais bem sucedidos, sintetização de células humanas em laboratório e o uso da robótica, sem falar da associação ao uso da informática, capaz de permitir que o cirurgião realize a cirurgia à distância. De acordo com pesquisas, até há alguns anos, a função do enfermeiro na unidade de centro cirúrgico era dirigida para os aspectos gerenciais, o que o afastava do contato com o paciente e com os seus familiares, mas com algumas modificações na sistematização da assistência, o enfermeiro de centro cirúrgico sentiu a necessidade de prestar assistência mais direta ao seu paciente e seus familiares, em todas as etapas do processo cirúrgico, destacando a importância desta para o sucesso do tratamento e o pronto restabelecimento do paciente. As ações utilizadas no ambiente do centro cirúrgico contribuem para a manutenção da vida, encantando e assustando, ao mesmo tempo, a quem presta e recebe o cuidado. No centro Cirúrgico a comunicação é identificada como um instrumento de trabalho, tanto do enfermeiro quanto da equipe. A comunicação apropriada reduz possíveis atritos e esclarece indagações, pois além de ser o instrumento básico da assistência essencial da enfermagem, possibilita ao profissional entender o paciente em sua complexidade e perceber o significado que o quadro clínico reflete para ele.

DINÂMICAS

Grupos de consenso

Categorias:

– Coletivos
– Cooperação
– União
Objetivos: desenvolver a conduta individual na busca de um consenso coletivo.

Nº de participantes: não há limites

Material: não necessita material

Desenvolvimento:

O grupo receberá uma situação e deverá chegar a um consenso. O facilitador também pode fazer com que cada um chegue a uma conclusão, e depois chegue em um consenso em grupo.

Situação:
“Você assumiu a gerência de um departamento de uma firma terrivelmente desorganizada. A sua missão objetiva é exatamente corrigir as irregularidades existentes. Para isso você tem plenos poderes. Você terá como primeira função, demitir metade dos seus funcionários. Portanto, dos funcionários abaixo, escolha 5 que deverão permanecer com você na empresa e 5 que deverão ir embora”.

O Sr. “A” tem cinquenta anos de idade, sendo vinte no emprego. É rabugento, mal humorado e lento.

A senhorita “B” é secretária, muito bonita, mas de baixíssimo QI. Tem vinte e três anos, é assídua e pontual. É péssima em datilografia.

O Sr. “C” é jovem de dezenove anos, de bom potencial, mas bastante indisciplinado e impontual. Já sofreu várias punições, mas comenta-se que é apadrinhado de um diretor.

O Sr. “D” é um sujeito muito competente, apesar de muito nervoso e violento. Tem o mal habito de gritar com as pessoas.

A Sra. “E” é excelente datilógrafa, mas muito fofoqueira. Ocupa o telefone o dia inteiro batendo papo e fazendo fofocas. Além disso, tem saúde fraca, o que a faz ausentar-se com frequência.

O Sr. “F” é economista, exímio na área econômico-financeira. Contudo, tem o vício da embriaguez, o que faz ausentar-se muito e ser grosseiro com as pessoas. Anda sempre armado.

O Sr. “G” é ex-toxicômano, recém saído de um tratamento. Admitido há menos de um mês, ainda não mostrou suas qualidades.

A senhorita “H”, escrituraria bilíngue. Não leva o trabalho muito a sério, pois seu sonho é ser atriz, de cinema. Nos último doze meses, já mudou de emprego 4 vezes.

A Sra. “I” viúva de cinquenta e nove anos. Exímia arquivista, mas de péssimo relacionamento. É a mais antiga na firma. Tem sérios problemas cardíacos, por isso não pode ser contrariada.

O Sr. “J” passa o dia contando piadas, ou fazendo brincadeiras de mau gosto. Sua única vantagem é a força física descomunal que possui, útil para trabalhos pesados. É muito preguiçoso.

Disponível em: <www.antoniabraz.com.br>. Acesso em: 02 mar. 2017.

 

Até que ponto sou assertivo

Categoria: assertividade.
Objetivos: rever na própria vida experiências de assertividade, agressividade e de não assertividade.

Nº de participantes: não há limites.

Material: não necessita material.

Desenvolvimento:

O facilitador lerá o texto a seguir, deixando um intervalo de tempo depois de cada história, para que os participantes identifiquem se o personagem foi assertivo, não assertivo ou agressivo; assim como, comentar experiências próprias que tenham recordado e qual resposta assertiva encontraram para o exemplo de não assertividade e de agressividade:

OCASIÃO EM QUE NÃO FUI ASSERTIVO:
Na semana passada meu irmão pegou R$ 500,00 de minha carteira sem me pedir; em consequência não pude ir ao cinema ver o filme que queria esta noite. Ele costuma fazer coisas como estas, mas nunca lhe digo nada.

OCASIÃO EM QUE FUI AGRESSIVO:
Uma amiga discutia comigo na oficina. Eu tinha dor de cabeça, assim disse a ela gritando que ela era uma pessoa sem consideração, imatura, e me fui, deixando-a falando sozinha.

OCASIÃO EM QUE FUI ASSERTIVO:
Outro dia, ia eu com um amigo no carro e este me pediu um cigarro; disse-lhe que fumar em um espaço tão reduzido e fechado não me agradava e pedi por favor, que não fumasse enquanto estivéssemos dentro do carro. Ele então apagou o cigarro.

O facilitador solicita aos participantes que façam uma autoanálise sobre os comportamentos (agressivo, assertivo e não assertivo) que demonstram em cada uma das áreas da vida:

  • Saúde
  • Trabalho
  • Economia
  • Família
  • Sociedade
  • Estudos (atuais)
  • Valores

O facilitador divide subgrupos para que comentem suas respostas.

O facilitador conduz um processo para que o grupo análise como se pode aplicar o que foi aprendido em sua vida.

Disponível em: <www.antoniabraz.com.br>. Acesso em: 02 mar. 2017.

TEXTOS PARA REFLEXÃO

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO PARA O CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

Na literatura, o papel do enfermeiro é preconizado em quatro áreas, a saber: administrativa, assistencial, ensino e pesquisa. No papel administrativo, o enfermeiro realiza o planejamento, a organização, a direção e o controle das atividades desenvolvidas nesta unidade. No papel assistencial, elabora um plano de cuidados, utilizando metodologia científica para prestar assistência individualizada e o papel de ensino é relevante porque estimula o enfermeiro a buscar conhecimento para propiciar o aperfeiçoamento da equipe de enfermagem. Como pesquisador, seja individualmente ou em equipe, poderá demonstrar a diferença que existe entre uma assistência que deriva da utilização de conhecimento científico comparada ao cuidado prestado, orientado para o cumprimento de tarefas, normas e rotinas. Em estudo recente, os autores demonstraram a necessidade dos profissionais de saúde que atuam em CC realizarem uma reavaliação das práticas utilizadas para o controle da contaminação ambiental. Nesse cenário, ressaltamos a importância da atuação do enfermeiro, pois, enquanto alunas de graduação em enfermagem, entendemos que esse profissional tem papel crucial nesse controle, desenvolvendo atividades que contemplem as quatro áreas de sua atuação, porque é o responsável pelo gerenciamento dessa unidade e deve garantir mecanismos que proporcionem os recursos materiais e humanos necessários. Compete ao enfermeiro promover assistência integral ao cliente, minimizando o medo, a ansiedade e prevenindo as complicações inerentes ao procedimento anestésico cirúrgico. Por meio do ensino, esse profissional deve propor programas educativos periódicos, visando à conscientização da importância da aplicação de medidas para a prevenção da infecção do sítio cirúrgico, para todas as equipes atuantes no CC, as pesquisas desenvolvidas devem contemplar problemas vivenciados no cotidiano e seus resultados evidenciem práticas que possibilitem a melhoria da assistência prestada ao cliente e as condições de trabalho na unidade, bem como a diminuição dos custos hospitalares.

Fonte: Cataneo C, Silveira CA, Simpionato E, Camargo FC, Queiroz FA, Cagnin MC. “O preparo da equipe cirúrgica: aspecto relevante no controle da contaminação ambiental”. Rev Latino-am Enfermagem 2004. file:///C:/Users/Mayre%202/Downloads/1879-2797-1-PB.pdf>. Acesso em: 01 de novembro de 2016.

 

ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL (ATQ)

A artroplastia total de quadril (ATQ) é uma cirurgia ortopédica, indicada para pacientes com doença degenerativa de a cartilagem articular, representada pela osteoartrose do quadril, ou em pacientes vítimas de fratura do colo femoral.

A osteoartrose pode ser primária (idiopática), ou secundária, quando a degeneração da cartilagem ocorre devido a alguma outra patologia que acometa o quadril, como a necrose asséptica da cabeça do fêmur, as doenças reumáticas, as displasias congênitas do quadril e as sequelas de trauma (fraturas do colo e cabeça do fêmur e acetabulares não identificadas). Por isso a maioria dos pacientes submetidos a este  procedimento são idosos, apesar de não descartar pacientes adultos e jovens.

A ATQ foi considerada a cirurgia do século inventada por John Chamley, ortopedista inglês, em 1966 e revolucionou o tratamento de patologias que acometem o quadril e a região coxofemural.

A Artroplastia Total de Quadril é uma cirurgia limpa e eletiva de caráter reconstrutor, onde há substituição do quadril ou articulações lesionadas de maneira irreversível, a fim de minimizar a dor do paciente, que na maioria dos casos são idosos, pois na velhice há diminuição de massa óssea e desequilíbrio de cálcio e aumento de pessoas com osteoporose.

Quanto à forma de fixação da prótese esta pode ser cimentada ou não cimentada (fixação por parafuso), ambas podem ter em sua composição metal/polietileno; cera/polietileno; metal/metal; cerâmica/cerâmica, isso dependerá da escolha do cirurgião, bem como o material das próteses.

A organização mundial de saúde estima que 25% dos indivíduos acima de 65 anos sofrem de dor e incapacidade associados à osteoartrose, portanto a artroplastia total do quadril tornou-se uma intervenção cirúrgica frequente e cotidiana, principalmente devido à maior prevalência de osteoartrose.

Conforme o Protocolo Gerenciado Artroplastia Total do Quadril do Hospital Israelita Albert Einstein – HIAE1,a principal indicação para a abordagem cirúrgica é o relato de dor de caráter progressivo e limitante, responsável pela redução da mobilidade articular, dificuldade de movimentação e deambulação em que não há melhora com o tratamento clínico.

O comprometimento da capacidade funcional do idoso tem implicações importantes para a família, para a comunidade, para o sistema de saúde e para a vida do próprio idoso, uma vez que a incapacidade ocasiona maior vulnerabilidade e dependência na velhice, contribuindo para a diminuição do bem-estar e da qualidade de vida dos idosos. Dessa forma, a incapacidade funcional é um problema social, que traz maior risco de institucionalização e altos custos para os serviços de saúde. Para que haja um bom resultado na ATQ é necessário que a enfermagem, junto com a equipe multiprofissional, trabalhe com atenção e respeito, afim de que toda assistência prestada esteja isenta de complicações, havendo longevidade da prótese, garantindo ao paciente menos dor e capacidade produtiva.

Bibliografia

Hospital Israelita Albert Einstein. Diretrizes assistenciais – protocolo gerenciado artroplastia total do quadril. Versão Eletrônica Atualizada. 2009.

Duarte LTD, et al. Anestesia peridural lombar ou bloqueio do plexo lombar combinados à anestesia geral: eficácia e efeitos hemodinâmicos na artroplastia total do quadril. Revista Brasileira de Anestesiologia. 2009; 59(6).

Takata ET. Artroplastia total e parcial do quadril (aula multimídia). São Paulo: UNIFESP. 1999. Disponível em: <https://learning.einstein.br>. Acesso em: 01 mar 2012.

Cianciarullo TI, et. al. Sistema de Assistência de Enfermagem: evolução e tendências. São Paulo: Ícone. 2008.

Fonte: São Paulo: Revista Recien. 2013; 3(7):11-18 Soares AB, Silva AM, Silva GD, Siqueira ICGL, Pamponet J, Cruz MP, et al (12) A assistência de enfermagem ao paciente submetido à artoplastia total de quadril e a importância dos cuidados no período pós operatório.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA

Competências: identificar os diversos níveis de atuação e as alternativas de tratamento e assistência de enfermagem em saúde mental. Identificar os transtornos mentais e de comportamento. Caracterizar os sinais e sintomas dos quadros agudos e crônicos de transtornos mentais. Identificar as diversas formas de tratamento dos transtornos mentais.  Identificar os aspectos específicos relacionados aos procedimentos e cuidados de enfermagem ao cliente/paciente com intercorrências psiquiátricas. Interpretar leis específicas da saúde mental, dos tratamentos psiquiátricos e o código dos Direitos Humanos. Caracterizar as necessidades básicas do cliente/paciente com transtorno mental. Identificar os sinais e sintomas dos quadros agudos e crônicos de transtornos mentais.

PLANO DE AULA

Curso: Curso técnico de nível médio em enfermagem

Autor: Rennan Martins Ribeiro

Unidade: Neurologia e neurocirurgia aplicada à enfermagem

Assunto: Neurologia

Objetivo

Compreender os conceitos da função terapêutica da enfermagem que depende essencialmente da prescrição médica.

Conteúdo programático

  • Introdução
  • Terminologia
  • Estudo do sistema nervoso
  • Sinais e sintomas associados às doenças neurológicas
  • Doenças cerebrovasculares
  • Distúrbios da consciência
  • Crises convulsivas
  • Hipertensão intracraniana
  • Assistência de enfermagem em neurocirurgia
  • Referências
  • Questões comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, pesquisas, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

Alcântara, Talita Ferreira Dourado Laurindo; Marques, Isacc Rosa. Avanços na monitorização neurológica intensiva: implicações para enfermagem. Rev Bras Enferm, vol.  62, n.6, p894-900, 2009.

American Association of Neuroscience Nursing. AANN Clinical Practice Guideline Series: Guide to care of the patient with craniotomy post-brain tumor resection. 2012.

American Association of Neuroscience Nursing. AANN Clinical Practice Guideline Series: Guide to care of the hospitalized patient with ischemic stroke. 2012.

Chaves, Marcia L.F., Finkelsztejn, Alessandro; Stefani, Marco Antonio. Rotinas m Neurologia e Neurocirurgia. Porto Alegre: Artmed, 2008; 862p.

Diccini, Solange; Koizume, Maria Sumie. Enfermagem em Neurociência: fundamentos para prática clínica. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007; 652p.

Greemberg, Mark S. Manual de Neurocirurgia. Porto Alegre: Artmed, 2012; 1496p.

Hickey, Joanne V. The clinical practice of neurological and neurosurgical Nursing. 7 edição. Philadelphia: Wolters Kluwer Health, 2013; 816p.

AQUECIMENTO

A integração dos enfermeiros na assistência pré-hospitalar, pelos seus conhecimentos e competências no cuidar da pessoa na sua globalidade, apresenta-se como uma mais-valia que em muito tem contribuído para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde prestados à população em situações de emergência. Apesar dos avanços técnico-científicos da enfermagem e da exigência legal do exercício profissional, se espera que o enfermeiro avalie o cliente nos aspectos físicos, e também nos aspectos sociais, culturais e espirituais, olhando o cliente de forma holística. E no campo prático houve a interação do subjetivo e do objetivo no cuidado de enfermagem.  Os enfermeiros sentem cada vez mais a necessidade de desenvolver o seu conhecimento e a sua aplicação prática, reconhecendo a importância da investigação para o desenvolvimento contínuo da profissão, para a tomada de decisões adequadas para prestar os melhores cuidados, e para demonstrar os fundamentos sobre os quais se estabelece a sua prática, contribuindo desta forma para a sua visibilidade e reconhecimento social. É necessário que a Enfermagem desenvolva métodos que preservem o contexto humano e permitam o avanço do conhecimento acerca do mundo da experiência humana.  Oliveira (2011) aponta que a perspectiva do cuidar tem vindo ao longo do tempo a sofrer alterações. Houve alturas em que os cuidados de enfermagem estavam associados, sobretudo, a técnicas e procedimentos específicos, desempenhados de forma mecanicista e rotineira. Com o passar do tempo começa a afirmar-se o mal-estar dos cuidados ligados à técnica, surgindo esforços para reencontrar o sentido dos cuidados ao doente, o que conduz a uma prática de cuidados centrada na pessoa e não na doença. O processo de cuidados de enfermagem é uma construção específica de cada situação, elaborada a partir dos elementos da situação.

A evolução e os constantes progressos da medicina alargaram o papel e aumentaram as responsabilidades dos enfermeiros. Com efeito, esta profissão tornou-se complexa por causa dos cuidados altamente especializados, que implicam responsabilidade e exigência por parte de todos os profissionais.

Aos enfermeiros é cada vez mais exigido a obrigação de pautar a sua ação pelos valores da responsabilidade e do profissionalismo, aplicando os conhecimentos científicos e técnicos disponíveis sobre a área na qual atua, assim como as recomendações que definem a boa prática a esse nível, buscando a excelência do seu exercício, mediante a promoção da qualidade dos cuidados e a segurança do cliente que deles beneficie. A responsabilidade inerente ao papel assumido implica também a obrigação legal do enfermeiro em assumir as responsabilidades que a sua decisão e a sua atuação acarretam.

A prática de cuidados de qualidade requer uma atenção particular para com as pessoas, demonstrando preocupação e respeito por elas, e exige a utilização coerente e complementar dos diversos recursos de que a equipe de profissionais  e em se tratando da neurologia, de forma geram e em especial com idosos, os mínimos sinais e sintomas devem ser observados e interpretados, fundamentando o diagnóstico de enfermagem e a elaboração de um plano de cuidados específico e individualizado, a fim de possibilitar uma assistência que garanta a manutenção e a promoção da saúde, bem como a sua independência. Cuidar de pessoas nestas situações, de forma global, atendendo as suas necessidades nas várias dimensões, tendo em conta que cuidar implica todos os procedimentos e medidas terapêuticas para a estabilização da situação clínica, mas também os cuidados de conforto e de apoio, exige dos enfermeiros todo o empenho e atenção, e o desenvolvimento e aperfeiçoamento de um conjunto abrangente de competências.

DINÂMICAS

CARA PINTADA

Categorias:

– Comunicação não verbal
– Cooperação

Objetivos
: este jogo facilita o estabelecimento de relações humanas mais saudáveis.

Nº de participantes: de 8 a 30 participantes

Material: Música “Kitaro Mandala”, kits de pintura facial, um para cada 2 participantes, 1 espelho por participante, lenços umedecidos para limpeza do rosto.

Desenvolvimento:

Sente os participantes em círculo, cada um com um espelho e o material de pintura à mão.

Este é um jogo de comunicação não verbal, portanto é importante manter silêncio, ok?

Peça aos participantes que se sentem confortavelmente com as costas eretas e respirem profundamente por três vezes.

A cada vez que uma pessoa respira, ela vai ficando mais calma, tranquila e relaxada.

Peça aos participantes que sintam a própria respiração e se sintonizem com ela.

“30 s”

Agora, peça para que imaginem uma tela em branco na cabeça.

Na tela, vai passar uma reportagem. Esta reportagem vai ser sobre a maior felicidade que cada um já teve na vida. Peça para que cada participante se lembre desse fato, e o veja passar como um filme na tela em sua cabeça.

“30 s”

Agora, conforme o filme estiver passando, peça para que os participantes vejam a própria face na tela… Observando os sentimentos que são expressos, o brilho nos olhos, a felicidade, o amor e a paz. Observe o sorriso, a testa, o queixo, as bochechas. E veja que na sua face existe o melhor que você pode dar para o outro…

“30 s”

Agora que cada um já observou como o rosto pode irradiar o que cada um tem de melhor para dar, os participantes devem imaginar como seria pintar o que há de melhor em seu rosto. E quando estiver pronto, cada um deve abrir os olhos, levantar, e em silêncio fazer essa pintura no próprio rosto. Lembre-se de pedir para que todos fiquem em silêncio, concentrados em si mesmo.

“5 min”

Agora, ainda em silêncio, os participantes devem andar mostrando a sua pintura aos outros e observando a dos demais.

“1 min”

Agora, escolha um par e em silêncio sentem-se uns em frente aos outros.

Olhe para a cara do seu par. O que ela pode lhe contar sobre ele? Como ele expressa essa felicidade? Ele expressa expansivamente? Ou timidamente? Ele mostra tudo, ou tenta esconder alguma coisa? Essa felicidade é pacífica ou agressiva?

“30 s”

Agora, peça para que cada participante olhe nos olhos do  parceiro. O que mais esses olhos mostram que a pintura não pode mostrar? Veja o diamante que está dentro desses olhos… O que você pode tirar de bom daí? Veja a alma maravilhosa que está na sua frente… E, conforme cada um perceba o que pode ser acrescentado na pintura para ficar melhor ainda, passe a completar a pintura na cara do parceiro. Os participantes têm 5 minutos pra isso, podendo fazer alternadamente, em 2,5 minutos cada um, ou os dois ao mesmo tempo, como preferirem. O importante é manter o silêncio…

“2,5 minutos”

Já passou metade do tempo, se os participantes forem trocar, devem trocar agora.

“2,5 minutos”

Agora peça para que larguem as pinturas, peguem os espelhos e vejam como ficou o rosto de cada um.

Os participantes podem escolher limpar o rosto com os lenços umedecidos, ou ficar pintados mesmo, se tiverem gostado muito.

“1 minuto”

Agora, cada um tem 5 minutos para compartilhar com o seu parceiro o que sentiram.

 

“2 minutos”

Agora, todos podem se sentar em círculo e compartilhar no grupo grande.

Dicas:

É importante que os participantes tenham tempo para colocar tudo o que quiserem na pintura. Tanto na primeira quando na segunda fase, dê um tempinho mesmo que todos tenham terminado ? alguém pode pintar mais alguma coisa.

Se o grupo não se sensibilizar o suficiente para viver a experiência em profundidade, explore a questão dos nossos mecanismos de defesa na partilha.

Fonte: Apostila Dinâmicas de grupo www.antoniabraz.com.br

 

EMOÇÕES

Categorias:

– Comunicação
– Comunicação não verbal

Objetivos: introduzir o tema da comunicação no atendimento.

Nº de participantes: não há limites

Material: 2 baralhos, flip chart, pincel.

Desenvolvimento:

Enumere todas as cartas do baralho no flip chart.

Solicite que sejam atribuídas emoções a cada carta do baralho (do Ás ao Rei).

Embaralhe as cartas e distribua de 7 a 11 cartas para cada participante (dependerá do tamanho do grupo).

Regras do jogo:

Um voluntário deve escolher uma emoção e separar a(s) carta(s) correspondente(s), atentando para que o restante do grupo não descubra a carta escolhida.

O participante deve dirigir-se à frente da sala e expressar a emoção sem verbalizá-la (duas no mínimo).

Os outros participantes separam a(s) carta(s) relativa(s) à emoção apresentada (sem mostrar a figura ou comentar em voz alta).

Ao sinal do facilitador, todos viram as cartas.

Quem acertou, tira as cartas em questão do jogo.

Quem errou, recebe duas novas cartas por carta que tinha separado.

O participante que terminar as cartas pode optar por sair do jogo ou solicitar mais cartas ao facilitador.

Nota:
Todos devem representar emoções. Se mais de 50% do grupo errar a emoção apresentada por um participante, este recebe carta, porque provavelmente não soube expressar a emoção adequadamente.

Fechamento:

O facilitador deve reforçar que a comunicação seja ela verbal (entonação de voz por exemplo) ou não verbal (movimentos faciais e corporais, gestos, olhares, etc.) é muito importante nas relações com as pessoas.

Fonte: <www.antoniabraz.com.br>. Acesso em: 03 mar. 2017.

TEXTOS PARA REFLEXÃO

SÍNDROME DE WEST

É assim chamada devido à primeira descrição clínica feita pelo Dr. W. J. West, em 1841. A síndrome compreende a tríade:

  • Espasmos infantis.
  • Deterioração ou retardo do crescimento neuropsicomotor.
  • Padrão de hipsarritmia no eletroencefalograma (EEG).

Inicia-se quase que exclusivamente no primeiro ano de vida, com maior incidência entre os quatro e sete meses. O sexo masculino, assim como na maioria das epilepsias, parece ser o mais afetado. Quanto à epidemiologia, a síndrome ocorre em um de cada 2000 a 4000 lactentes, sem distinção de raça (SCHMUTZLER; GUERREIRO, 2000).

As crises apresentam-se em salvas, podendo chegar a mais de 30 ataques em rápida sucessão. Sua duração é geralmente de 1 a 15 segundos. Quanto à etiologia, pode ser:

  • sintomática (de etiologia determinada); ou,
  • criptogênica (de etiologia não determinada).

Com relação ao tratamento, diferentes regimes de terapia têm sido propostos, a depender da etiologia. O extraordinário efeito do ACTH foi primeiramente relatado em 1958 (SCHMUTZLER; GUERREIRO, 2000). O tratamento pode melhorar o prognóstico, principalmente no que diz respeito ao retardo mental. (SCHMUTZLER; GUERREIRO, 2000).

A dieta cetogênica (2) pode ser uma opção terapêutica, principalmente em crianças. Espera-se que esta terapia seja eficaz para, pelo menos, um terço dos pacientes, resultando em redução ou controle das crises (NONINO-BORGES et al., 2004).

_______________________________________________________________

(2) Trata-se de uma dieta terapêutica, cuja composição é rica em lipídios, moderada em proteínas e pobre em carboidratos (INUZUKA-NAKAHARADA, 2008).

Fonte adaptada: RORIZ, Ticiana Melo de Sá. Epilepsia, estigma e inclusão social/escolar: reflexões a partir de estudos de casos / Ticiana Melo de Sá Roriz; orientadora Maria Clotilde Rossetti-Ferreira.Ribeirão Preto, 2009.

 

EPILEPSIA: CONSIDERAÇÕES GERAIS

Riggs e Riggs (2005) afirmam que poucas doenças chamaram tanta atenção e promoveram tanta polêmica quanto à epilepsia. Segundo eles, a sua literatura é extensa e precursora das neurociências e da diferenciação explícita entre práticas culturais, religiosas, mágicas e científicas.

Na Roma antiga, pessoas com epilepsia eram evitadas por medo de contágio. Estas eram perseguidas como bruxas na Idade Média. Na primeira metade do século passado, nos EUA, essas pessoas eram rotuladas como desviantes e seu matrimônio e reprodução eram restringidos através de legislação e por médicos eugenicistas (MASIA; DEVINSKY(1), 2001 apud GOMES, 2006).

Até mesmo na Medicina, durante os tempos antigos, a epilepsia foi entendida como resultante de influências ocultas ou más. Por conseguinte, foram prescritos tratamentos mágicos ou religiosos, algumas destas práticas persistindo até hoje, na população leiga. No Renascimento, houve a tentativa de se conceber a epilepsia de outra forma, decorrente de doença física e não obscura. Porém, foi o Iluminismo que trouxe para a epilepsia uma concepção mais moderna (GOMES, 2006).

Desta forma, no decorrer desses 2.400 anos, passou-se da hipótese da epilepsia como do âmbito do sobrenatural, com denominações de doença sagrada – em que as pessoas com epilepsia eram vistas como lunáticas –, para uma natural, orientada por Hipócrates, até as ideias mais modernas. Estas concepções mais modernas sobre as raízes do transtorno começaram a ocorrer apenas a partir dos séculos XVIII e XIX (GOMES, 2006).

No entanto, até hoje, mesmo neurologistas especialistas de tal área afirmam que não há definição que seja completamente satisfatória de epilepsia (SOUZA; GUERREIRO;GUERREIRO, 2000). Estes últimos autores afirmam que, de modo geral, se diz que crises epilépticas são eventos clínicos, os quais refletem a disfunção temporária de pequena parte do cérebro (crises focais) ou envolvem os dois hemisférios cerebrais (crises generalizadas) e que ocorrem em razão de descarga anormal, excessiva e transitória das células nervosas, seus sintomas dependendo das partes do cérebro envolvidas na disfunção. Dados de frequência das epilepsias são muito variáveis, por causa de dificuldades metodológicas (presença de diversas definições de epilepsia; e, fontes de dados nem sempre muito confiáveis). Ainda que se considere essa imprecisão, estima-se que a epilepsia seja a condição neurológica grave mais comum, afetando aproximadamente sessenta milhões de pessoas em todo o mundo (GUERREIRO; GUERREIRO, 1999). No Brasil, estima-se que 1,8% da população tenha epilepsia, ou seja, três milhões de pessoas.

Estima-se, ainda, que a cada ano haja de 100.000 (LI; SANDER, 2003) a 150.000 (GOMES, 2000) casos novos. Em algumas regiões do Brasil, a epilepsia pode chegar a atingir 15% da população, por este ser um país em desenvolvimento (com desnutrição calórico proteica, atendimentos inadequados a gestantes e parturientes, infecções, convulsões febris, traumatismos crânios-encefálicos, dentre outros).

A epilepsia acomete tanto a população adulta quanto infantil, havendo leve predomínio no sexo masculino. A faixa etária mais acometida é a infantil, representando a desordem cerebral crônica mais comum na infância, sua incidência sendo maior nos dez primeiros anos de vida, significando que as crianças são afetadas desde o início de sua vida escolar. Do ponto de vista médico, muitas das epilepsias infantis são benignas e caminham para a remissão das crises ou para seu controle, com o tratamento apropriado (BOER, 2002). A epilepsia se expressa através de enorme espectro clínico, variando de condições benignas, até formas graves, incapacitantes e fatais. A classificação das epilepsias e síndromes epilépticas é baseada nas semelhanças em relação ao tipo de crise, idade de início, sinais clínicos ou neurológicos associados, história familiar, achados eletrencefalográficos e prognóstico. A maioria das síndromes epilépticas não tem necessariamente causas comuns (GUERRERO et al., 2000).

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(1) MASIA S. L., DEVINSKY O. Epilepsy and behavior: A brief history. Epilepsy Behaviour, v. 1, n. 1, p. 27-36, 2000.

Fonte adaptada: RORIZ, Ticiana Melo de Sá Epilepsia, estigma e inclusão social/escolar: reflexões a partir de estudos de casos / Ticiana Melo de Sá Roriz; orientadora Maria Clotilde Rossetti-Ferreira. — Ribeirão Preto, 2009. Paginas, 28 a 30.

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA APLICADA À ENFERMAGEM

Competências: conhecer as características de um paciente em estado grave de saúde. Identificar sinais e sintomas que indiquem agravamento no quadro clínico do paciente. Saber identificar quando o paciente está agonizante. Correlacionar os princípios de enfermagem que devem ser aplicados para prevenir agravos, complicações e sequelas no atendimento ao paciente crítico. Interpretar as normas de funcionamento e utilização dos equipamentos e materiais específicos. Saber se comunicar de forma eficiente com o paciente, seus familiares, responsáveis e com a equipe de trabalho. Interpretar as normas e rotinas de trabalho das unidades. Conhecer a organização, estrutura e funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) geral e neonatal, unidades coronárias, de diálise, de queimados, hemoterapia, oncologia e outros. Identificar os cuidados necessários ao paciente que estejam em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral e neonatal, unidades coronárias, de diálise, de queimados, hemoterapia, oncologia e outros. Conhecer os princípios da Bioética – Relacionar a assistência de enfermagem a recém-nascidos em situação de risco, tomando por base a assistência centrada na família.

PLANO DE AULA

Curso: Curso técnico de nível médio em enfermagem

AutorA: Lucilení Narciso de Souza

Unidade: Unidade de Terapia Intensiva aplicada à Enfermagem

Assunto: UTI

Objetivo

Compreender os conceitos da função da UTI, acolher e tratar de pacientes graves, com comprometimento das funções vitais, o que exige uma assistência diferenciada, altamente qualificada, com profissionais devidamente treinados, capacitados para prever e agir com eficácia e habilidade nas emergências. terapêutica da enfermagem que depende essencialmente da prescrição médica.

Conteúdo programático

  • Introdução
  • Unidade de terapia intensiva – UTI
  • Recursos e utilidades
  • Equipe de profissionais
  • Enfermagem
  • Patologias mais frequentes na UTI
  • Principais arritmias
  • Terapêutica
  • Politrauma
  • Referências
  • Exercícios com questões comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, pesquisas, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

Castro, RRT ET al. Distúrbios cardiovasculares e a hemodinâmica no paciente crítico. Brasília, 2011. Disponível em: <https://lms.ead1.com.br/webfolio/Mod3504/disturbios_cardiovasculares_e_a_hemodinamica_do_paciente_critico.pdf>.  Acesso em: 03 mar. 2017.

Bottosso RM et al. Manual do processo e sua aplicação na Unidade de Terapia Intensiva Adulto – UTIA. Universidade Federal de Mato Grosso. Hospital Universitário Júlio Müller. 1ª edição. Cuiabá MT, Outubro 2006. Disponível em: <https://www.ufmt.br/ufmt/site/userfiles/UTIadulto.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2017.

Coelho W. Assistência da Enfermagem na Monitorização Hemodinâmica. Cap. 01. Disponível em: <https://www.editorasanar.com.br/images/p/Cap%C3%ADtulo%201.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2017.

Santos MJ, Massarollo MCKB. Processo de doação de órgãos: percepção de familiares de doadores cadáveres. Rev Latino-am Enfermagem 2005 maio-junho; 13(3):382-7. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n3/v13n3a13.pdf>.   Acesso em: 03 mar. 2017.

Claudino LS. Coma e morte encefálica.  HU/UFSC, 2015. Disponível em: <https://neurologiahu.ufsc.br/files/2015/09/Coma-e-morte-encef%C3%A1lica-2015.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2017.

Martins C, Pinheiro V, Rumão V, Aguiar LR, Martins A, Leão CS. Perguntas e Respostas em Morte Encefálica – Parte 1. J Bras Neurocirurg 21 (1): 18-23, 2010.

AQUECIMENTO

No campo da saúde, o processo de trabalho apresenta algumas especificidades que lhe conferem características distintas de outros processos de trabalho. O trabalho em saúde é essencial para a vida humana e é parte do setor de serviços, caracterizando-o como um trabalho da esfera da produção não material que se completa no ato da sua realização, pois o seu produto é indissociável do processo que o produz. As práticas de saúde caracterizam-se como um trabalho coletivo, realizado por diversos agentes, com atividades interdependentes e complementares. Os enfermeiros nos serviços hospitalares de emergência estão diretamente envolvidos com o cuidado e com a gerência de recursos e coordenação do trabalho da equipe de enfermagem, além de serem também intermediários entre a família e a equipe de atendimento. Compete a eles buscar meios para garantir a disponibilidade e a qualidade de recursos materiais e de infraestrutura que permitam à equipe atuar no atendimento emergencial, visualizando as necessidades do paciente, conciliando os objetivos organizacionais e os objetivos da equipe de enfermagem. A superlotação, escassez de recursos, sobrecarga dos profissionais e dificuldades de acesso pelos usuários são fenômenos conhecidos por profissionais, gestores, usuários e população em geral, que traz como consequência a flexibilização nos padrões do cuidado e da ética do pessoal da saúde no trabalho em urgência e emergência. Apesar de todas essas dificuldades, a população procura os serviços de urgência como principal alternativa de acesso, pois entende que esses reúnem um somatório de recursos, quais sejam consultas, remédios, procedimentos de enfermagem, exames laboratoriais e internações que os torna mais resolutivos. Dessa forma, o hospital continua sendo o local para onde confluem problemas não resolvidos e não diagnosticados em outros níveis de atenção, que poderiam ser evitados se houvesse uma rede integrada e articulada, com atendimento humanizado e resolutivo em cada estrutura específica. Cabe ao enfermeiro de emergência, entre outras atividades, realizar o planejamento das ações, de modo a aperfeiçoar o seu tempo disponível, coordenar a equipe, no sentido de se apropriar das tecnologias disponíveis e garantir um cuidado integral aos pacientes. E  mesmo com  a rotina das unidades hospitalares de atendimento às urgências estando cercada de incertezas, instabilidade, imediatismo e variabilidade é possível uma atuação mais proativa e empreendedora dos enfermeiros.

Os pacientes, independente do grau de risco, trazidos por amigos ou familiares quando chegam à emergência passam, primeiramente, pela recepção, identificam-se a auxiliares administrativos informando, quando possível, seus dados pessoais e são encaminhados para o setor de Acolhimento e Classificação de Risco, onde é iniciado e direcionado o fluxo dos atendimentos na unidade. Os enfermeiros, por sua vez, realizam uma anamnese e um exame físico sumários por meio dos quais avaliam os sinais vitais, as queixas referidas pelos pacientes e o histórico de saúde que eles relatam. A partir dessas informações, os enfermeiros estimam as necessidades e a gravidade clínica dos pacientes e atribuem a eles um grau de risco, conforme as diretrizes do protocolo institucional Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco. Os enfermeiros desempenham um papel de destaque no setor de Acolhimento, pois compete a eles estabelecer a ordem de prioridade para os atendimentos e efetuar os encaminhamentos necessários conforme o grau de risco identificado. Os conhecimentos clínicos são de suma importância no atendimento aos pacientes nos serviços de emergência, pois permitem a identificação dos sinais e sintomas das patologias que demandam atendimento e/ou intervenção mais rapidamente. Para execução do Processo de Enfermagem, o enfermeiro utiliza como instrumentos o exame físico em que avalia as condições clínicas dos pacientes, as anotações da equipe de enfermagem e equipe médica e os resultados de exames. O gerenciamento do cuidado implica tê-lo como foco das ações profissionais e utilizar os processos administrativos como tecnologias no sentido da sua concretização, por meio de ações diretas com os usuários por intermédio de delegação e articulação com outros profissionais da equipe de saúde. A atuação do enfermeiro representa interface entre as relações humanas e os recursos tecnológicos. O gerenciamento de UTIs constitui-se em atividade complexa, requer conhecimentos e habilidades específicas por parte dos enfermeiros, além disso, é preciso que o enfermeiro reconheça o cuidado como foco a ser gerenciado dentro do universo organizacional, em uma esfera que supere o tecnicismo em direção à integralidade horizontal da atenção à saúde, promovendo a aproximação entre gerenciar e cuidar.

A rotina do trabalho dos enfermeiros, marcada pelo excesso de demanda por atendimento, faz com que eles estejam sempre elencando prioridades como uma estratégia para enfrentar as demandas diárias e realizar a assistência que os pacientes necessitam. A experiência profissional dos enfermeiros no serviço de emergência facilita a aprendizagem operacional, ou seja, aquela relativa à aquisição de habilidades e o desenvolvimento da capacidade física tendo em vista a produção de ações.

DINÂMICAS

COMUNICAÇÃO

Categorias:

– Assertividade
– Comunicação
– Comunicação não verbal
– Comunicação verbal
– Criatividade
– Expressão emocional
– Liderança
– Poder de persuasão e influência

Objetivos:

Desenvolver, entre outras competência, a autoestima, observação, negociação , organização, planejamento e agilidade.

Nº de participantes: não há limites

Material: lápis ou caneta e folhas em branco.

Desenvolvimento:

O facilitador começa propondo ao grupo que cada participante se imagine em “situações passadas da vida em que não se sentiram à vontade nas comunicações com outras pessoas”. Ou ainda, situações em que as palavras não saíram facilmente, pelo acanhamento, medo ou outras dificuldades (quase todas as pessoas passaram por tais situações, na vida).

Após alguns minutos, todos, um a um leem suas anotações.

Em geral se observa que as situações mais constrangedoras e apresentadas pela maioria dos grupos se referem à comunicação com os superiores, e não com iguais ou com os subordinados.

Diante dessa situação, o facilitador escolhe para o exercício uma secretária e dois protagonistas e propõe a dramatização do seguinte fato:

Uma determinada pessoa foi procurar o Chefe de Pessoal de uma empresa para informar-se acerca de um emprego, antes de candidatar-se a ele. O pretendente bate à porta. A secretária atende, convidando-o a entrar. Ao atender, saúda-o, pedindo que aguarde sentado, entra na sala do chefe para anunciá-lo. Enquanto espera, apressado e nervoso, procura no bolso um bilhete no qual anotara o seu pedido. Nisso aparece à secretária,  que não permitiu que o bilhete fosse lido antes de ser atendido pelo chefe.
O chefe pede para entrar, anuncia a secretária. Imediatamente ele se levanta, e, com um sorriso nos lábios, entra. Olha para o chefe, que continua sentado à sua mesinha, parecendo neutro, preocupado com seu trabalho, de escritório. “Bom dia”, diz ele, e espera mais um pouco. Após alguns minutos, o chefe manda-o sentar. Ele se assenta na beirada da cadeira, ocupando apenas um terço. Acanhado, meio encurvado, a cabeça inclinada levemente para frente, começa a falar, dizendo ter lido um anúncio de que a empresa estava precisando contratar mais funcionários e que, antes de candidatar-se, desejava obter algumas informações a respeito do trabalho. Sua fala é fraca, tímida, preocupando-se em não dizer demais. Sua cabeça está apoiada nas mãos, olhando sempre o chefe por baixo das sobrancelhas.
Eis que o chefe, que até agora permanecia calado, diz ao candidato: “Fale-me primeiro algo a respeito de sua formação e de sua experiência”.
A esta altura, o candidato já não insiste em ter informações, procurando responder imediatamente à pergunta do chefe, continuando sempre sentado na beirada da cadeira.

A esta altura o facilitador aplica uma técnica usada em Psicodramatização, parando e invertendo os papéis. O candidato se torna o Chefe de Pessoal, sentando-se no escritório, no lugar ocupado pelo chefe, e este ocupa a posição do candidato, fazendo o seu papel.

É importante observar como o comportamento das pessoas muda radicalmente. O candidato toma uma posição reta, firme, sentando-se corretamente. Enquanto o chefe deixa seu ar de autoridade, e apresenta-se humilde, acanhado, falando com voz sumida. E o exercício continua.

O facilitador pede aos observadores do grupo que façam uma lista das anotações de tudo o que constataram e a mensagem que os dois protagonistas deixaram na dramatização.

A seguir, cada observador lerá suas anotações, e segue a verbalização acerca da experiência vivida.

Competências observadas: autoestima, observação, negociação, organização, planejamento, agilidade, motivação, relacionamento interpessoal, comunicação, atenção concentrada, humor, criatividade, resistência à frustração, sociabilidade, raciocínio lógico, resistência à pressão, liderança, trabalho em equipe.
Disponível em: <www.antoniabraz.com.br>. Acesso em: 3 mar. 2017.

 

FORMAS COM O CORPO

Categorias:

– Comunicação não verbal

Objetivos:

Exercitar a comunicação não verbal e evidenciar a importância de cada indivíduo no processo grupal.

Nº de participantes: não há limites

Material: não necessita material

Desenvolvimento:

Formam-se equipes de aproximadamente cinco pessoas. O facilitador explica que dirá uma palavra e, simultaneamente, cada equipe deverá compor com seus corpos, sem falar, uma imagem que corresponde à palavra dita. Exemplo: casa, coração, avião, cama, ponte, vela, barco, estrela, etc.

Disponível em: <www.antoniabraz.com.br>. Acesso em: 03 mar. 2017.

TEXTOS PARA REFLEXÃO

ZIKA VÍRUS

O Ministério da Saúde do Brasil tem investigado as possíveis associações entre os casos de microcefalia em recém-nascidos e o Zika vírus desde as primeiras notificações, em outubro de 2015. É comprovado que o Zika vírus atravessa a barreira placentária; o Zika vírus também já foi identificado em natimortos e recém-nascidos com microcefalia ou outras malformações do sistema nervoso central (SNC). Apesar das evidências disponíveis até o momento indicarem fortemente que o Zika vírus está relacionado à ocorrência de microcefalia, não há como afirmar que a presença deste vírus durante a gestação leva, inevitavelmente, ao desenvolvimento de microcefalia no feto. Nesse contexto, todos os profissionais de saúde, com destaque para o enfermeiro que está diretamente envolvido com a gestão e operacionalização dos serviços de saúde, devem atentar para as ações de vigilância em saúde no combate aos casos de microcefalia e demais malformações do SNC em recém-nascidos. Cabe destacar que não deve ser desprezada a investigação de outras causas, além do Zika vírus, para fins de diagnóstico diferencial e estudos da possível associação entre as infecções e o resultado fetal em discussão.

Referência:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central (SNC). Brasília, 2015 (adaptado).

Fonte: Exame nacional de desempenho do estudante – Enfermagem 2016.

 

PAPILOMAVÍRUS

A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) constitui a principal causa de ocorrência do câncer de colo do útero, potencializado pela multiplicidade de parceiros sexuais e iniciação sexual precoce, além da exposição a fatores de risco, como o tabagismo.

A vulnerabilidade social torna-se um problema que possibilita o surgimento e o desenvolvimento da doença, pois os serviços de orientação disponíveis podem criar barreiras que dificultam o acesso da mulher às medidas preventivas.

Referência:

SOUZA, S. V.; PONTE, K. M.; ARAÚJO JÚNIOR, D. G. Prevenção do HPV nas mulheres: estratégia adotada por enfermeiros na atenção primária à saúde. SANARE, Sobral, v. 14, n. 1, p. 46-51, 2015 (adaptado).

Fonte: Exame Nacional de Desempenho do Estudante – Enfermagem 2016.

NEFROLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

Competências: conhecer as características gerais do ser humano sadio, tendo como referência a visão holística. Identificar o processo de envelhecimento nos seus aspectos fisiológicos, psicológicos, sociais e patológicos. Conhecer rins e doenças sistêmicas: lúpus eritematoso sistêmico. Assistência de Enfermagem na diálise peritoneal e hemodiálise: princípios básicos; considerações técnicas; complicações; cuidados de enfermagem. Assistência de enfermagem no transplante renal.

PLANO DE AULA

Curso: Curso técnico de nível médio em enfermagem

Autora: Sandra Maria da Penha Conceição,

Colaboradoras: Claudineia Silva Maciel e Cássia Regina da Silva Conceição

Unidade: Nefrologia aplicada à enfermagem

Assunto: Nefrologia

Objetivo

Compreender conceitos, confirmar e acompanhar o diagnóstico da doença renal, desenvolver estratégias que auxiliam o paciente durante o tratamento a fim de um bom resultado, além de um acompanhamento adequado a esses pacientes nefropatas.

Conteúdo programático

  • Introdução
  • Sistema urinário
  • Anatomia renal
  • Nefro
  • Fisiopatologia renal
  • Creatina urinária x volume urinário x tempo em minutos x cretinina plasmática
  • Métodos dialíticos
  • Diálise peritoneal
  • Cuidados de enfermagem ao paciente em diálise peritoneal e hemodiálise
  • Referências
  • Exercícios com respostas comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático,  pesquisas, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, Rede Nacional para Investigação de Surtos e Eventos Adversos em Serviços de Saúde. Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/reniss.htm>. Acesso em: 03 mar. 2017.

BARBOSA, D.P, GUNJI, C.K, BITTENCOURT, A.R. C. Co-morbidade e Mortalidade de Pacientes em Início de Diálise, Acta Paulista de Enfermagem, v.19, p304-349, Out, 2006. Disponível em: www.scielo.org, acesso em: 23/05/2016.

BARRETTI, P. Jornal Brasileiro de Nefrologia, Indicação, Escolha do Método e Preparo do Paciente, Para Terapia Renal Substitutiva, na Doença Renal Crônica, v.26, p 47-49,2004. Disponível em: <www.bireme.br>. Acesso em: 02 jul. 2016.

BASTOS, M.G. Jornal Brasileiro de Nefrologia, Abordagem Interdisciplinar no Manejo da Doença Renal Crônica, v.28, p.37-39, Set, 2006. Disponível em: www.bireme.br>. Acesso: em: 28 mai. 2016.

BUSATO, O., Hemodiálise. Disponível em: <www.abcdsaude.com.br/artigo.phhp?224>. Acesso em: 03 mar. 2017.

COIMBRA, I.K.S, IGASKINO, C.E, SANTOS, E. J. Instituto de Tecnologia do Paraná, Dossiê Técnico, Qualidade da Água  de Hemodiálise, v.não esp, p.09-19,2007. Disponível em: <www.repostatecnica.org.br>. Acesso em: 15 mai. 2016.

CRUZ, A.D.O,ARAÚJO,S.T.C,Diálise Peritoneal: A Percepção Tátil do Cliente na Convivência com o Cateter, Acta Paulista de Enfermagem,v.21,p.164-168, Ago , 2008. Disponível em: <www.bireme.br>. Acesso em: 23 mai. 2016.

AQUECIMENTO

Na prática, na maioria das vezes, nossos atos de cuidado voltam-se para a doença na qual o rim passa a ser nosso objeto principal de atenção. Por isso não nos furtamos de abordar os rins porque entendemos que precisamos saber sobre seu funcionamento e sobre os males que pode provocar no indivíduos com problemas; sem deixar de dizer que para a enfermagem é o sujeito por inteiro que nos interessa sempre a partir da hipótese de que os outros órgãos saudáveis e toda subjetividade do corpo podem contribuir para que ele viva o melhor possível.

A nefrologia é uma especialidade da Medicina dedicada ao estudo das doenças renais e das vias urinárias. Muitas pessoas acreditam que as principais funções dos rins estejam restritas à remoção de substâncias não utilizáveis pelo organismo e do excesso de água corporal. Essa remoção se dá através da urina (função glomerular). A regulação crítica do balanço químico corporal de substâncias iônicas, como sódio, potássio e ácido, é também realizada pelos rins (função tubular). Além disso, eles sintetizam hormônios (função endócrina) que afetam a função de outros órgãos (por exemplo, alguns hormônios produzidos pelos rins estimulam a síntese de glóbulos vermelhos do sangue e outros auxiliam na regulação da pressão arterial e no metabolismo ósseo). A doença é um estado de desequilíbrio que afeta a pessoa em um contexto geral e muitas dúvidas surgem sobre as mudanças impostas por esta condição, é um (re) aprender a viver com limitações, provisórias ou permanentes  e a falência renal pode ocorrer a qualquer momento da vida e pode afetar qualquer pessoa. A doença progride normalmente de forma lenta, mas gradual, resultando em múltiplos sinais e sintomas decorrentes da incapacidade do rim em manter a homeostasia interna.

Os rins, o coração e o pulmão são órgãos vitais, e um depende do outro para que tenhamos saúde. São várias as funções dos nossos rins, e uma delas é que eles funcionam como filtro de impurezas do nosso organismo, e quando eles adoecem e não conseguem realizar mais estas funções, permitem que várias toxinas sejam acumuladas e prejudicam o organismo,

É cada vez mais urgente a necessidade de prever e compreender a relevância das doenças crônicas e intervir eficazmente. A identificação e o tratamento precoce da doença renal permite o retardo de sua progressão, impedindo o aparecimento de complicações da uremia, incluindo a doença cardiovascular. Os rins e o sistema urinário possuem diversas funções excretoras, reguladoras e secretoras. Guerra (2009) esclarece que  o fato de os rins falharem, ou seja, não funcionarem adequadamente, é chamado de insuficiência renal, e pode ser: insuficiência renal aguda ou insuficiência renal crônica. A doença renal crônica é uma deterioração progressiva e irreversível da função renal, na qual fracassa a capacidade do corpo para manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico, resultando em uremia ou azotemia (retenção de ureia e outros resíduos nitrogenados no sangue ). Ela pode ser causada por doenças sistêmicas, como o diabetes mellitus (causa principal); hipertensão; glomerulonefrite crônica; pielonefrite; obstrução do trato urinário; lesões hereditárias, como na doença do rim policístico, distúrbios vasculares, infecções; medicamentos ou agentes tóxicos. A atenção ao paciente renal exige a atuação conjunta dos atores envolvidos em todas as fases, desde o rastreamento e a identificação da doença, processo de extensão, até o tratamento em si, na sua melhor opção para o paciente.

DINÂMICAS

 

OS TRÊS DESAFIOS DO CÍRCULO YURT

Categorias:

– Comunicação não verbal
– Criatividade
– Liderança
– Negociação e gestão de conflitos

Objetivos
:

Vivenciar de forma prática o funcionamento das equipes em sua dinâmica, incluindo: ritmos, mudanças, diferenças individuais, presença e ocupação de espaços na equipe e empatia.

Nº de participantes: até 30 participantes.

Material: músicas harmonizantes e euforizantes (máximo 30 segundos por ritmo). Giz ou fita adesiva para marcar um círculo o chão.

Desenvolvimento:

O Círculo de Yurt é originário de uma tenda circular dos nômades da Mongólia.

A dinâmica em si pode ser utilizada em seminários de atitudes com finalidade de melhoria das relações de trabalho e leitura do tecido social das equipes.

Previamente o facilitador desenha um círculo grande no chão com giz ou fita adesiva.

Metade do grupo ficará dentro do círculo e a outra metade fora dele.

Desafio 1: ao sinal dado pela música os participantes dentro do círculo devem se movimentar no ritmo e os de fora no ritmo contrário. Após algum tempo, os grupos trocam de lugar: os de dentro passam para fora e vice-versa.

Fala do facilitador: “Precisamos aprender a conviver com diversos ritmos, adaptando-nos e fluindo com as mudanças”.

Desafio 2: os participantes de dentro do círculo sentam-se no chão. Os de fora fecham os olhos e ao som de uma música harmonizante, passeiam dentro do círculo, desviando dos obstáculos (aqueles que estão sentados e os próprios colegas).

Fala do facilitador: “Existem espaços desocupados que cabem todos os componentes de uma equipe. Para ocupá-los precisamos perceber onde estão, fluir, enfrentar os obstáculos com sabedoria e achar o nosso lugar na empresa, sem necessariamente eliminar os outros.”

Desafio 3: os participantes formam duas rodas concêntricas, de frente uns para os outros. Ao som de uma música, a roda de dentro gira para a direita, bem devagar, e as pessoas se olham por alguns segundos. Este momento deve ser realizado de forma solene e em silêncio

Fala do facilitador: “O maior desafio do ser humano é olhar nos olhos do outro. Ao olhar para o outro nos vemos como seres iguais, humanos, com as mesmas dificuldades e competências. Costumamos olhar para o semelhante com dois tipos de olhar: crítica e cobiça. Hoje vamos experimentar o olhar do respeito, da admiração, a fraternidade. Procurem enxergar o que existe de humano em cada olhar.”

Finalização: terminar a atividade com abraços.

Sugestões de músicas:

  • Desafio 01 – Coletânea com 30 segundos de ritmos diferentes.
  • Desafio 02 – CD Blade Runner – Vangelis. Música One more kiss me dear.
  • Desafio 03 – CD 1492 – Vangelis . Música: Conquista do paraíso.
  • Abraços – Música: Amizade sincera – Renato Teixeira e Dominguinhos.

Ao final, em círculo, realiza-se um painel livre no qual cada participante fala sobre:

  • Seus sentimentos.
  • Suas facilidades e dificuldades.
  • As semelhanças do círculo de yurt e os círculos reais do trabalho.
  • Os aprendizados e insights.

O facilitador poderá ainda reforçar os temas vivenciados: ritmos, mudanças, percepção e ocupação de espaços, empatia.

Competências que podem observadas: observação, negociação, organização, planejamento, agilidade, motivação, relacionamento interpessoal, comunicação, atenção concentrada, humor, criatividade, resistência à frustração, sociabilidade, raciocínio lógico, resistência à pressão, liderança, trabalho em equipe.

Disponível em: <www.antoniabraz.com.br>. Acesso em: 03 mar. 2017.

 

LARANJAS UGLI

Categorias:

– Assertividade
– Comunicação
– Comunicação verbal
– Criatividade
– Negociação e gestão de conflitos

Objetivos:

Colocar os participantes em situação de negociação, a fim de se observar a negociação, persuasão, criatividade, foco no objetivo, fluência verbal, produtividade sob tensão e capacidade de escuta.

Nº de participantes: de 15 a 25 participantes

Material: cópia do texto para cada participante.

Desenvolvimento:

Escolher de um a três voluntários que representarão o produtor de laranjas ugli e dividir o restante da turma em dois grupos.

Texto para os produtores:

Vocês são os únicos produtores de laranjas ugli no País, uma qualidade rara de laranjas, uma verdadeira descoberta, com sementes importadas do Oriente Médio que segundo as últimas descobertas, tem um grande poder curativo e poderá ser usado na composição de drogas poderosas no combate a doenças graves. Trata-se de uma produção modesta.

Em breve estarão recebendo algumas propostas de grandes laboratórios.

Cada um dos laboratórios que estão interessados na produção de Laranjas Ugli  precisam de um componente específico da Laranja. Um está interessado na casca, outro do bagaço, e assim por diante. Entretanto este detalhe não será abordado pelos produtores, esperando-se que os representantes dos Laboratórios percebam e entrem em um acordo ganha-ganha. Ainda sobram o suco e a semente. As sementes interessam aos produtores para replantio. Os produtores investiram no plantio desta qualidade de Laranja com objetivo de lucro e a procura dos Laboratórios valorizam ainda mais esta qualidade de laranjas.

Texto do grupo 1:

Vocês fazem parte do quadro de cientistas de um grande Laboratório multinacional, Labosaúde, que está prestes a descobrir uma droga que será a solução definitiva para a cura da AIDS. Estão dependendo apenas de uma matéria-prima rara, a casca da laranja ugli, muito difícil de ser encontrada no mercado, porém acabaram de descobrir um produtor de laranjas Ugli que tem uma produção abaixo das necessidades do Labosaúde, mas devido a grande dificuldade de se conseguir esta espécie rara de laranjas, é uma grande descoberta e o Laboratório empenhará todos os seus esforços para que esta produção seja integralmente fornecida para este grandioso projeto. Fechar negócios com esse produtor será a solução para que o Labosaúde resolva todos os seus problemas financeiros e assuma expressão no mercado mundial pela grande descoberta.

Texto do grupo 2:

Vocês fazem parte do quadro de cientistas de um grande laboratório: Labormed, que acaba de descobrir uma droga que previne e cura de qualquer tipo de câncer. O grande drama está sendo em relação à matéria-prima que é o bagaço da laranja ugli, para confecção da droga. Acabaram de ter notícias de um produtor cuja produção inteira viria atender a necessidade do laboratório para colocar no mercado uma droga que iria prevenir e aliviar o sofrimento de muitas pessoas. O grande desafio do Labormed é convencer esse produtor de laranjas tão rara e valorizadas, a fornecer toda sua produção em benefício deste projeto que será um grande benefício para a humanidade além de lançar o Labormed entre os maiores Laboratórios do mundo.

Cada equipe terá a missão de convencer o produtor a fornecer toda a sua produção de laranjas ugli. O facilitador solicitará que as duas equipes que leiam suas informações e dará 10 minutos para escolherem um negociador que representará a empresa em reunião com produtores de laranja. A reunião deverá durar 20 minutos, ao fim da qual deverão ter chegado a alguma conclusão.

Após chegarem à conclusão final, os participantes fazem avaliação da sua participação e do resultado da reunião.

Disponível em: <www.antoniabraz.com.br>. Acesso em: 03 mar. 2017.

TEXTOS PARA REFLEXÃO

O QUE É NEFROLOGIA?

O termo Nefros vem do Grego e significa rins. Portanto, o médico nefrologista é aquele que estuda as funções e as doenças dos rins. Do mesmo modo, a Nefrologia é a especialidade médica que trata dos problemas clínicos dos rins.

A principal doença com que o nefrologista lida é a insuficiência renal, estado em que a função dos rins encontra-se comprometida. A insuficiência renal pode ser aguda, quando os rins subitamente sofrem alguma lesão e deixam de funcionar adequadamente por algum tempo, ou crônica, quando o processo de perda de função se dá de forma gradual, mas permanente.

Além da insuficiência renal, o tratamento de várias outras doenças clínicas do sistema urinário fazem parte das atribuições do médico nefrologista, entre as mais comuns, podemos citar: o nefrologista também é o médico responsável por tratar os pacientes cuja insuficiência renal é tão grave que eles passam a necessitar de hemodiálise ou diálise peritonial para se mantiver vivos.

Outra atribuição do médico nefrologista é cuidar dos pacientes transplantados renais. Quem realiza a cirurgia do transplante é o urologista, mas o médico que indica o transplante, prepara o paciente, escolhe o doador (em caso de doador vivo), e fica cuidando do paciente após a realização do transplante é o nefrologista. É preciso destacar que o paciente transplantado precisa ficar tomando drogas imunossupressoras por muitos anos para que o rim transplantado não sofra rejeição. Isso implica em um maior risco de problemas, como infecções e surgimento de tumores. O nefrologista é o responsável por controlar as doses dos remédios e procurar manter o rim transplantado funcionando por longos anos.

Disponível em: <https://clinicaenne.com.br/especialidades/nefrologia/o-que-e-nefrologia>. Acesso em: 10 de fevereiro de 2017.

 

MÉDICO REFERÊNCIA EM NEFROLOGIA FALA SOBRE OS AVANÇOS NO TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA

O mundo vive uma pandemia de doenças renais e no Brasil, em particular, a situação é muito preocupante. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal e, destes, cerca de 120 mil dependem da diálise para viver. Os médicos nefrologistas têm o enorme desafio de buscar avanços no tratamento, sobretudo das doenças renais crônicas, e este foi o tema da palestra que o Professor Roberto Zatz, livre-docente da Universidade de São Paulo e uma das referências na área da Nefrologia no Brasil, proferiu na manhã do dia 22 de junho para seus colegas e médicos de outras especialidades da Funfarme/Hospital de Base. A presença de Dr. Zatz integra o Ciclo de Palestras que a Disciplina de Nefrologia da Residência Médica da Funfarme/Famerp promove ao longo do ano, durante o qual traz especialistas renomados no país para apresentar e discutir com médicos e residentes as últimas novidades na área.

Este foi o enfoque da palestra do professor da USP – Avanços Recentes no Tratamento da Doença Renal Crônica.  Embora tenha apresentado os recursos terapêuticos mais atuais, Dr. Zatz ressaltou que, infelizmente, “ainda são limitados”, o que leva à conclusão de que o mais importante para reverter o aumento das doenças renais é a prevenção. “E para que as pessoas se previnam é fundamental envolver toda a sociedade – doentes, familiares, profissionais de saúde, imprensa, todos para que possamos tratar cada vez mais pessoas com a doença em estágio inicial”, declarou Dr. Zatz, que é também chefe do Laboratório de Fisiopatologia Renal da Disciplina de Nefrologia da Faculdade de Medicina da USP.

Mais de 10 milhões de doentes no Brasil

Levantamento da Sociedade Brasileira de Nefrologia reforça o alerta de Dr. Zatz. Mais de 70% dos pacientes que iniciam diálise no país descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos. Por isso, a sociedade, principalmente, os profissionais de saúde da atenção básica, deve estar atenta aos chamados pacientes de risco – diabéticos, hipertensos, idosos e pessoas com casos de doença renal na família.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, o número de doentes renais no país dobrou nos últimos 10 anos, totalizando os estimados 10 milhões de brasileiros.

Disponível em: <https://www.hospitaldebase.com.br/noticias/medico-referencia-em-nefrologia-fala-sobre-os-avancos-no-tratamento-da-doenca-renal-cronica-a-seus-colegas-da-funfarme-hospital-de-base>. Acesso em: 10 de fevereiro de 2017.

ENFERMAGEM APLICADA ÀS UNIDADES DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIA

Competências: conhecer os agravos à saúde que ameaçam a vida, caracterizando uma situação de urgência e emergência. O adulto em situação de risco. Assistência de enfermagem ao adulto com doenças infectocontagiosas. Assistência de enfermagem nas unidades de emergências. Assistência de enfermagem no centro de tratamento intensivo. Procedimentos de enfermagem com o adulto em situação de risco. Conhecer os diversos procedimentos para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas, assegurar a ventilação e perfusão eficiente ao tecido e órgãos. Conhecer os medicamentos mais comuns utilizados em emergência. Conhecer os princípios das relações humanas, competência interpessoal e humanização da assistência de Enfermagem. Conhecer as diversas formas de inter-relacionamento no trabalho em equipe.

PLANO DE AULA

Curso: Curso técnico de nível médio em enfermagem

Autora: Elizia Esther Calixto Paiva,

Colaboradora: Suely de Lima Matos Nascimento

Unidade: Enfermagem aplicada às unidades urgência e emergência.

Assunto: atendimento de urgência e emergência

Objetivo

Compreender os processos, espaços e instalações, o trabalho do enfermeiro coordenador, além de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, quantidade de leitos e pacientes para o atendimento de 24 horas.

Conteúdo programático

  • Introdução
  • Epidemiologia
  • Serviços de urgência e emergência
  • Atendimento Pré-Hospitalar (APH)
  • Protocolos de atendimentos
  • A equipe de enfermagem no pronto-socorro
  • Espaços físicos
  • Drogas utilizadas em parada cardiorrespiratória
  • Sala de isolamento
  • Precação respiratória
  • Referências
  • Exercícios com questões comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

ALVES, E, A, V. Segurança do paciente: do erro à prevenção do risco. Cad. Iber Amer. Direito. Sant. vol. 2. n. 2. Brasília, 2013. Disponível em: <https://publicaciones.fmdv.org/ojs/index.php/cuadernosderechosanitario/article/view/78/107>. Acesso em: 28 ago. 2014.

BRASIL. Anvisa. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Erro Humano e sua Prevenção. Cap.4. Ed.1ª. 2013. Disponível em: <https://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/junho/Modulo%201%20-%20Assistencia%20Segura.pdf>. Acesso em: 20 de mar. 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. RDC n° 36, de 25 de julho de 2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 julho 2013. Disponível.  <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html>.  Acesso em: 03 jul. 2014.

BUENO, A. A. B, FASSARELLA, C. S. Segurança do Paciente: uma reflexão sobre sua trajetória histórica. Rev. Rede de Cuidados em Saúde. Vol.6 Nº. 1, 2012. Disponível em: <https://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/rcs/article/view/1573/0>. Acesso em: 20 jan. 2014.

COREN. Conselho Regional de Enfermagem. Boas Práticas – Cirurgias Segura. São Paulo, 2011. Disponível em: https://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/cirurgia-segura.pdf. Acesso em: 18 jun 2014.

COREN. Conselho Regional de Enfermagem. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Rebranesp. 10 Passos Para a Segurança do Paciente. São Paulo, 2010. Disponível em: <https://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente.pdf>. Acesso em: 17 de mai 2014.

AQUECIMENTO

O atendimento de emergência nas Unidades Hospitalares tem importante papel na recuperação e manutenção da saúde do indivíduo. O trabalho em saúde caracteriza-se pelo encontro entre pessoas que trazem um sofrimento ou necessidades de saúde, e outras que dispõem de conhecimentos específicos ou instrumentos que podem solucionar o problema apresentado. A organização do trabalho, entretanto, pode interferir no produto final do trabalho em saúde, transformando-o conforme a influência dos diferentes elementos do processo, das concepções e intenções dos agentes a respeito do produto a ser construído. Recuperar a saúde e mantê-la se estabelece uma assistência à saúde de qualidade e equipe multidisciplinar voltada para o indivíduo como um todo na sua integralidade, atentando para aspectos que envolvem a atuação eficaz, eficiente, rápida e com bom conhecimento clínico e científico. A atuação do enfermeiro é primordial para os serviços de saúde no tocante à promoção à saúde dos pacientes que são assistidos em serviços de Urgência e Emergência.
Na urgência e emergência tensões e estresse são comuns, motivados pelo relacionamento interpessoal, emoções intensas causadas pela exposição constante ao risco de morte, pela frequente oscilação entre sucesso e fracasso e pelas exigências impostas à equipe, surgindo sentimentos como inadequação, insegurança e impotência capazes de influenciar de forma negativa os relacionamentos interpessoais e a capacidade profissional, criando, assim, um círculo vicioso. Na dimensão dos serviços de emergência, verifica-se que existe uma apreciação do profissional de saúde que atua nas emergências, por se tratar de um dos profissionais da área da saúde que precisa diariamente ampliar seus conhecimentos, pois a constante evolução nas formas de assistência e, também, dos equipamentos hospitalares utilizados para prestar o cuidado ao paciente faz com que este profissional sinta a necessidade constante de reciclagem, melhorando com isso o seu campo de atuação. Sabemos que a procura por atendimento nos serviços de urgência hospitalar tem inúmeras causas que podem estas associadas ao aumento da violência, das questões socioeconômicas, assim como pela falta de resolução e serviços. Os profissionais são interpelados por uma demanda que ultrapassa o que os serviços estão organizados para reconhecer e intervir. As unidades e os serviços de saúde devem estar habilitados tecnicamente e possuir condições de infraestrutura física, de pessoal, recursos materiais e equipamentos para prestarem o primeiro atendimento ou a estabilização dos quadros de urgência, e, posteriormente, encaminhar o paciente para unidades de maior porte.

A formação contínua permite melhorar competências, promover a autonomia progressiva no trabalho, visa ao enriquecimento dos indivíduos como pessoas e como profissionais, parte da recolha de necessidades e deve ser entendida, fundamentalmente, como um investimento em capital humano, assumindo-se como um investimento e não como um custo. É exigido do enfermeiro que atua na urgência grande capacidade para lidar com o imprevisto; capacidade de observação análise de situações, com vista a estabelecer prioridades assistenciais rapidamente; destreza manual e rapidez na ação; autocontrole emocional para fazer presença a situações de grande tensão; facilidade de comunicação para o trabalho em equipe e conexão com todos os setores do hospital.

DINÂMICAS

COMO AVALIAR O ESTRESSE DO ENFERMEIRO EM UNIDADE DE EMERGÊNCIA?

Objetivos:

  • Avaliar o estresse do enfermeiro em unidade de emergência hospitalar.
  • Identificar os fatores (internos/ externos) que ocasionam o estresse do enfermeiro em unidade de emergência.

Desenvolvimento:

  • Descrever as situações, as quais evidenciam o estresse do profissional enfermeiro.
  • Apontar a importância da saúde mental para o enfermeiro no trabalho em equipe e com a assistência prestada na unidade de emergência hospitalar.

Conclusão:

Registrar as situações que foram levantadas e cada grupo se posicionar sobre possíveis soluções.

Disponível em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/enfermagem/avaliacao-estresse-enfermeiro-unidade-emergencia-hospitalar.htm>. Acesso em: 13 de fev. de 2017.

 

ATIVIDADE DE APRECIAÇÃO SONORA

Solicite que os alunos fechem os olhos e passem a escutar os sons da sala de aula durante três minutos. Quando se estabelecer um silêncio, interrompa-o, batendo levemente em uma mesa, no vidro da janela, utilizando giz no quadro, mexendo em alguma pasta, batendo com o lápis na classe ou articulando com outros materiais sonoros interessantes.

Passados os três minutos, peça para que os alunos comentem sobre os sons que escutaram e procurem descrever o que você fez que os levassem a identificar os sons: o que eu fiz? Como vocês identificaram minha ação? Por quê? Lembre-os de que esta é a “paisagem sonora” da sala de aula. Muitas vezes, identificamos o local onde estamos pelos sons que estão presentes.

Estes sons podem nos causar várias sensações, dependendo da articulação de seus parâmetros sonoros. Por exemplo, se estivermos em um estádio de futebol nossa sensação será completamente diferente de um sala de leitura silenciosa e se estivermos atendendo uma emergência? Que sons vocês acham que teríamos? Discuta com seus alunos sobre esta constatação.

Disponível em: <https://www.educacao.rs.gov.br/dados/refer_curric_prof_vol2.pdf>. Acesso em: 13 de fev. de 2017.

TEXTOS PARA REFLEXÃO

DIFERENÇA ENTRE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Emergência e urgência são palavras parecidas, mas será que possuem o mesmo significado?

Em hospitais e postos de saúde, todos já viram ambulâncias, prontos-socorros e placas com o enunciado “Emergência”. Porém, em vez de usar esse termo, alguns profissionais da saúde afirmam que determinado caso é urgente. Emergência e urgência são palavras parecidas, mas será que possuem o mesmo significado? Como diferenciá-las? Não é muito simples, pois, realmente, seus significados são quase iguais.

Entretanto, principalmente na área da saúde, as duas palavras exprimem conceitos totalmente diferentes, o que irá definir o tratamento de um paciente que acabou de chegar a uma instalação hospitalar.

  • EMERGÊNCIA: usamos o termo emergência durante uma situação considerada crítica ou um perigo iminente, como um desmoronamento de terra, um incidente ou um imprevisto. Na área médica, quando a circunstância exige que ocorra uma cirurgia ou uma intervenção médica imediatamente, é um caso de emergência. Note que as ambulâncias têm a palavra emergência, não urgência.
  • URGÊNCIA: uma situação urgente necessita ser resolvida imediatamente, não pode ser adiada, pois, se houver demora, pode haver até risco de morte, no caso da área de saúde. Na medicina, ocorrências urgentes precisam de um tratamento médico, até mesmo uma cirurgia, mas podem apresentar também um caráter menos imediatista, por exemplo, um tratamento de câncer, que deve ser feito com urgência, mas não irá trazer as consequências de imediato. Ainda assim, não deixa de ser um caso urgente.

Existem alguns casos na emergência que necessitam de intervenção urgente, ou seja, não podem se prolongar. As diferenças no significado de ambas as palavras abrangem mais o campo científico. Por exemplo: certas hemorragias, paradas respiratórias e cardiovasculares são consideradas emergências.

Luxações, torções, fraturas (dependendo da gravidade, pois fraturas expostas, por exemplo, são consideradas extremamente graves e têm caráter emergencial) e doenças como dengue, catapora e sarampo são dotadas de um caráter mais urgente.

Com este artigo, foi possível ver que palavras semelhantes na grafia podem diferir no seu significado, mostrando que uma simples palavra pode ter uma carga sobre ela e conseguir transmitir atividades e feitos diferentes, cada uma tendo o seu significado e sua devida função medicinal.

Disponível em: <https://www.iped.com.br/materias/enfermagem/diferenca-urgencia-emergencia.html>. Acesso em: 03 mar. 2017.

 

ESTUDO DE CASO

Identificação:

Nome: M.O.

Idade: 49 anos

Naturalidade: Monte Alegre – MG

Estado civil: Divorciado

Diagnóstico: Ferimento por Arma de Fogo

Histórico pessoal e Médico

O paciente relatou discussão com a ex-esposa por motivos pessoais, durante essa briga o acompanhante dessa mulher começou a agredir o paciente M.O, então, posteriormente sacou um revolver e atirou seis vezes no mesmo. Os tiros acertaram as regiões: torácica, ombro direito, coxa esquerda, zigomática direita e também atingiu a cabeça de raspão.

Histórico familiar

De acordo com paciente há um histórico familiar de Diabetes Melittus e Hipertensão Arterial.

Exame físico

Sinais vitais:

  • Pressão Arterial: 124/72 mmhg.
  • Pulso: 85 bpm.
  • Temperatura: 36,5° C.
  • Frequência respiratória: 18 rpm.

Avaliação dos sistemas do corpo

  • Cabeça e pescoço: consciente orientado no tempo e espaço, abertura ocular espontânea, pupilas isocóricas, couro cabeludo com presença de ferimento por projétil de arma de fogo, conjuntivas coradas, acuidade auditiva normal D e E sem anormalidade, nariz sem coriza e sem desvio de septo, fala normal, boca com lesões em lábio inferior e dentição própria. Pescoço sem gânglios palpáveis.
  • Tórax e pulmões: tórax simétrico expansibilidade torácica bilateral, ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares fonéticos. Presença de ferimentos por projétil de arma de fogo.
  • Aparelho cardiovascular: ausculta cardíaca com bulhas rítmicas hipofonéticas em dois tempos. Tempo de enchimento capilar inferior a dois segundos, pulsos periféricos rítmicos cheios e normocárdicos.
  • Abdômen: abdômen globoso, sem dor à palpação, ruídos hidroaéreos presentes.
  • Aparelho geniturinário: característico do sexo masculino, pele íntegra, micção espontânea presente.
  • Aparelho locomotor: acamado, acesso venoso em membro superior direito.

Medicações em uso

ENALAPRIL

Enalapril, administrado na forma de maleato de enalapril, é um fármaco utilizado no tratamento da hipertensão, e também em casos de insuficiência cardíaca crônica, sendo que seu mecanismo de ação envolve a inibição da enzima conversora da angiostensina (ECA). É derivado dos aminoácidos L-alanina e L-prolina.

Mecanismo de ação

Depois de administrado, maleato de enalapril é absorvido e sofre uma hidrólise formando enalaprilato, que é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) de especifidade alta, de longa ação e não sulfidrílico. Pode ser usado isoladamente como terapia inicial ou associado a outros anti-hipertensivos, particularmente os diuréticos. O maleato de enalapril inibe a formação de Angiotensina II, um potente vasoconstritor (substância que diminui o calibre dos vasos sanguíneos e aumenta a pressão arterial), que também estimula a secreção de aldosterona (substância responsável pela retenção de água e sódio no organismo). Portanto, a inibição da ECA resulta em um nível plasmático diminuído de angiotensina II e, como consequência, leva a uma diminuição da atividade vasopressora e diminuição da secreção da aldosterona (o que pode resultar em discreto aumento nos níveis séricos do potássio). Através desta ação, o maleato de enalapril pode também facilitar o trabalho do coração, tornando-o mais eficiente, o que é importante em casos de insuficiência cardíaca. O início da ação do maleato de enalapril é suave e gradativo; inicia-se dentro de uma hora e seus efeitos geralmente continuam por 24 horas. O controle da pressão arterial é, em geral, obtido após alguns dias de tratamento.

INSULINA HUMANA – NPH

A NPH (Neutral Protamine de Hagedorn) é a insulina exógena mais utilizada e prescrita para diabéticos insulino-requerentes. A NPH é o composto insulínico mais barato que se tem disponível no mercado.

A insulina exógena NPH é bastante irregular em sua atividade. Observa-se que sua ação se inicia cerca de 1 às 4h após sua aplicação, que ela tem um pico de ação entre 5 às 12h após sua aplicação e que tem uma duração também variável entre 12 às 24h. Sua cinética varia de acordo com vários fatores, tanto inter quanto intra-indivíduos. Por exemplo, depende da temperatura, do local da aplicação, da profundidade que alcançou no tecido onde foi injetada (tamanho da agulha), da resistência periférica do tecido e capilaridade local (camada de gordura local e circulação sanguínea), da dose, do grau de purificação, da procedência/laboratório e talvez de outros fatores ainda.

Ferimento por arma de fogo

BALÍSTICA DAS FERIDAS

A balística é a ciência do movimento dos projéteis. A balística pode dividir-se em categorias:

1. Balística interna: estudo dos projéteis no interior do cano da arma.

2. Balística externa: aborda o estudo dos projéteis durante o seu voo.

3. Balística terminal: estuda a penetração/embate dos projeteis em sólidos.

4. Balística das feridas: estuda a penetração dos projéteis em tecidos moles.

MECÂNICA DOS FERIMENTOS POR BALA

O tipo de ferimento provocado por um projétil depende muito da tendência de um determinado projétil para entrar em cambalhota (perder o seu ponto de equilíbrio). Um projétil curto e de alta velocidade é mais propício a dar rapidamente uma cambalhota ao entrar em contato com tecidos vivos. Tal situação provoca uma maior destruição de tecido e aumento da transferência de energia cinética (EC) do projétil ao alvo. Em longa distância uma bala mais longa e mais pesada dispõe de mais EC ao embater no alvo, mas pode penetrar de tão facilmente que abandona o alvo ainda com muita da sua restante energia cinética. Uma bala com baixo valor de EC e dispondo de um desenho tal que consiga transmitir toda a sua EC ao alvo, pode provocar uma destruição de tecido bastante significativa (o alvo tem de estar próximo). Os danos produzidos por balas em tecidos vivos podem ser dos seguintes tipos:

1. Laceração e Esmagamento – Balas de baixa velocidade, pistolas e revólveres, que viagem a menos de 330 m/seg. provocam virtualmente os seus danos por esmagamento.

2. Cavidades – A cavidade permanente é significativa com projéteis que viajam a mais de 330 m/seg. A cavidade permanente é provocada pela trajetória da própria bala. O diâmetro resultante da cavidade permanente varia, mas é normalmente maior que o diâmetro da bala. Em ferimentos por balas de alta velocidade, dá-se um efeito adicional denominado por formação da cavidade temporária. A cavidade temporária é produzida pela elevada transferência de energia cinética ao tecido; esta cavidade pode ser 30 vezes superior ao diâmetro da bala e ocorre em um tempo aproximado de 5 a 10 milissegundos, alcançando pressões na ordem das 100 a 200 atmosferas (10 a 20 kg/cm2). Esta cavidade entra em colapso de modo pulsante. Se a pressão da cavidade temporária exceder o limite elástico do tecido, o órgão atingido pode rebentar e surgirá uma enorme cavidade permanente. Órgãos com pouca elasticidade são mais susceptíveis a este efeito de rebentamento, P.e., o fígado. Órgãos pouco densos e com alta elasticidade estão relativamente protegidos, P.e., pulmões. Órgãos tais como músculos e pele, os quais dispõem duma densidade similar ao fígado, mas com alta elasticidade, estão relativamente protegidos. Ferimentos na cabeça por balas a alta velocidade produzem ferimentos do tipo rebentamento, devido à formação da cavidade temporária.

Diagnósticos enfermagem:

  • Dor relacionada aos ferimentos evidenciada por queixa do paciente.
  • Padrão respiratório ineficaz relacionado ao trauma e evidenciado por dispneia.
  • Risco para alteração da temperatura corporal relacionado aos dispositivos invasivos.
  • Risco para déficit no volume de líquidos relacionado ao sangramento dos ferimentos.
  • Integridade da pele prejudicada relacionado aos ferimentos evidenciado por rompimento da pele.
  • Medo relacionado ao desentendimento evidenciado por relato do paciente.
  • Déficit no autocuidado: banho e/ou higiene, relacionado aos ferimentos, evidenciado por repouso no leito.

Prescrições de enfermagem:

  • Mensurar a dor do paciente.
  • Verificar sinais vitais no intervalo de 1 em 1 hora.
  • Ofertar oxigenoterapia conforme prescrição.
  • Elevar a cabeceira da cama 30° para facilitar a respiração.
  • Realizar balanço hídrico rigoroso.
  • Realizar curativo, utilizando soro fisiológico 0,9° morno e ocluir com gaze.
  • Realizar higiene corporal e oral no leito.
  • Realizar mudança de decúbito.
  • Oferecer dieta quando liberada.
  • Manter repouso no leito.
  • Manter vias aéreas permeáveis.
  • Realizar ausculta pulmonar e cardíaca.
  • Relatar a aceitação de alimentos.

Referências 

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