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Módulo 2 – Portal de Saúde Eureka

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PORTAL DE SAÚDE EUREKA

Módulo 2

MANUAL DO EDUCADOR

Recursos Humanos: Ética, Psicologia, Biossegurança, Atividade Hospitalar e Meio Ambiente, Primeiros Socorros e Segurança aplicadas à enfermagem

APRESENTAÇÃO

Hoje, a grande tendência em Recursos Humanos é buscar uma nova forma de gestão para responder aos novos desafios das mudanças globalizadas. A concepção de recursos humanos quando relacionada a um conjunto de agentes competentes para o desenvolvimento de ações que envolvam o aspecto curativo, de promoção e proteção à saúde ainda necessita de muita capacitação. Quando se fala em formação profissional em saúde é importante que se tenha em mente os vários tipos de trabalhadores, os níveis de formação e as funções desempenhadas. A educação profissional deverá propiciar ao aluno o exercício da escolha e da decisão entre alternativas diferentes, tanto para a execução de tarefas do trabalho, como na definição de roteiros, procedimentos ou metodologias mais eficazes para produzir com qualidade. Nas novas formas de gestão do trabalho exige-se do trabalhador autonomia, atuação em equipe, tomada de decisões em tempo real e durante o processo de produção. A ética da identidade na educação profissional deve trabalhar permanentemente as condutas dos alunos para fazer deles defensores do valor da competência, do mérito, e da capacidade de fazer bem feito.

Além dos conhecimentos científicos, outros saberes e conhecimentos baseiam-se na percepção de que na ação profissional é preciso ir além do conhecimento estabelecido. A ciência é necessária como embasamento da prática profissional, mas não se podem dispensar outros saberes e conhecimentos, ainda que menos sistematizados e formalizados. As instituições de ensino da enfermagem devem prezar pela qualidade, de acordo com as necessidades de saúde da comunidade, sendo capazes de produzir conhecimento relevante para a realidade de saúde em diferentes áreas, e serem ativas na qualificação de profissionais de saúde. Isto provoca a necessidade de rever antigas e presentes concepções do processo de ensino e aprendizagem. Faz com que o docente reflita o tempo todo e ressignifique a sua atuação enquanto ser neste mundo. Isto também implica no movimento de ida e volta às formas através das quais aprendeu e como iniciou a sua atuação profissional de educador, pois ninguém se torna um professor problematizador de um dia para o outro. Cada um segue seu tempo e seu espaço de abertura para novos conceitos e novas práticas. A educação do futuro deverá ser centrada na condição humana. Conhecer o humano é, antes de mais nada, situá-lo no universo e não separá-lo dele. A  educação problematizadora fundamenta-se na relação dialógica entre educador e educando, que possibilita a ambos aprenderem juntos, por meio de um processo emancipatório. A formação e capacitação permanente do professor é imprescindível para a evolução do ensino em saúde.

ÉTICA

Competências: registrar ocorrências e serviços realizados, inclusive utilizando ferramentas de informática com a finalidade de facilitar a prestação de informações ao paciente, aos outros profissionais e ao sistema de saúde. Identificar suas possibilidades de atuação como cidadão e como profissional nas questões de saúde. Reconhecer os limites de sua atuação à luz das leis do exercício profissional e código de ética das categorias profissionais da área da saúde.

PLANO DE AULA

Curso: Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem

Autor: Alessandra Roberta Foina Prates

Unidade: Ética aplicada à enfermagem

Assunto: Ética

Objetivo

Compreender a integralidade do cuidado buscando ver o paciente como um todo, atendendo às suas necessidades de forma integral com a equipe de saúde, na qual se insere o profissional de nível técnico. Ressaltar  as questões éticas que permeiam as atividades com o ser humano, destacando as dos profissionais da saúde.

Conteúdo programático

  • História da Enfermagem
  • Desenvolvimento da Educação em Enfermagem no Brasil ( Séc. XIX)
  • Legislação das Políticas de Saúde
  • Ensino de Enfermagem no Brasil
  • Ana Neri
  • Primeiras escolas de enfermagem
  • Entidades representativas e de classes de enfermagem
  • Símbolo da Enfermagem
  • Código de ética da enfermagem
  • Bioética
  • Referências
  • Exercícios com respostas comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 648, de 28 de março de 2006.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Brasília. 2001.

3. BRASIL. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado – Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado: Presidência da República. Brasília 1995.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Apoio a Descentralização. Termo de compromisso de gestão federal. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007.36 p.: iI. – (Série E. Legislação de Saúde).

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Apoio a Descentralização. Termo de compromisso de gestão estadual. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007.40 p.: iI. – (Série E. Legislação de Saúde).

6. GEOVANINI, Telma; MOREIRA, Almerinda; SCHOELLER, Soraia; MACHADO, Wiliam. História da Enfermagem – versões e interpretações. Rio de Janeiro : REVINTER. 2005.

7. LOPES, M.J. M. Gênero e Saúde. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

8. IACOMINI, Vanessa. Biodireito e o combate à biopirataria.

AQUECIMENTO

A ética da identidade na educação profissional deve trabalhar permanentemente as condutas dos alunos para fazer deles defensores do valor da competência, do mérito, e da capacidade de fazer bem feito. O paciente dos dias de hoje, por ter consciência de seus direitos de consumidor, requer mais atenção, respeito e habilidade do enfermeiro, tendo deixado de ser tão passivo a tudo. Alguns pacientes querem participar de seus cuidados e compreender o que está ocorrendo no seu processo de hospitalização. A integralidade do cuidado procura ver o paciente como um todo, atendendo suas necessidades de forma integral pela equipe de saúde, na qual se insere o profissional de nível técnico. Para atender às atuais exigências e preparar-se para o futuro, o trabalhador precisa ser capaz de identificar situações novas, auto-organizar-se, tomar decisões, interferir no processo de trabalho,  trabalhar em equipe multiprofissional e, finalmente, resolver problemas que mudam constantemente. É importante ressaltar também as questões éticas que permeiam as atividades com o ser humano, destacando as dos profissionais da saúde. É fundamental que esses coloquem, prioritariamente, em suas ações, a ciência, a tecnologia e a ética a serviço da vida, respeitando e comprometendo-se com a vida humana em quaisquer condições, independentemente da fase do ciclo vital, do gênero a que pertença, ou do posicionamento do paciente na pirâmide social.

Do ponto de vista ético, é esperado que o enfermeiro utilize sua criatividade ao gerenciar as ações assistenciais, ao tomar decisões e ao adequar os recursos humanos e materiais de que dispõe, assegurando um atendimento das necessidades dos pacientes com isenção de riscos, quando estes forem previsíveis e, portanto, passíveis de prevenção.

O ser humano, ao longo do seu desenvolvimento, vai adquirindo formas e expressões de cuidados sofisticadas, o que o distingue dos demais seres, ou seja, o ser humano cuida no sentido mais amplo, sendo e relacionando-se com o outro e com o mundo de forma plena e intensa. Assim, cuidar é mais do que um ato é uma atitude, representa uma atitude de ocupação, de preocupação, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o outro. A equipe de enfermagem, ao cuidar de um paciente não se obriga a curá-lo, contudo deve utilizar todos os recursos humanos e técnicos possíveis e disponíveis para garantir uma assistência de enfermagem segura e eficaz.

É fundamental que os gerentes dos serviços de enfermagem saibam como compromissar a administração superior das instituições de saúde, no sentido de que a qualidade e a segurança do atendimento de enfermagem sejam justos direitos da sociedade e da clientela. É importante também dimensionar o quadro funcional, investir em recursos humanos e materiais, evitando que as falhas técnicas e /ou de condutas profissionais acarretem prejuízos à clientela de enfermagem, através de um trabalho conjunto dos enfermeiros nas diversas instâncias, seja na educação continuada, ou nas comissões de ética, através de um envolvimento efetivo de todos os profissionais de enfermagem.

O trabalho em enfermagem tem a importância de responsabilizar-se pelo outro, colocando-se diante de sua dor e seu sofrimento, não como mero observador, mas como um ser capaz de resgatá-lo do seu sofrimento.

A formação de vínculo entre a equipe de saúde e o usuário garante mais efetividade à atenção básica. Porém, esta maior proximidade pode facilitar o confronto de crenças, valores, ideais e formas de viver distintos, o que acaba conformando as peculiaridades das questões éticas que ocorrem neste nível da atenção à saúde.

Ao enfermeiro cabe avaliar, criteriosamente, os riscos a que os pacientes se encontram expostos, devendo informá-los sobre a existência desses riscos e os cuidados propostos para preveni-los, mas, sobretudo isentá-lo de ocorrências que lhes possam prejudicar e que estejam relacionadas à assistência de enfermagem, mediante ações educativas que envolvam o interesse de todos e que previnam essas ocorrências.

A necessidade de investir no trabalhador para a construção de uma assistência humana, considerando, inclusive, as condições adversas de trabalho apontadas como fatores desestimulantes, tais como baixos salários, número insuficiente de pessoal, sobrecarga de atividades, jornada dupla/tripla de trabalho.

DINÂMICAS

ÉTICA

Objetivo: refletir sobre a ética no cotidiano pessoal e profissional.

Material: bexigas, papel e caneta.

Desenvolvimento

Para realizar esta dinâmica o material usado serão apenas balões e tiras de papel escritas com palavras como: lealdade, respeito, trabalho, medo, honestidade, paciência, compromisso, ambição, inveja, preguiça, por exemplo. O instrutor deve escolher também um local amplo, onde o grupo convidado possa ter espaço para se locomover e também deverá colocar uma palavra dentro de cada uma das bexigas vazias.

Em seguida, deve formar um círculo, distribuir os balões vazios e explicar que eles representam as tentações a que estamos submetidos em nosso dia a dia. Depois todos devem encher suas bexigas, jogá-la pro ar sem deixar que caiam no chão, pois caso isso aconteça, representa que alguém sucumbiu à tentação e faltou com a ética.

Em determinado momento, parte do grupo deve ser convidada a se sentar, deixando seu balão para que a outra parte tente impedir que eles caiam também. Quando ficar mais difícil para os participantes de pé manterem os balões, os colegas sentados devem voltar à dinâmica e retomar a posse de sua bexiga e finalizar esta etapa segurando seu balão.

Moral da história – Neste momento, o facilitador deverá perguntar aos participantes, que ficaram sozinhos, com todos os balões, o que eles sentiram naquele momento e também aos que saíram o que eles perceberam.

Na sequência, todos devem estourar seus balões e pegar o papelzinho que está dentro dele. Neste momento, todas as pessoas devem ser convidadas a ler o que está escrito em seu papel, refletir e explicar aos demais o que aquela palavra representa para ela e como inspira suas ações e comportamentos.

Como podemos perceber esta dinâmica sobre ética é realmente poderosa, pois traz insights importantes para que possamos pensá-la em todos os momentos da nossa vida. Por isso, devemos sempre estar atentos aos nossos comportamentos e buscar evoluir continuamente.

Fonte: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/8238/#

 

O CASO DA AGENDA, LIVRO, DIÁRIO

Objetivo: refletir sobre a própria postura em relação à ética.

Material: agenda, diário ou livro.

Desenvolvimento

Combine previamente com duas ou três pessoas o seguinte: uma delas deixa um livro, um diário ou uma agenda de fácil acesso à todos na sala, um curioso (combinado) pegará o objeto e partilhará com os outros o seu conteúdo (observe quantos o fazem sem o menor constrangimento, quantos relutam e quanto se recusam a bisbilhotar o objeto). Dirija-se ao grupo, peça o objeto e, sem abri-lo coloque-o de volta ao lugar. Quando o “dono” retornar, divida os grupos de acordo com a atitude que tomaram, os curiosos, os relutantes e os aversos, e peça ao dono do objeto que identifique o porquê daquela separação, além de identificar a tendência do grupo. Após isso reflita com todos a questão ética da privacidade e discrição.
Fonte: https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080408173412AA8GkUY

 

A FILA

Objetivo: refletir sobre a diferentes abordagens éticas.

Material: cadeiras.

Desenvolvimento

Disponha algumas cadeiras da sala em fila indiana, e as outras em círculo em volta desta última. Providencie chocolates e/ou balas suficientes à todas as pessoas, mas só deixe a mostra a quantidade suficiente para atender a fila, coloque os chocolates no assento de cada cadeira. Logo vão perguntar o que fazer para ganhar o chocolate. Diga que será de acordo com a ordem de chegada à sala, só que na forma inversa do último para o primeiro. Haverá alguns protestos, e daí questione: regras são para ser respeitadas? Ou só nos interessam as regras que nos beneficiam diretamente? (ou seja a ética no sentindo legalista).

Fonte: https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080408173412AA8GkUY

TEXTOS PARA REFLEXÃO

ENFERMAGEM E RESPONSABILIDADE

A melhor definição de responsabilidade é: “não ser omisso àquilo que é de nossa atribuição”.

A função primordial e específica da enfermagem – é assistir o ser humano (doente ou sadio) na promoção, proteção, recuperação da saúde e reabilitação.

A enfermagem atua em diversas instituições, em diferentes especialidades e enfrenta a carência de infraestrutura, de recursos materiais e humanos, sendo obrigada, ainda, a prestar uma assistência livre de imperícia, imprudência e negligência.

Conduta ética

Não se adquire consciência ética da mesma forma que se adquire saber teórico. A conduta ética dos profissionais de Enfermagem converge, primordialmente, para o respeito à dignidade humana e para o atendimento aos direitos dos cidadãos.

A conduta ética não é, portanto, algo que adotamos porque é correta, mas porque reconhecemos que os outros, tal como nós, desejam ser felizes e não sofrer (Dalai Lama).

O contexto do exercício profissional da enfermagem é pautado na ética com responsabilidade, no conhecimento técnico, científico, ético e legal, na postura profissional e no compromisso com o grupo de trabalho e com a sociedade.

A sociedade está cada vez mais consciente de seus direitos, exigente em relação à qualidade da assistência, e vigilante quanto aos erros técnicos profissionais.

Os desafios da enfermagem

Cabe ao enfermeiro proporcionar, à equipe de enfermagem, segurança no desempenho de suas tarefas, minimizando o risco de infrações, que podem ser caracterizadas como:

Imperícia – é a falta de habilitação, falta de capacitação técnica, inabilidade. Todos os profissionais necessitam de capacitação teórica e prática para o exercício de suas atividades. É possível que, em face de ausência de conhecimento técnico ou de prática, essas pessoas, no desempenho de suas atividades, venham a causar danos aos pacientes.

Imprudência – é a prática de um ato perigoso, ausência de cautela, inconsequência. Ação irrefletida ou precipitada. Desatenção culpável.

Negligência – é caracterizada, na maioria das vezes, pela omissão, a ausência de precaução, inércia, passividade, indiferença em relação ao ato realizado. Inobservância do dever.

Algumas condutas que nós devemos adotar para minimizar as chances de infrações éticas:

  • Registrar, por escrito, todas as ocorrências.
  • Treinar a equipe de trabalho.
  • Não inventar ou improvisar condutas.
  • Observar a relação enfermagem/paciente.
  • Manter o sigilo profissional.
  • Fornecer esclarecimento sobre os cuidados aos pacientes.
  • Manter bom relacionamento interpessoal com os colegas de trabalho.
  • Ter conhecimento e domínio do Código de Ética.
  • Criar comissões de ética nas instituições de saúde.
  • Ética e moral são os maiores valores do homem livre.
  • Ética e moral significam respeitar e venerar a vida.

Fonte:  Prof. Ms. Lourdes Galego

Mestre em Ensino em Ciências da Saúde (Unifesp), especialista em Saúde Coletiva (São Camilo), em Enfermagem do Trabalho (São José), em Educação em Saúde (Fiocruz). É professora adjunta da Universidade Paulista no Curso de Enfermagem e Gestão Hospitalar. Enfermeira do Centro de Planejamento e Avaliação do Departamento Regional de Saúde, DRS – IV – Baixada Santista.

https://saudeexperts.com.br/etica-no-exercicio-profissional-da-enfermagem/

 

CASO CLÍNICO

Dr. Antonio Pereira Filho

Paciente de 45 anos de idade, sexo masculino, internado na Unidade Coronariana, com diagnóstico de insuficiência coronariana. Apresenta-se consciente, com boa orientação de tempo e espaço. Quadro clínico estável. É casado, pai de três filhos, tem uma amante há 5 anos. A amante liga para a chefe da enfermagem e solicita horário diferenciado para visita. A administração do hospital, que é religiosa e rígida, não permite horário especial para visita. O paciente conversa com o médico chefe da Unidade Coronariana e com a enfermeira chefe manifestando o desejo de receber a visita da amante.

E agora ?

Os Códigos de Ética de Enfermagem e de Ética Médica sustentam a permissão ou a negativa?

A esposa e os filhos do paciente estariam sendo “traídos” pelos profissionais de saúde?

As regras da instituição, que é religiosa, devem ser violadas, mesmo que isso jogue por terra a fé dessa instituição? Deve prevalecer qual princípio bioético: a autonomia ou a justiça?

Cabe ao profissional de saúde julgar a moral do seu paciente?

E se o pedido fosse feito pela esposa e filhos afastados a muitos anos do paciente, que vive agora em união estável com a amante e o paciente desejasse vê-los?

O princípio do sigilo está envolvido nesse caso? Não havendo consenso entre os profissionais de saúde, a quem consultar?

Fonte: https://www.cremesp.org.br/pdfs/eventos/eve_06062014_144352_Caso%20Clinico%20I%20-%20Dr.%20Antonio%20Pereira.pdf

Filme recomendado

Para trabalhar ética e bioética do enfermeiro sugerimos o filme: De quem é a vida afinal? (1981)

Título original: Whose Life Is It Anyway?
Título no Brasil: De Quem é a Vida Afinal?
Direção: John Badham
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 1981
Duração: 119 min
País: EUA

Sinopse: um escultor sofre um trágico acidente de carro e fica tetraplégico. Ele entra em depressão e pede aos médicos que desliguem os aparelhos. A equipe do hospital hesita em executar a eutanásia e o caso vai parar na justiça.

PSICOLOGIA

Competências: conceituar a Psicologia como ciência e suas aplicações para a prática da enfermagem. Desenvolver habilidades de trabalho em equipe e apropriar-se de ferramentas para estabelecer relações adequadas entre profissional-paciente-família. Buscar reconhecer as etapas e características das fases do desenvolvimento humano. Compreender a importância da atuação da enfermagem na promoção de saúde. Identificar e discutir a importância das relações entre enfermeiro-paciente-família e enfermeiro-outros profissionais. Refletir o papel e as emoções do enfermeiro frente a dor e a morte.

PLANO DE AULA

Curso: Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem

Autor: Sandra Maria da Penha Conceição e Patrícia Novah Salomão

Unidade: Psicologia aplicada à enfermagem

Assunto:  Introdução a Psicologia na área da saúde

Objetivo

Compreender conceitos, permitir ao aluno conhecer e compreender o paciente e familiares, em relação a suas emoções e também comportamentos. Do mesmo modo, servir como um recurso ao técnico para avaliar e adequar a sua postura junto à equipe de trabalho.

Conteúdo programático

  • História da Psicologia
  • Noções de psicopatologia
  • Sexualidade
  • Envelhecência
  • Transdiciplinaridade para o bem do ser humano
  • Processo saúde – doença
  • Processo morte – morrer
  • Enfermidades Psicossomáticas
  • Paciente terminal
  • Referências
  • Exercícios com respostas comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

1. ANTHIKAD, J. – Psicologia para Enfermagem. 2ª. edição; Richmann & Autores Editores; 2005.

2. BRENNER, C. Noções Básicas de Psicanálise: introdução à psicanálise; Rio de Janeiro; 1987.

3. BOWLBY, J. – Formação e Rompimento dos Laços Afetivos. 1ª. edição; Martins Fontes; 1979.

4. EKSTERMAN, A. – Sobre Humanizar a Medicina; trabalho publicado na SBC; modulo 1.

AQUECIMENTO

As práticas de RH devem atuar no sentido de conscientizar os trabalhadores de que eles devem ser o elemento diagnóstico de solução de problemas, com objetivo de melhoria contínua. Atualmente, muitas novas tendências têm se desenvolvido na psicologia no contexto do trabalho, sendo o profissional psicólogo inserido na organização, cada vez mais, convidado e solicitado a exercer uma função estratégica na gestão de pessoas, atrelando suas metas diretamente aos resultados da empresa em que se encontra inserido. A construção da atual compreensão da relação saúde e trabalho conta com contribuições que são provenientes de diferentes abordagens, basicamente da psicologia social, psicologia do trabalho, psicologia organizacional, sociologia do trabalho, medicina do trabalho, engenharia de segurança, epidemiologia e ergonomia.

Para atender a necessidade de uma formação que envolva habilidades cognitivas, técnicas e de relações humanas, a formação profissional de nível médio na área de enfermagem envolve, além de disciplinas mais estritamente ligadas à área biológica – como  Higiene ou Microbiologia –, ramos do conhecimento como Sociologia, Filosofia e Psicologia, responsáveis pelas bases ética, política e social do trabalho em saúde. Administrar emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca, para manter-se sempre no controle e para manter a mente criativa na busca de soluções. Tomar consciência dos próprios temores, preconceitos, dúvidas e limites em relação ao seu próprio corpo e ao do paciente, é fundamental para que se estabeleça uma relação na qual esse corpo se personifique, ganhe uma identidade, deixe de ser apenas um objeto que precisa de cuidados para pertencer a uma pessoa que tem também seus próprios preconceitos, dúvidas, timidez e vergonhas, principalmente no momento de um contato mais íntimo. O profissional auxiliar técnico de enfermagem deve trabalhar melhor as questões do conhecimento interpessoal e intrapessoal, afim de desenvolver habilidades de comunicação que possam contribuir para o bem-estar dele e do paciente. A questão da transdisciplinaridade tem despertado crescente atenção nos últimos tempos. A transdisciplinaridade não é a negação da disciplina: é um avanço para além desta. Nas Ciências Sociais, temos vários ramos de conhecimento com seus respectivos temas, teorias e métodos de investigação, tais como a Sociologia, a Economia, a Ciência Política e a Antropologia. A atividade de pesquisa em psicologia hospitalar não pode e não deve ser dissociada da assistência aos pacientes e da formação de novos profissionais. O técnico e auxiliar de enfermagem de hoje, não pode ser imaginado como uma pessoa submissa, cumpridora de escalas, alheio a todo o processo que envolve a doença, o paciente, o hospital, etc. Um auxiliar de enfermagem sensível, bom observador, conhecedor de suas próprias emoções, limites e possibilidades tem maior chance de atuação junto aos pacientes. A disciplina de Psicologia se faz presente, na área da saúde, sendo importante que os profissionais tenham disponibilidade para conversar e ouvir o paciente, ou seja, para esclarecer e orientar, tendendo a um atendimento humanizado. A psicologia constitui-se como uma importante ferramenta para o entendimento e realização satisfatória da relação de ajuda presente na assistência em enfermagem.

A participação do psicólogo em uma equipe interdisciplinar não busca uma síntese de saberes, tão pouco procura se sobrepor aos demais profissionais, mas viabilizar a substituição da hegemonia do saber médico pela interlocução entre os diversos profissionais, que se unem aos profissionais de medicina para o bem-estar integral do ser humano.

Análise das condições relacionais encontradas em um ambulatório ou enfermaria.

Quem fez o pedido para a presença do psicólogo?

Qual o nível de poder que este indivíduo detém?

O quanto o trabalho do psicólogo é realmente desejado e compreendido?

Quanto de suas sugestões, seja de aspectos do atendimento aos pacientes, seja de aspectos funcionais da enfermaria ou do ambulatório, serão bem acolhidas?

Esta análise deve também se estender para um conhecimento detalhado do tipo de paciente da clínica em questão.

Quais são suas características demográficas?

Qual a epidemiologia do distúrbio?

Com que frequência ocorre?

Em quais parcelas da população?

Além disto, o profissional deve efetuar um levantamento bibliográfico exaustivo da literatura nacional e internacional sobre o distúrbio e sobre os seus aspectos psicológicos. Somente após isto poderá propor um plano de trabalho à equipe e iniciar efetivamente sua ação.

Fonte: Maria Luiza Marinho e Vicente E. Caballo -2001

Educador, perceba que é fundamental você trabalhar integralmente as questões relacionadas à prática do profissional de saúde enfatizando o processo de trabalho, a humanização no cuidado e sua formação. Essas ações são passos importantes para desenvolver novas abordagens teórico-metodológicas que possibilitem avançar nos processos de análise e intervenção sobre as situações, impactos e efeitos que são submetidos aos enfermeiros em seu cenário de prática e as contribuições que a psicologia pode e deve agregar.

DINÂMICAS

CONSTRUINDO UMA FOGUEIRA

Objetivo: mostrar a importância do trabalho em equipe.

Material: palitos de sorvete ou de dente.

Procedimento: separar os participantes em grupos menores de pelo menos 5 componentes.

Desenvolvimento

O facilitador deve dar a cada grupo um punhado de palitos e pedir que façam uma fogueira. Cada equipe poderá pegar palitos dos outros grupos, mas deverá proteger os seus. O líder da brincadeira deverá observar e depois ressaltar quem fez o quê em cada grupo e ressaltar os que tentaram fazer tudo sozinhos, os que ficaram só olhando, os que foram tentar pegar palitos dos outros grupos por iniciativa própria, e os que souberam liderar e delegar tarefas igualmente.

A mensagem é que todas estas atitudes fazem parte da rotina do trabalho em equipe (feliz ou infelizmente) e cada um deverá analisar-se e pensar no que pode melhorar.

Fonte: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAgGu8AF/100-dinamicas-grupo?part=4

 

 DO OBJETO PESSOAL

Objetivo: comprometimento.

Material: objeto pessoal.

Desenvolvimento

Solicitar ao grupo que traga de sua residência qualquer objeto de muito apego (valor emocional). Fazer um sorteio (como se fosse amigo secreto) e trocar os objetos. O coordenador estabelecerá um período (1 semana) para que cada um guarde o objeto do outro com muito carinho e troque bilhetinhos a fim de descobrir segredos sobre o colega e o objeto. Na data marcada, os participante destrocarão seus pertences contando um pouco do que descobriram do outro e do objeto deste, além do cuidado especial que tiveram com o objeto. Resultados: certa vez uma colaboradora trouxe um pacote de doce e entregou para a colega, a outra comeu tudo e no dia não tinha nada para falar nem para devolver para a amiga. Sugestão: pode ser feito com plantas.

Fonte: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAgGu8AF/100-dinamicas-grupo?part=4

 

DA CALHA

Objetivo: percepção + trabalho em equipe+disciplina.

Material: cortar tiras de cartolina (larga+/- 15cm e 50cm de cumprimento), bolinha pequena e balde.

Desenvolvimento

Levar a bolinha até o balde em uma tira de cartolina. Dividir a equipe em dois grupos. Marcar um ponto de partida e o tempo (30 seg) para conduzirem a bolinha da partida até o balde (analisar a distância de acordo com o número de participantes) com algumas observações:

-Os participantes não poderão deixar a bolinha voltar na cartolina, sempre que isso acontecer a bolinha volta ao início (largada).
-Deverão conduzir a bolinha dentro das tiras de cartolina em formato de calha.

O grupo deverá ter a percepção que ficando um ao lado do outro a bolinha chegará ao balde. Assim que a equipe chegar a essa percepção, pode-se dificultar afastando o balde para mais distante, para que estes percebam a necessidade de sair do lugar e ir para o final, colocando a calha ao lado do amigo e, assim, sucessivamente até que a bolinha chegue ao balde.

Fonte: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAgGu8AF/100-dinamicas-grupo?part=4

TEXTOS PARA REFLEXÃO

O PSICÓLOGO COMO INTERCONSULTOR

A interconsulta no ambiente hospitalar é entendida como a ação de um profissional de saúde no processo de atendimento que um paciente vem recebendo. A responsabilidade pelo atendimento global do paciente é do profissional que faz o pedido de interconsulta. Ele atendia o paciente antes e vai continuar a atender depois da interconsulta. O interconsultor é sempre um especialista de outra área, chamado a esclarecer, diagnosticar ou dar solução a uma problemática de saúde que o paciente tenha e que fuja da competência do profissional ou equipe responsável. O interconsutor vem para avaliar um problema específico e vai depois que o problema é solucionado. Esta é uma prática comum entre médicos, especialmente em hospitais universitários. Na medida em que começou a trabalhar em hospitais, ligado a equipes ou a serviços de psicologia independentes, o psicólogo passou a ter um status de especialista, diferente do status do psiquiatra, que mais frequentemente lida com os casos de distúrbio psiquiátrico ou psicótico que requerem o uso de psicofármacos e passou a ser chamado em interconsultas para tratar de questões psicológicas que pacientes apresentam no decorrer de seu atendimento médico. Assim, dificuldades de aceitação do diagnóstico e/ou prognóstico, ansiedade exacerbada em situações de exame, tristeza e/ou depressão eliciadas pelo quadro clínico ou pelo isolamento social e familiar decorrentes da hospitalização, somatizações, reações condicionadas a procedimentos, etc., passaram a se constituir em motivos para efetuar um pedido de interconsulta ao psicólogo para participar do atendimento a um paciente internado em clínicas onde ele não atua. Nesta situação, o essencial da ação do psicólogo é ser capaz de fazer uma rápida análise da situação para identificar a origem do problema, e mesmo não sendo membro permanente da equipe comporta-se provisoriamente como se fosse. Procurar envolver os outros profissionais em uma melhor relação médico-paciente ou enfermeiro-paciente, identificar ações que possam surtir efeitos imediatos, como estimular o médico a melhor esclarecer o problema do paciente, solicitar ao serviço social que providencie condições para que os familiares venham visitar o paciente e, especialmente, ouvir, apoiar e permitir ampla ventilação ao paciente. Após esta intervenção inicial, pode-se detectar a presença ou ausência de quadros psicológicos específicos que precisem ser tratados na forma de uma psicoterapia breve. Nossa experiência em interconsulta vem do início de nossa ação em um hospital geral, uma avaliação de sua eficiência foi recentemente constatada por pacientes, equipe e familiares (GORAYEB et al., 1999). Gostaria de ressaltar que a adequada e eficiente ação do psicólogo como interconsultor em um hospital geral é uma das suas ações mais visíveis perante os outros profissionais e, por isto mesmo, de maior responsabilidade para colaborar ou prejudicar a disseminação das ações do psicólogo hospitalar. Agindo com competência e eficiência só tende a aumentar a procura e a valorização de sua ação profissional.

Fonte: Recorte de Texto  do original: Psicologia Clínica e da Saúde – Organização: Maria Luiza Marinho e Vicente E. Caballo – Editora: UEL – Granada: APICSA, 2001 – Páginas: 263-278.

 

ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR COM AUXÍLIO DA PSICOLOGIA NA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO: UM RELATO DE CASO

Cabe a enfermagem em qualquer um de seus níveis de trabalho coordenar, planejar e supervisionar a assistência prestada pela equipe de saúde, atuando em áreas assistenciais, administrativas, gerenciais e também educacionais. A psicologia é a ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com o ambiente físico e social. Em uma interação destas duas áreas do conhecimento temos a aplicação da psicologia da saúde que tem como objetivo compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença. O presente trabalho se desenvolveu a partir da disciplina Psicologia da Saúde no curso de Enfermagem. Refletir sobre a presença das questões emocionais/subjetivas no cotidiano do enfermeiro, bem como avaliar a contribuição da Psicologia enquanto área do conhecimento para a administração de tais questões. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada com uma enfermeira que chamaremos de Penha, enfermeira na emergência de um hospital Público de uma das grandes capitais brasileiras, e na Unidade Básica de Saúde. A temática abordada dizia a respeito à psicologia aplicada a enfermagem. A entrevistada relata que cursou a disciplina de psicologia do desenvolvimento no 2º período da faculdade, onde explicava as peculiaridades em cada etapa do crescimento e as emoções respectivas na infância, na adolescência, no adulto e no idoso. A disciplina abordou também o que acontecia no contexto físico e psíquico que poderia influenciar o emocional de cada fase. Foi perguntado se o conhecimento adquirido na psicologia a ajudou no seu cotidiano laboral. Afirma que menos do que precisaria, porque estes conhecimentos ocorreram em um só período de sua formação, o que a pareceu-lhe insuficiente. Lembra também que na época não achou o professor preparado, percebeu pouca experiência em lecionar. Sobre as questões emocionais da equipe, conta que aparecem vários tipos de questões como dificuldade de relacionamento com a família e filhos, problemas no financeiro, matrimônio, entre outras questões. São situações que acabam sendo trazidas de casa para o trabalho, influenciando diretamente na organização da equipe, pois o profissional que está passando por estes tipos de problemas nem sempre consegue desenvolver com eficácia as atividades atribuídas a ele. Explica que isto prejudica a assistência à saúde. Sobre os pontos emocionais do paciente, afirma que as questões dos internados são as que mais aparecem. Dentre os problemas emocionais presentes, a entrevistada aponta para as causas do problema orgânico do paciente, e também para a questão psíquica gerando uma doença. Expõe alguns exemplos vivenciados como mães que estão hospitalizadas e ficam preocupadas com os filhos ainda pequenos, ou pais hospitalizados acomodados e ansiosos por estarem deixando de trabalhar. Essas são algumas das questões que aparecem para o enfermeiro no seu contato com o paciente. A entrevistada afirma que não tem como desvincular o emocional do físico, pois estão diretamente ligados e que as questões emocionais sempre irão aparecer, sendo necessário saber lidar com isto. Foi perguntado se ela se sente preparada para lidar com estes tipos de casos, ao que ela responde que se sente pouco preparada, mas por isso conta com apoio de outros profissionais como assistente social e psicólogo, para rever as necessidades do paciente. Ela acredita que na saúde o enfermeiro acaba lidando mais com as questões emocionais das mulheres, pois representa a maior parte do grupo que procuram os serviços de saúde e também por melhor expor as suas questões emocionais para o profissional de saúde do que o homem. Na realização da entrevista percebe-se que os aspectos emocionais da equipe de saúde, dos pacientes e familiares estão muito presente no cotidiano de trabalho do enfermeiro e que a psicologia é de imensa importância para auxiliar o enfermeiro a lidar com tais situações. Entretanto, é abordado na faculdade em único período, com isto o profissional de enfermagem termina a faculdade com pouco preparo para lidar com algumas circunstâncias em relação à equipe de saúde e ao paciente sobre os aspectos físicos e psíquicos. São as experiências diárias que vão conferindo habilidades para agir diante das situações que aparecem no local hospitalar. A psicologia é fundamental para melhorar o desempenho no trabalho da enfermagem, e precisa agir com sabedoria e equilíbrio para fornecer um atendimento holístico.

Palavras chave: enfermagem; psicologia; psicologia da saúde.

RODRIGUES, J.G.B.1 , RANGEL, L.1 , RIBEIRO-ANDRADE, E.H.2 1 Graduandos do sétimo período do curso de Enfermagem dos Institutos Superiores de Ensino do CENSA – ISECENSA, Rua Salvador Correa, 139, Centro, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil; 2Mestre em Cognição em Linguagem (UENF/RJ), Especialista em Psicanálise. Especialista em Psicopedagogia Institucional. Docente dos cursos Psicologia, Enfermagem e Pedagogia dos Institutos Superiores de Ensino do CENSA – ISECENSA, Rua Salvador Correa, 139, Centro, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil.

Fonte: https://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/biologicas_e_saude/article/view/755/603

BIOSSEGURANÇA

Competências: aplicar normas de higiene e biossegurança na realização do trabalho para proteger a sua saúde e a do paciente. Prevenir e controlar a contaminação através da utilização de técnicas adequadas de transporte, armazenamento, descarte de fluidos e resíduos, assim como de limpeza e/ou desinfecção de ambientes e equipamentos, no intuito de proteger o paciente contra riscos biológicos. Selecionar e utilizar técnicas de biossegurança adequadas à proteção de pacientes imunodeprimidos. Registrar cuidados, procedimentos e observações realizadas dentro de padrões éticos e científicos. Identificar procedimentos e cuidados de enfermagem apropriados ao atendimento das necessidades básicas do paciente portador de afecções clínicas. Interpretar e aplicar as normas relativas à prevenção e controle de infecção hospitalar na unidade de internação. Conhecer as fontes de contaminação radioativa de forma a realizar ações eficazes de prevenção e controle dos danos provocados pelas radiações ionizantes. Caracterizar bactérias, fungos, vírus e protozoários, interpretando a ação desses microrganismos no ambiente e no organismo humano. Utilizar técnicas adequadas para a prevenção de acidentes no transporte, armazenamento, contaminação radioativa e aplicar normas de higiene e biossegurança na realização do trabalho para proteção do paciente.

PLANO DE AULA

Curso: Curso técnico de nível médio em enfermagem

Autor: Haroldo Ferreira Araujo  e Ingridy Tayane Gonçalves Pires Fernandes

Unidade: Biossegurança aplicada à enfermagem

Assunto:  Introdução a biossegurança

Objetivo

Compreender os conceitos e ações focadas em prevenção, com o propósito de eliminar ou minimizar os riscos que podem comprometer a saúde do homem, animais e do meio em que estes vivam.

Conteúdo programático

  • Introdução a biossegurança
  • Classificação de materiais de acordo com a biossegurança
  • Acidentes com materiais biológicos
  • Histórico sobre infecções
  • Isolamentos
  • Tipos de transmissões
  • Referências
  • Exercícios com respostas comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

1. PENNA, P. M. M, AQUINO, C. F., CASTANHEIRA, D.D., BRANDI, I.V., CANGUSSU, A.S.R., MACEDO SOBRINHO, E, SARI, R. S., SILVA, M. P., MIGUEL, Â.S.M. Biossegurança: uma revisão. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.77, n.3, p.555-465, jul./set., 2010.

2. FISCHER, J. E. Speaking Data to Power: Science, Technology and Health Expertise in the National Biological Security Policy Process. Carnegie. Washington, EEUU. 55 pp., 2004.

3. MELO, D. Polícia indicia auxiliar de enfermagem suspeita de injetar leite na veia de bebê. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/11/16/policia-indicia-auxiliar-deenfermagem-suspeita-de-injetar-leite-na-veia-de-bebe.htm> Acesso em: abril 2015.

AQUECIMENTO

A questão dos problemas de saúde que afetam os profissionais de enfermagem no ambiente hospitalar está diretamente relacionada aos riscos ocupacionais a que são submetidos cotidianamente. Dependendo da gravidade, além da própria lesão corporal ou perturbação funcional, os acidentes podem causar perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o exercício da profissão. A responsabilidade do profissional que exerce atividades em que existem agentes biológicos, entre outros, não se limita às próprias ações de prevenção relacionadas aos riscos ocasionados por sua atividade, mas também abrange seus colegas de trabalho ou outras pessoas que participam, direta ou indiretamente, dessas atividades. Na área da enfermagem, especificamente o profissional enfermeiro, tem papel fundamental no que diz respeito à utilização das normas e medidas de biossegurança para o controle e prevenção de infecções, tanto para os pacientes como para os profissionais, devido ao fato de ser responsável pela coordenação de equipes de técnicos e auxiliares que participam da assistência aos pacientes. A evolução da ciência tem permitido a descoberta de várias doenças infecciosas e seus mecanismos de transmissão. Com toda evolução tecnológica, felizmente, nos serviços de saúde as medidas preventivas para o bloqueio da transmissão de infecções entre os pacientes têm sido amplamente pesquisadas.

A biossegurança suscita reflexões por parte dos profissionais, especialmente dos que trabalham nas áreas críticas, uma vez que estão mais suscetíveis a contrair doenças advindas de acidentes de trabalho, através de procedimentos que envolvem riscos biológicos, químicos, físicos, ergonômicos e psicossociais. O emprego de práticas seguras e o uso de equipamentos de proteção adequados reduzem significativamente o risco de acidente ocupacional, fazendo-se necessário, também, a conscientização dos profissionais para utilização de técnicas assépticas e o estabelecimento de normas de conduta e procedimentos que garantam ao profissional e ao paciente um tratamento sem risco de contaminação. A garantia de uma efetiva segurança nos serviços de saúde para profissionais e pacientes tem sido um desafio pela exposição constante aos riscos ocupacionais, além dos riscos de infecções cruzadas. Apesar das dificuldades apresentadas e de todas as opiniões e imagens negativas que envolvem as instituições públicas de saúde, é possível enfrentar essa problemática modificando a situação, especialmente se os gestores e os profissionais adotarem as normas de biossegurança de forma integrada, envolvendo também o paciente e a família no processo de cuidar. O conhecimento e a conscientização dos profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros, dos vários riscos de transmissão de infecções e das limitações dos processos de desinfecção e esterilização são imprescindíveis para que sejam tomadas as devidas precauções. É imprescindível que o enfermeiro, como chefe de equipe, oriente seus colaboradores quanto ao planejamento da assistência aos pacientes fundamentado na utilização das normas de biossegurança, com a finalidade de resguardar a saúde e a vida dos próprios componentes da equipe, dos pacientes sob seus cuidados e dos outros profissionais. É fundamental que os profissionais de saúde (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, médicos, fisioterapeutas, e outros) e todos os que realizam cuidados diretos e indiretos, compreendam que um ato simples como a higienização das mãos é uma importante medida de biossegurança e faz toda a diferença na prevenção da transmissão de infecções. O uso efetivo das medidas de biossegurança pelos enfermeiros está associado a um coordenador, que exija que sejam cumpridas as normas técnicas da instituição, fornecendo subsídio para isso, através da realização de cursos de atualização e qualificação, com programas de educação permanente, organização e valorização do trabalho, além da interação multiprofissional, recursos materiais e tecnológicos. O desenvolvimento de práticas seguras nos serviços de saúde deve ser de caráter coletivo e não somente individual. Todos os profissionais precisam ser constantemente atualizados quanto às medidas de biossegurança no trabalho, caso contrário, poderá gerar riscos não só a um indivíduo, como também a todos os que atuam naquele ambiente. É imprescindível que as escolas e universidades, principalmente aquelas responsáveis pela formação de profissionais da área da saúde, destacadamente os de enfermagem, forneçam aos seus estudantes disciplinas relacionadas à biossegurança, preparando-os para a vida profissional e fornecendo segurança suficiente para o desenvolvimento de suas atividades. A educação permanente nos serviços de saúde deve ser uma preocupação constante para as instituições, na medida em que garante mais eficiência, eficácia e efetividade no trabalho desenvolvido. A conduta dos enfermeiros frente ao uso das medidas de biossegurança, com ênfase na educação em saúde, proporcionará uma assistência de melhor qualidade, na medida em que promoverá proteção contra as infecções tanto para os pacientes quanto para os profissionais. Cuidar implica em preocupar-se com o ser humano trabalhador, em interessar-se pelo seu bem-estar, constituindo-se em uma estratégia para a promoção da sua saúde.

Curiosidade: um exemplo clássico de despreparo em relação à biossegurança foi o acidente com Césio 137, em que um aparelho de radioterapia foi abandonado em uma clínica desativada. O descarte inadequado causou consequências graves à população goianiense que ficou exposta à radiação.

DINÂMICAS

TREINAMENTO DE EPI´S

Objetivo: mostrar aos colaboradores que o equipamento de proteção é muito importante para a sua segurança. Material: EPI´s utilizados no cotidiano da prática de enfermagem.

Desenvolvimento

O organizador deve separar dois grupos de pessoas, chamar uma pessoa para vir à frente e falar ao seu ouvido o nome de um EPI (Equipamento de Proteção Individual) que ela deve reproduzir usando mímicas, se uma pessoa adivinhar ela ganha ponto, se não, passa para o outro grupo.
Ganha a prova quem acertar o maior número de adivinhações de mímicas.

Fonte: https://sempreseguranca.blogspot.com.br/2010/04/algumas-dinamicas-de-grupo.html Acesso em 24 de outubro de 2016 às 13:48h

 

MEMÓRIA E COMPETITIVIDADE 

Objetivo: explorar a capacidade de memória e competitividade.

Material: papel e tesoura.

Desenvolvimento

Seriam feitos recortes dos símbolos importantes a serem reconhecidos na biossegurança e recortes da reação que tal símbolo causa.

A turma se divide em grupos, cada qual com o seu jogo da memória e um monitor para ajudar na organização. Daí, é feito um sorteio para dar início a atividade, e cada aluno teria a sua vez de jogar, e desenvolveria o jogo até o par final. O vencedor de cada grupo poderia receber algum bônus (quem não adora décimos, chocolates, etc.) em nota de prática.

Discussão: ao final o professor poderia discutir com alunos: Qual a importância do ensino de técnicas de laboratório?   Qual as consequências de um possível contato com tais materiais? Após tudo explicado, o professor pode ainda citar exemplos dos materiais, como raio-x por exemplo que é a radioatividade, afinal todo aluno adora vincular o cotidiano as experiências escolares.

Fonte: https://porquesoudna.blogspot.com.br/2013/01/pratica-15-jogo-da-memoria-de.html Acesso em 24 de outubro de 2016 As 14:00h

 

TEXTOS PARA REFLEXÃO

ACIDENTE COM CÉSIO-137

Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 teve início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas por meio de radiações emitidas por uma única cápsula que continha césio-137.

Como tudo começou?

O instinto curioso de dois catadores de lixo e a falta de informação foram fatores que deram espaço ao ocorrido. Ao vasculharem as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia, tais homens depararam-se com um aparelho de radioterapia abandonado e tiveram a infeliz ideia de remover a máquina com a ajuda de um carrinho de mão. Eles levaram o equipamento até a casa de um deles.

O maior interesse dos catadores era o lucro que seria obtido com a venda das partes de metal e chumbo do aparelho para ferros-velhos da cidade. Leigos no assunto, não tinham a menor noção do que era aquela máquina e o que havia realmente em seu interior. Após retirarem as peças de seu interesse, o que levou cerca de cinco dias, venderam o que restou ao proprietário de um ferro-velho.

O dono do estabelecimento era Devair Alves Ferreira, que, ao desmontar a máquina, expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um pó branco parecido com sal de cozinha que, no escuro, brilha com uma coloração azul.

Ele se encantou com o brilho azul emitido pela substância e resolveu exibir o achado a seus familiares, amigos e parte da vizinhança. Todos acreditavam estar diante de algo sobrenatural e alguns até levaram amostras para casa. A exibição do pó fluorescente ocorreu durante quatro dias, e a área de risco aumentou, pois parte do equipamento de radioterapia também foi para outro ferro-velho, espalhando ainda mais o material radioativo.

Consequências

Algumas horas após o contato com a substância, vítimas apareceram com os primeiros sintomas da contaminação (vômitos, náuseas, diarreia e tonturas). Um grande número de pessoas procurou hospitais e farmácias reclamando dos mesmos sintomas. Como ninguém imaginava o que estava ocorrendo, tais enfermos foram medicados como portadores de uma doença contagiosa. Dias se passaram até que foi descoberta a possibilidade de se tratar de sintomas de uma Síndrome Aguda de Radiação.

Somente no dia 29 de setembro de 1987, após a esposa do dono do ferro-velho ter levado parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária, é que foi possível identificar os sintomas como sendo de contaminação radioativa.

Os médicos que receberam o equipamento solicitaram a presença de um físico nuclear para avaliar o acidente. Foi então que o físico Valter Mendes, de Goiânia, constatou que havia índices de radiação na Rua 57, do Setor Aeroporto, bem como nas suas imediações. Diante de tais evidências e do perigo que elas representavam, ele acionou imediatamente a Comissão Nacional Nuclear (CNEN).

O ocorrido foi informado ao chefe do Departamento de Instalações Nucleares, José Júlio Rosenthal, que se dirigiu no mesmo dia para Goiânia. No dia seguinte, a equipe foi reforçada pela presença do médico Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (atualmente, Indústrias Nucleares do Brasil) e do médico Carlos Brandão da CNEN. Nesse momento, a Secretaria de Saúde do estado começou a realizar a triagem dos suspeitos de contaminação em um estádio de futebol da capital.

Medidas adotadas para a descontaminação

A primeira medida tomada foi separar todas as roupas das pessoas expostas ao material radioativo e lavá-las com água e sabão para a descontaminação externa. Após esse procedimento, as pessoas tomaram um quelante denominado de “azul da Prússia”. Tal substância elimina os efeitos da radiação, fazendo com que as partículas de césio saiam do organismo pela da urina e fezes.

Todavia, isso não foi suficiente para evitar que alguns pacientes viessem a óbito. Entre as vítimas fatais, podemos citar a menina Leide das Neves, seu pai Ivo, Devair e sua esposa, Maria Gabriela, e dois funcionários do ferro-velho. Posteriormente, mais pessoas morreram vítimas da contaminação com o material radioativo, entre eles funcionários que realizaram a limpeza do local.

O trabalho de descontaminação dos locais atingidos não foi fácil. A retirada de todo o material contaminado com o césio-137 rendeu cerca de 6000 toneladas de lixo (roupas, utensílios, materiais de construção etc.). Tal lixo radioativo encontra-se confinado em 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14 contêineres (revestidos com concreto e aço) em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás, onde deve ficar por aproximadamente 180 anos.

Punições aos culpados e assistência às vítimas

No ano de 1996, a Justiça julgou e condenou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) três sócios e funcionários do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia) a três anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de serviços.

Atualmente, as vítimas reclamam da omissão do governo para a assistência tanto médica como de medicamentos. Para tentar resolver a situação, eles fundaram a associação de Vítimas Contaminadas por Césio-137 e lutam contra o preconceito ainda existente.

O acidente com Césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares.

SOUZA, Líria Alves De. Acidente com césio-137. Brasil Escola. Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/acidente-cesio137.htm>. Acesso em: 22 de outubro de 2016.

 

BIOSSEGURANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE ATITUDES E CONHECIMENTOS PARA O CONTROLE DE RISCOS AOS PROFISSIONAIS DA EQUIPE DE SAÚDE  

Márcia Valéria Rosa Lima

Este artigo envolve o tema Biossegurança; a qual abrange diversos e amplos aspectos relacionados à assistência, tanto para os profissionais que prestam o cuidado como para os (pacientes) que recebem o cuidado. Considero que a existência de conhecidos fatores de risco relacionados à transmissão de doenças infecciosas ⎯ por contato direto ou indireto ⎯, fonte comum, gotículas, aerossóis e vetores tornaram-se relevantes para o cotidiano do assistir/cuidar, principalmente em pacientes portadores de doenças infecciosas, considerando ainda o largo espectro de sintomas e sinais das diversas síndromes clínicas. Alguns autores como Cimermam (2004) enfatizam que ocorrem quadros atípicos de doenças infecciosas com sintomatologia frusta ou modificada, em decorrência de vacinação prévia que já perdeu a eficácia ou à qual o hospedeiro não teve resposta imunitária eficiente. Paralelo a isto, a instalação da infecção hospitalar definida como aquela adquirida dentro ambiente hospitalar, origina outro aspecto direcionado para essa assistência. Atualmente, existe uma tendência ao tratamento de pacientes fora do ambiente hospitalar, como, por exemplo, em hospitais-dia e mesmo na residência do enfermo (home care, assistência domiciliar), o que nos remete a refletir que as infecções classicamente consideradas hospitalares estão ocorrendo também nesses ambientes, sugerindo a denominação de infecção associada como “assistência à saúde”. (FERNANDES, 2006). Todo o profissional de enfermagem, quando sofre acidente de trabalho causado por material perfurocortante, normalmente expressa um estado permanente de tensão e preocupação com as consequências advindas dessa situação, a possibilidade de estar contaminado pelo vírus da AIDS e/ou da hepatite. Com isso, cresce a insegurança, o temor e as reações do profissional que chega, por vezes, ao desespero quando ocorre em cuidados prestados aos pacientes com esses diagnósticos. Quando esta suspeita se confirma, o profissional passa por total alteração de comportamento, que varia da revolta com o ocorrido e com o exercício profissional, ao afastamento do trabalho por não se sentir mais em condições psicológicas para permanecer na profissão. Essas reações acabam por influenciar, inclusive, na equipe profissional, que sofre abalo na segurança em relação ao cuidar. Uma vez diagnosticado, o profissional de enfermagem deve, na medida do possível, manter o equilíbrio e a calma, agindo com consciência, pois em nada reverterá o quadro com reações emocionais. Até porque, a partir deste momento, terá de buscar a assistência necessária para evitar as consequências da doença. Todos sabemos que, nestas situações, o aspecto emocional é um fator extremamente importante no processo terapêutico, com influência direta nos níveis imunológicos. Portanto, o profissional que não conseguir manter-se assim, deverá buscar apoio psicoterapêutico para que possa enfrentar a adversidade. Atualmente, com o crescimento dos estudos sobre AIDS, o profissional de enfermagem passou a buscar mais o conhecimento sobre os riscos biológicos que fazem parte da rotina diária do exercício profissional. Tornou-se mais consciente da importância do uso adequado dos EPIs pertinentes e da técnica apropriada a cada um dos procedimentos técnicos pelos quais responde; especialmente, os considerados de risco, onde existe possibilidade de contato com os fluidos corpóreos. Com isso, quem também sai ganhando é o paciente, em termos de qualidade da assistência que recebe e a consequente biossegurança pertinente.

Fonte: LIMA, M. V. R. L. Biossegurança: uma reflexão sobre atitudes e conhecimentos para o controle de riscos aos profissionais da equipe de saúde. Informe-se em promoção da saúde, n.2.p.06-07.jan-jun. 2006. Disponível em: <https://www.uff.br/promocaodasaude/marcia.pdf>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2017.

 

ATIVIDADE HOSPITALAR E MEIO AMBIENTE

Competências: cumprir e fazer cumprir a legislação sanitária dentro dos limites de sua atuação, como pessoa e como profissional. Reconhecer a importância da visão sistêmica do meio ambiente, considerando os conceitos de eco cidadania e meio ambiente no exercício do trabalho em saúde. Cidadania e solidariedade no relacionamento entre o serviço de saúde e a comunidade. Princípios de higiene e profilaxia. Saneamento básico e do meio: saneamento do ar, da água, do lixo, das habitações e dos locais de trabalho. Seleção, descarte e reciclagem de lixo. Conhecer as estratégias empregadas pela população local para viabilizar o atendimento das necessidades de saúde, com o objetivo de oferecer alternativas contextualizadas.

PLANO DE AULA

Curso: Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem

Autor: Haroldo Ferreira Araujo

Unidade: Atividade hospitalar e meio ambiente

Assunto:  Questões fundamentais sobre meio hospitalar e meio ambiente

Objetivo

Compreender os conceitos e ações focadas em prevenção, abordando questões fundamentais sobre o meio hospitalar, meio ambiente e gestão ambiental.

Conteúdo programático

  • Meio ambiente e hospitais
  • Gestão ambiental: meio ambiente e recomendações
  • Sustentabilidade Ambiental
  • CONAMA
  • Referências
  • Exercícios com respostas comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

1. MELO, D. Polícia indicia auxiliar de enfermagem suspeita de injetar leite na veia de bebê. Disponível em <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/11/16/policia-indicia-auxiliar-deenfermagem-suspeita-de-injetar-leite-na-veia-de-bebe.htm> Acesso em: abril 2015.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

3. PHILIPPI JÚNIOR, Arlindo. Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. In: Ambiental. Manole, 2010.

4. MOREL, C. M. A pesquisa em saúde e os objetivos do milênio: desafios e oportunidades globais, soluções e políticas nacionais. Rev C S Col 2004; 9(2):261-270

5. TAMBELLINI, A. T. Desafios teóricos na relação produção, ambiente e saúde. In: Porto MFS, Freitas CM, organizadores. Problemas ambientais e vulnerabilidade: abordagens integradoras para o campo da saúde pública. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2002. p. 22-39.

AQUECIMENTO

A condição de saúde do indivíduo é resultado de vários fatores que agem no cotidiano e que influenciam a saúde em curto, médio e longo prazos. É neste contexto que se insere o papel do Meio Ambiente do Trabalho, pois o ser humano, também visto como trabalhador, passou a integrar plenamente o meio ambiente no caminho para o desenvolvimento. O tema que envolve questões relativas ao meio ambiente do trabalho são de extrema relevância, pois, através desta abrangência do conceito do Meio Ambiente (que anteriormente referia-se apenas à natureza), as condições do ambiente de trabalho passaram a ser vistas como um dos direitos maiores a serem resguardados, com o fito de garantir a integridade física e psíquica dos trabalhadores, no interesse de que eles possam usufruir de melhor qualidade de vida. Há necessidade de se mudar a própria postura em relação à natureza como a única maneira de reverter o processo de degradação ambiental. A educação ambiental precisa substancialmente conceber a interdisciplinaridade, quando diferentes áreas de conhecimento se agregam para tornar mais fácil a compreensão sobre a complexidade que envolve o ambiente. Os diversos períodos da vida humana são marcados por descobertas, anseios, conquistas, satisfações e mesmo insatisfações. O trabalho faz parte da vida do ser humano de maneira indissociável, pois é dele que tira o seu sustento, sua condição de participante de um meio, de uma sociedade. É responsabilidade de todos proteger o ambiente contra a degradação, afim de que as gerações futuras não sofram com a inconsequência deste agravo. Boa parte da vida do trabalhador se desenrola no local de trabalho, daí a importância da qualidade deste ambiente, pois ele afetará diretamente a sua qualidade de vida. A privação de todos ou mesmo de um único elemento que compõe o meio ambiente do trabalho equilibrado, restringe o trabalhador de ter pleno acesso às liberdades substantivas, aquelas essenciais em sua vida, quer seja a saúde, o lazer, o descanso ou o convívio com a família, e não somente o trabalhador sofrerá pessoalmente das consequências advindas de seu estado de saúde, mas também toda a sociedade será afetada, de uma maneira ou de outra. A sociedade deve tomar consciência dos diferentes aspectos ambientais que colocam em perigo nosso planeta e as pessoas, pois, o ser humano é diretamente ligado à natureza e sem ela a vida seria inviável. A enfermagem está diretamente relacionada ao cuidado humano e à qualidade de vida por meio de ações de promoção da saúde, pois, assim como outras áreas, objetiva manter o ambiente saudável.

O desenvolvimento de modelos de gestão em atividades de serviço e, particularmente, em hospitais deverão valorizar cada vez mais a eco eficiência. Uma série de ferramentas voltadas à concretização da responsabilidade socioambiental no âmbito empresarial tem sido discutida, tais como produção limpa, produção mais limpa, prevenção à poluição e eco eficiência. O conceito de eco eficiência tem sido constantemente remodelado: eco eficiência significa gerar mais produtos e serviços com menor uso dos recursos e diminuição da geração de resíduos e poluentes. Na prática, essa abordagem possibilita que uma organização seja considerada eco eficiente ao conseguir reduzir sua poluição relativa, ainda que, em termos absolutos, esta tenha aumentado.

Uma das características dos países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil, no qual existe uma má distribuição de renda, é a falta de investimentos em saneamento básico, trazendo sérias consequências para a saúde. O aumento da população, principalmente em áreas urbanas, opera como um dos elementos fornecedores das desigualdades sociais, especialmente em países não desenvolvidos e nos países em desenvolvimento, como nosso país. Podemos construir a possibilidade de ação política, no sentido de contribuir para formar uma coletividade que é responsável pelo mundo que habitamos. O desenvolvimento próprio do indivíduo e da comunidade favorece sua atuação em diferentes espaços, dentre eles o meio no qual está inserido. Na saúde ambiental, para que se possam explorar adequadamente os diversos potenciais, é necessário, antes de tudo, garantir a manutenção de um ecossistema equilibrado, sendo fundamental tanto a implementação de mecanismos de conservação ambiental, valorizando a água, o ar e a terra, quanto compreender as relações sociais de cada contexto. A eco eficiência vem ocupando um espaço cada vez maior nos debates sobre como conciliar desempenho econômico e compromisso ambiental. O setor hospitalar tem uma importância econômica cada vez maior nos países desenvolvidos. Eles executam funções muitas vezes semelhantes àquelas encontradas na indústria, tais como lavanderia, transporte, limpeza, alimentação, processamento fotográfico, entre outras. Porém, de forma distinta de outras atividades, seja industrial ou de serviços, os hospitais consomem grande quantidade de produtos médicos descartáveis, que são usados para impedir a transmissão das doenças para seus médicos, pacientes e funcionários. Dessa maneira, os hospitais, em sua operação, geram, de um lado, uma grande quantidade de resíduo e, de outro, demandam grande quantidade de recursos como energia elétrica e água. O cuidado de enfermagem integra-se por ser capaz de direcionar intervenções educativas sobre as vulnerabilidades ambientais a fim de diminuir a possibilidade de acarretar danos ecológicos e, consequentemente, humanos para toda sociedade.

DINÂMICAS

PÁSSAROS ENGAIOLADOS

Objetivo: resolução de problemas e tomada de decisão. Trabalhar a vontade de mudar e a pressão do ambiente.

Material: não necessita de materiais.

Nº de participantes: de 15 a 30 participantes.

Desenvolvimento

Os participantes fazem uma roda com as mãos, tendo ao centro 4 ou 5 pessoas que serão os pássaros.
A missão dos pássaros é tentar escapar do centro da roda. Para tanto eles devem tentar passar por entre os braços e pernas daqueles que formam a gaiola. Caso algum pássaro fuja, aquele que deixou isto ocorrer tomará seu lugar no centro da roda. Já o pássaro fugitivo fica do lado de fora da gaiola estimulando os demais a fugirem e apontando os pontos “fracos” na gaiola.

Questões para discussão:

Imaginando que os pássaros representam as pessoas nas organizações e a gaiola representa o ambiente organizacional:

  • Como é sentir-se preso a determinada situação?
  • Como encaramos a pressão que o ambiente exerce?
  • Como reagimos a esta pressão?
  • Como nos sentimos quando não nos permitem sair ou agir como desejamos?
  • Como é conseguir sair da situação?
  • Como é pressionar o outro para que ele se mantenha dentro do desejado?
  • Como é inverter este papel, ou seja, passar de pressionador a pressionado?
  • Quais as situações que nos pressionam a agir no dia a dia, muitas vezes, de maneira diferente daquela que desejaríamos? Como reagimos? Como gostaríamos de reagir?
  • Por que é tão difícil mudar?

Fonte: www.antoniabraz.com.br

 

 O QUE PENSAMOS E SENTIMOS EM RELAÇÃO AO AMBIENTE

Objetivos: promover a revelação de informações ou características ainda não conhecidas acerca dos membros do grupo, bem como integrar e proporcionar um melhor conhecimento sobre o meio ambiente.

Material: cartelas previamente elaboradas, contendo uma pergunta (conforme lista de sugestões a seguir, outras a critério do facilitador ou levantadas pelo próprio grupo).

Desenvolvimento

  • Elaborar cartelas, previamente, contendo uma pergunta em cada.
  • Formar um círculo com os participantes, todos no chão, e colocar as cartelas no centro, com as perguntas viradas para baixo.
  • Explicar que cada cartela tem uma pergunta no verso.
  • Solicitar um voluntário e orientá-lo a pegar uma cartela e responder a pergunta que está nela.
  • Logo após, mais um voluntário, e mais outro, até que todos tenham participado.

(Salientar que não há respostas certas ou erradas e que a intenção é somente proporcionar uma reflexão sobre as perguntas da dinâmica)

Sugestões de perguntas:

  • O que você faz para poupar água?
  • O que você pode fazer para poupar energia elétrica?
  • O que você pode fazer para diminuir a produção de lixo?
  • O que você faz para colaborar com o meio ambiente?
  • O que você mais gosta na natureza?
  • Você se considera parte da natureza? Por quê?
  • Qual a importância da água?
  • Qual a importância da terra?
  • Qual é o maior problema ambiental, para você?
  • A pobreza é um problema ambiental? Por quê?
  • A superpopulação é um problema ambiental? Por quê?
  • O que você pensa sobre pássaros em gaiolas?
  • O que você pensa sobre o consumismo?
  • Como você se sente quando vê pessoas com más posturas ambientais?
  • Qual o lugar que você mais gosta de estar? Por quê?
  • Para você, quais as diferenças entre viver em um ambiente urbano (cidade) e um ambiente rural (campo)?
  • Para você, por que é tão difícil mudar hábitos e atitudes?
  • Você acha que a escola colabora com o meio ambiente?
  • O que você traz de lanche para a escola?
  • Você se preocupa com o meio ambiente? Por quê?

Fonte: https://tiapaulabiologa.blogspot.com.br/p/dinamicas.html

TEXTOS PARA REFLEXÃO

JÁ PENSOU NOS PROBLEMAS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO DESCARTE INCORRETO DE LIXO HOSPITALAR?

Vinicius Cervantes Sandre

Os resíduos hospitalares ou de serviços de saúde são aqueles provenientes do atendimento a pacientes ou de qualquer estabelecimento de saúde ou unidade que execute atividades de natureza de atendimento médico, tanto para seres humanos quanto para animais. Esses tipos de resíduos também podem ser encontrados em locais como centros de pesquisa e laboratórios de farmacologia.

Tais materiais podem representar risco à saúde humana e ao meio ambiente se não houver adoção de procedimentos técnicos adequados no manejo dos diferentes tipos de resíduos gerados como, materiais biológicos contaminados com sangue ou patógenos, peças anatômicas, seringas e outros materiais plásticos; além de uma grande variedade de substâncias tóxicas, inflamáveis e até radioativas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabeleceu regras nacionais sobre acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar gerado – da origem ao destino (aterramento, radiação e incineração). Estas regras atingem hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios, necrotérios e outros estabelecimentos de saúde. O objetivo da medida é evitar danos ao meio ambiente e prevenir acidentes que atinjam profissionais que trabalham diretamente nos processos de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação desses resíduos.

De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, os resíduos são classificados como:

  • Grupo A (potencialmente infectantes) – que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de infecção. Ex.: bolsas de sangue contaminado.
  • Grupo B (químicos) – que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. Por exemplo, medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raios-X.
  • Grupo C (rejeitos radioativos) – materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão e que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear.
  • Grupo D (resíduos comuns) – qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou possa provocar acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis.
  • Grupo E (perfurocortantes) – objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro.

De onde vem o risco?

De acordo com um estudo feito pelo Hospital Albert Einstein, o maior risco ambiental a partir dos resíduos hospitalares é representado pelo chamado lixo infectante. Caracteriza-se pela presença de agentes biológicos como sangue e derivados, secreções e excreções humanas, tecidos, partes de órgãos, peças anatômicas; além de resíduos de laboratórios de análises e de microbiologia, de áreas de isolamento, de terapias intensivas, de unidades de internação, assim como materiais perfurocortantes.

Uma vez que esses materiais entrem em contato com o solo ou a água, podem causar sérias contaminações no ambiente e causar danos à vegetação. Também podem haver sérios problemas caso esses materiais contaminados entrem em contato com rios, lagos ou até mesmo com lençóis freáticos, pois dessa forma a contaminação irá se espalhar com maior facilidade, prejudicando qualquer ser vivo que entrar em contato com essa água.

Os resíduos perfurantes, contaminados com patógenos ou infecciosos, quando despejados de forma incorreta em aterros sanitários comuns, trazem um grande risco aos catadores de lixo. Os indivíduos podem ser contaminados caso entrem em contato com alguns desses materiais

Esterilização? Incineração?

Ainda de acordo com o estudo feito pelo Hospital Albert Einstein, o lixo infectante deve ser separado do restante do lixo hospitalar, sendo o treinamento de funcionários para esta função uma exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente no Brasil. No entanto, desconhece-se a efetiva separação e destinação de tal tipo de lixo pelos milhares de hospitais brasileiros, assim como pela maioria dos hospitais no mundo. Umas das práticas utilizadas é a incineração de lixo infectante, porém formam-se cinzas contaminadas com substâncias nocivas à atmosfera, como as dioxinas e os metais pesados, que aumentam a poluição do ar. O processo gera emissões que podem ser mais tóxicas do que os produtos incinerados.

A esterilização, ao invés da incineração, é uma alternativa válida e importante. No entanto, o seu elevado custo faz com que seja pouco utilizada. A colocação deste lixo em valas assépticas é considerada uma opção igualmente válida, porém o espaço necessário às elas e a devida fiscalização limitam o seu uso. Infelizmente, a maioria dos hospitais descarta estes resíduos sem separá-los corretamente.

Foi desenvolvido pela ANVISA o Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS), um documento que aponta e descreve ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos observando suas características. Ele contempla os aspectos referentes à geração, segregação, condicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.

Como consumidores de medicamentos podem ajudar?

Consumimos uma grande variedade de medicamentos diariamente em nossas residências, mas como devemos descartar os comprimidos e remédios que não serão mais utilizados ou que estão vencidos? Devemos levar esses medicamentos aos pontos de coleta de medicamentos. Eles encontram-se em algumas farmácias e supermercados. Desta forma, evitamos o descarte desses medicamentos no lixo comum, que em muitos casos acaba indo para os aterros sanitários.

Fonte: https://www.ecycle.com.br/component/content/article/63-meio-ambiente/3237-residuos-hospitalar-geracao-rejeitos-embalagens-subprodutos-descarte-contaminates-patogenos-perigosos-poluicao-impactos-saude-humana-ambiental-separacao-classificacao-destinacao-adequada.html

 

LIXO HOSPITALAR

Eulálio Sobreira

Na literatura, encontra-se definição de lixo: “tudo o que não presta e se joga fora. Coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor”. O resíduo é definido: “aquilo que resta de qualquer substância, resto (FERREIRA et al. 1995: BRASIL 2006)”. O resíduo de Serviço de Saúde (RSS) é aquele resultante de atividades exercidas nos serviços definidos no artigo 1º da RDC ANVISA Nº. 306/04, que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final (BRASIL 2004). Essas definições mostram a relatividade da característica inservível do lixo, pois para quem o descarta, pode não ter mais serventia, mas para outros, pode ser a matéria-prima de um novo produto ou processo. Por isso, há necessidade de se refletir o conceito clássico e desatualizado de lixo.

A preocupação com a questão ambiental torna o gerenciamento de resíduos um processo importante na preservação da qualidade da saúde e do meio ambiente. A questão ambiental, mais especificamente, a educação em saúde ambiental, tem o papel de determinar e avaliar os problemas ambientais de modo integrado, interdisciplinar e global, sem considerar a existência de fronteiras políticas. As ações para a resolução desses problemas devem ser implementadas a partir do micro ambiente (casa, rua, bairro). A questão ambiental está relacionada à produção de lixo/resíduo. Quando falamos em lixo pensamos em material que não presta e que se despreza, é inútil e com sujidade. Tratando-se do ambiente hospitalar, acreditamos que todo o lixo produzido é contaminado. Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como é mais comumente denominado “lixo hospitalar ou resíduo séptico”, sempre se constituiu um problema bastante sério para os Administradores Hospitalares. O desenvolvimento e a falta de informações, mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares sobre o assunto faz com que, em muitos casos, os resíduos sejam ignorados, ou recebam um tratamento com excesso de cuidado, onerando ainda mais os já combalidos recursos das instituições hospitalares. Atividade hospitalar é por si só uma fantástica geradora de resíduos, inerente à diversidade de atividades que se desenvolvem dentro destas empresas. Não raro lhe são atribuídas à culpa por casos de infecção hospitalar e outros males.

Lixo hospitalar representa perigo à saúde e ao meio ambiente. Hospitais e clínicas produzem lixo que podem estar infectados ou contaminados. Podem também se desfazer de drogas e remédios que podem se tornar perigosos, se tomados por pessoas erradas. Além disso, os hospitais produzem uma enorme quantidade de lixo comum, que é descartado da mesma maneira que o doméstico.

Se os lixos não receberem manejo adequado, os dejetos gerados por serviços de saúde e clínicas veterinárias, necrotérios, representam um grande perigo, tanto para a saúde das pessoas quanto para o meio ambiente. O Brasil gera cerca de 150 mil toneladas de resíduos urbanos por dia. Estima-se que a geração de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) represente de 1% a 3% deste volume (entre 1,49t e 4,47e). O mais grave, no entanto, não em tanto volume, é o Lixo Hospitalar Doméstico. Este tipo de resíduo hospitalar, muitas vezes é ignorado e tem sua importância subestimada pelos usuários domésticos, que podem ser formados por curiosos (que se dizem profissional de saúde) algumas empresas de home care, (que não providenciam descarte adequado deste material), cuidadores e profissionais de saúde desatualizados sem respaldo legal ou supervisão profissional adequada. Estes resíduos podem ser: ataduras, gazes, fitas adesivas para curativos, curativos em geral, seringas e agulhas, lâminas de bisturi, restos e frascos de medicamentos, demais resíduos que podem ser considerados como hospitalares e, até mesmo, fraldas e outros descartáveis utilizados em pacientes mantidos em casa com home care ou cuidador treinado. Por muitas vezes, coletores do lixo hospitalar, catadores de aterros sanitários se feriram com objetos perfurocortantes e nunca souberam do que se tratava, sendo comum encontrarem, seringas e agulhas em “lixo Doméstico”, que na verdade deveria ser considerado como Lixo Hospitalar Doméstico, ou encontrando até mesmo em Lixo Hospitalar, sendo mal acondicionado por funcionários dos próprios hospitais. Isto significado então, que este lixo é simplesmente descartado como lixo comum. O que é um perigo para a Saúde Pública. Um inimigo invisível e silencioso. Sem perigo – Se os resíduos são depositados de acordo com e norma estabelecida pela ANVISA, não há riscos para o meio ambiente (com contaminação do solo, de águas superficiais e profundas) ou para a população (em decorrência da ingestão de alimentos ou água contaminada).

Classificação do lixo

Resíduos sólidos: resíduos em estado sólido ou semissólidos e líquidos cujas particulares tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos.

Resíduos do grupo A (apresenta risco devido á presença de agentes biológicos):

  • Sangue hemoderivado.
  • Excreções, secreções e líquidos orgânicos.
  • Meios de cultura.
  • Tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas.
  • Filtros de gases aspirados de áreas contaminadas.
  • Resíduos advindos de área de isolamento.
  • Resíduos alimentares de área de isolamento.
  • Resíduos de laboratório de analise clínicas.
  • Resíduos de laboratórios de atendimento ambiental.
  • Resíduos de sanitários de unidade de internação.
  • Objetos perfurocortantes provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

Os estabelecimentos deverão ter um responsável técnico, devidamente registrado em conselho profissional, para o gerenciamento de seus resíduos. Resíduos sólidos do grupo A deverão ser acondicionados em sacos plásticos grossos, branco leitoso e resistente com simbologia para substâncias infectantes. Devem ser esterilizados ou incinerados. Os perfurocortantes deverão ser acondicionados em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados com a simbologia de substância infectante.

Os resíduos sólidos do grupo A não poderão se reciclados. Os restos alimentares in natura não poderão ser encaminhados para a alimentação de animais.

Especiais

Radioativos compostos por materiais diversos, expostos à radiação: resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados: e resíduos químicos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio).

Comuns

Lixo administrativo, limpeza de jardins e pátios, restos de preparo de alimentos.

Racional

O lixo hospitalar apresenta risco potencial à saúde e ao meio ambiente, devido à presença de material biológico, químico, radioativo, perfurocortantes. O tratamento adequado previne infecções cruzadas, proporciona conforto e segurança à clientela a equipe de trabalho, bem como mantém o ambiente limpo e agradável.

Fonte: https://www.cenedcursos.com.br/meio-ambiente/lixo-hospitalar/ acesso em 04 de novembro de 2016 às 12:39h.

PRIMEIROS SOCORROS

Competências: realizar avaliação inicial da vítima com vistas a determinaras prioridades de atendimento em situações de emergência e trauma, considerando o ser humano integral. Atuar como cidadão e profissional de saúde na prestação de primeiros socorros a vítimas de acidente ou mal súbito, visando a manter a vida e prevenir complicações até a chegada de atendimento médico. Avaliar as condições vitais e proceder às manobras de ressuscitação cardiorrespiratória sempre que indicado. Identificar os recursos disponíveis na comunidade de forma a viabilizar o atendimento de emergência eficaz, o mais rapidamente o possível.

PLANO DE AULA

Curso: Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem

Autor: Elizia Esther Calixto Paiva

Unidade: Pronto socorro aplicado à enfermagem

Assunto: Pronto socorro

Objetivo

Compreender os conceitos e ações focadas nos problemas de saúde agudos que precisarão de intervenções imediatas e que não podem aguardar atendimentos ou consultas com hora marcada. Entender tipos de intervenções classificados como situações de urgência e emergência (com ou sem risco de morte).

Conteúdo programático

  • Composição do pronto socorro
  • Setores de serviço de emergência
  • Equipe de enfermagem
  • Atividades de desenvolvidas pela equipe de enfermagem
  • Atividades assistenciais desenvolvidas pelo enfermeiro
  • Equipamento de proteção individual
  • Legislação de primeiros socorros
  • Atendimento pré-hospitalar
  • Avaliação primária
  • Avaliação secundária
  • Traumas
  • Fraturas
  • Luxação
  • Hemorragias
  • Queimaduras
  • Intoxicações
  • Desmaios
  • Convulsões
  • Referências
  • Exercícios com respostas comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático com o auxílio de recursos multimídia, pesquisa, trabalhos e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

1. BRASIL. COFEN. Código de ética dos profissionais de enfermagem – Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2007.
2. ABBADDE L, P. F. Abordagem do Paciente Portador de Úlcera Venosa in: Malagutti W, Kakihara C T, editores. Curativos , Estomias e Dermatologia, uma abordagem Multiprofissional, São Paulo, SP, Editora Martinari, 2010. pp.95-10.
3. TEIXEIRA, R. R. Humanização e atenção primária à saúde. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2005 jul-set. Disponível em: <https://www.scielosp.org/pdf/csc/v10n3/a16v10n3.pdf>. Acesso em: 2 de outubro de 2016.
4. SCHNEIDER, D. G; MANSCHEIN, A. M. M; AUSEN, M. A. B; MARTINS, J. J; ALBUQUERQUE, G. L. Acolhimento ao paciente e família na unidade coronariana. Texto & Contexto Enferm. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/tce/v17n1/09.pdf>. Acesso em: 2 de outubro de 2016.
5. DIOGO, C. S. Impacto da relação cidadão. Sistema de Triagem de Manchester na requalificação das urgências do SNS [dissertação]. Lisboa: Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa; 2007
6. MARTINS, Herlon Saraiva, DAMASCENO, Maria Cecília Toledo, AWADA, Soraia (eds.). Pronto-Socorro: Medicina de Emergência. 3ª edição. Manole, 01/2013.

AQUECIMENTO

Primeiros socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente ou atendimento ao paciente. É o atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional.

Quais são essas providências?

  • Uma rápida avaliação da vítima.
  • Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima, com a utilização de técnicas simples.
  • Acionar corretamente um serviço de emergência local.

As técnicas de Primeiros Socorros têm sido divulgadas para toda a sociedade, em todas as partes do mundo. Ao considerar que conteúdos sobre primeiros socorros precisam ser abordados entre a sociedade e que intervenções educativas podem ser uma ferramenta que contribua com esta abordagem, os profissionais engajados com a educação em saúde devem utilizar tecnologias educativas que contribuam com a informação e com a operacionalização do processo educativo.

A abordagem dos primeiros socorros não pode se restringir nas pautas dos profissionais de saúde ou centros universitários, mas, deve ser democratizada a fim de conferir aos indivíduos segurança para o enfrentamento de situações de risco.

A função de quem socorre (socorrista) é:

  • Observar a situação para não se tornar uma vítima também.
  • Manter a pessoa viva até a chegada do socorro especializado.
  • Evitar causar outras lesões ou agravar as já existentes.

O ensino dos primeiros socorros constitui um benefício universal, de forma que todos podem e devem aprender sobre a temática. Nas situações de urgência e emergência ocorridas fora do ambiente hospitalar, os primeiros socorros podem ser realizados por alguma testemunha presente no local. Algumas pessoas pensam que na hora da emergência não terão coragem ou habilidade suficiente, mas isso não deve ser motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca sabemos quando teremos que utilizá-las. Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros, conduzindo-se com serenidade, compreensão e confiança. Manter a calma e o próprio controle, porém, o controle de outras pessoas é igualmente importante. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça de que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima. Entretanto, a pessoa que chama por socorro especializado, por exemplo, já está prestando e providenciando socorro.

Os momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas, são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas. Todos os cidadãos devem ter conhecimento e serem treinados contribuindo para reduzir a gravidade de acidentes e mesmo na prevenção e mudança comportamental em relação à segurança.

DICA: é importante ter sempre disponível os números dos telefones e os endereços de hospitais e de centros de atendimento de emergência; socorro especializado para emergências cardíacas; plantão da Comissão Nacional de Energia Nuclear; locais de aplicação de soros antiveneno de cobra e de outros animais peçonhentos e centro de informações tóxico farmacológicas.

DINÂMICAS

PRIMEIROS SOCORROS

Material: Cartões contendo instruções para os 1°s socorros (ex.: lavar com água e sabão)

Desenvolvimento

Em uma parede ou mural o coordenador ou professor  deverá colocar os cartões referentes às instruções para os primeiros socorros, todos misturados (fora de ordem e fora de assunto).

Para cada grupo será sorteado um acidente. Os grupos devem estar um ao lado do outro. Ao apito, um participante de cada grupo irá ao mural e pegará uma instrução (somente uma) que corresponda à ocorrência dita pelo coordenador. Voltará ao grupo, sendo que outro aluno sairá para pegar outra instrução e assim sucessivamente até todos irem. Quando terminarem, o coordenador e os grupos devem analisar se o que eles pegaram está certo em relação ao acidente sorteado. Vence o grupo que completou o revezamento mais rapidamente e que tenha pego mais instruções corretas.

Fonte adaptado de: https://pt.wikibooks.org/wiki/Atividades_escoteiras/Jogos/Jogos_para_Tropa_Escoteira

 

DINÂMICA DE PRIMEIROS SOCORROS

Objetivo: verificar descontraidamente se os participantes entenderam o treinamento.

Material: sem materiais necessários.

Desenvolvimento

Divide os participantes em grupos. Monta-se uma situação em que os participantes tenham de por em prática o treinamento de primeiros socorros. Após a situação ser feita, o grupo irá fazer os atendimentos, sendo que estes terão de narrar o que estão fazendo cantando.
Ex: Narrar o que está fazendo cantando em ritmo de marchinha de carnaval.

Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 96 p. : il. (Adaptado).

TEXTOS PRA REFLEXÃO

CÓLICA RENAL

A cólica renal é uma síndrome extremamente dolorosa, de caráter espasmódico, que aparece subitamente. Na maioria das vezes, essas crises dolorosas são provocadas por distúrbios renais ligados à presença de concreções ou cálculos urinários que desencadeiam as alterações funcionais. Além de cálculos urinários e processos puramente nervosos, existem outras patologias que podem levar à cólica renal, como as infecções, por exemplo. O caráter da dor renal é bastante variável. Em certos casos ela se manifesta como uma sensação indefinida de peso na região lombar, latejamento, fincadas ou ferroadas, ou assume o quadro típico de cólica nefrética. A vítima entra em crise paroxística, acompanhada ou não de náuseas, vômitos e, às vezes, elevação da temperatura. Palidez e sudorese excessiva. A dor pode se localizar na região lombar, iniciando-se em uma área junto ao ângulo costovertebral. A irradiação da dor renal é comum, principalmente na fase aguda. Costuma-se dizer que não há cólica sem dor irradiada. Ocasionalmente as manifestações à distância dominam o cenário sintomatológico. A dor irradiada localiza-se principalmente no hipogástrio (em cima da bexiga) e flanco, é comum aos dois sexos e ocorre com a migração do cálculo desde o rim até a bexiga; no homem aparece a hipersensibilidade do testículo; na mulher pode irradiar-se para a vagina (vulva).

Primeiros Socorros

A vítima de uma cólica renal sofre muito e, muitas vezes, não consegue andar ou falar direito. O conforto da vítima deverá ser proporcionado da melhor maneira possível. Identificar se trata realmente de uma cólica renal. Em seguida acalmar e tranquilizar a vítima, fazendo-a deitar-se em local confortável; afrouxar-lhe as roupas e providenciar imediata remoção para atendimento especializado. Se a vítima já teve cólica renal anteriormente e leva consigo algum medicamento para este caso, ela pode tomá-lo. Caso contrário, nenhuma forma de medicamento deverá ser dada. Pode-se ainda aplicar compressa ou bolsa de água quente no local da dor, que pode ser nas costas ou na parte anterior do abdomên ou onde a vítima indicar.

Fonte: https://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/fi000007.pdf

 

INSOLAÇÃO

É causada pela ação direta e prolongada dos raios de sol sobre o indivíduo. É uma emergência médica caracterizada pela perda súbita de consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura do organismo. Este tipo de incidente afeta geralmente as pessoas que trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que sofrem exposição demorada e direta aos raios solares. Pode ocorrer também sem a perda da consciência e afetar pessoas susceptíveis, mesmo que não estejam expostas a condições de calor excessivo. Os fatores predisponentes para estes casos são as doenças cardiovasculares, alcoolismo, sedativo e drogas anticolinérgicas. Nos casos muito graves de insolação pode haver lesões generalizadas nos tecidos do organismo, principalmente nos tecidos nervosos; morbidade e morte podem ocorrer como resultado de destruição das funções renal, hepática, cardiovascular e cerebral.

Sintomas

1. Surgem lentamente:

  • Cefaleia (dor de cabeça).
  • Tonteira.
  • Náusea.
  • Pele quente e seca (não há suor).
  • Pulso rápido.
  • Temperatura elevada.
  • Distúrbios visuais.
  • Confusão.

2. Surgem bruscamente:

  • Respiração rápida e difícil.
  • Palidez (às vezes desmaio).
  • Temperatura do corpo elevada.
  • Extremidades arroxeadas.
  • Eventualmente pode ocorrer coma.

A ocorrência de hiperventilação causa alcalose respiratória inicial.

Primeiros Socorros

  • O objetivo inicial é baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente.
  • Remover o acidentado para um local fresco, à sombra e ventilado.
  • Remover o máximo de peças de roupa do acidentado.
  • Se estiver consciente, deverá ser mantido em repouso e recostado (cabeça elevada).
  • Pode-se oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido não alcoólico para ser bebido.
  • Se possível deve-se borrifar água fria em todo o corpo do acidentado, delicadamente.
  • Podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas.

Tão logo seja possível, o acidentado deverá ser imerso em banho frio ou envolto em panos ou roupas encharcadas. Atenção especial deverá ser dada à observação dos sinais vitais. Se ocorrer parada respiratória, deve-se proceder à respiração artificial, associada à massagem cardíaca externa, caso necessário.

Fonte: https://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/fi000007.pdf

SEGURANÇA DO TRABALHO APLICADA À ENFERMAGEM

Competências: identificar e avaliar consequências e perigos dos riscos físicos, químicos, biológicos e psicológicos que caracterizam o trabalho nesta área, com vistas à sua própria saúde e segurança no ambiente profissional. Identificar doenças relacionadas ao ambiente e processos de trabalho na saúde, assim como as respectivas ações preventivas. Desempenhar a função de agente educativo nas questões relativas à saúde e segurança no trabalho, prestando informações e esclarecimentos a outras categorias profissionais e à população em geral.

PLANO DE AULA

Curso: Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem

Autores: Leila Maria Claudino Lage  e Thais Claudino Lage

Unidade: Segurança aplicada à enfermagem

Assunto:  Saúde e segurança no serviço de saúde

Objetivo

Compreender a importância do Mapa de Riscos nos  serviços e seu entendimento pelos profissionais  de saúde, os  conceitos de controles de infecção hospitalar, educação em saúde para prevenção dos riscos existentes em cada atividade, e os gerenciamentos de resíduos nas diversas instituições de saúde e os órgãos reguladores da segurança do trabalho dos  profissionais da área de saúde.

Conteúdo programático

  • Introdução
  • Conceitos
  • Saude e segurança no serviço de saúde
  • Mapa de riscos de serviços de saúde
  • Utilização de EPIS e EPCs nos serviços de saúde
  • Tipos de precauções
  • Prevenção dos riscos
  • Segurança das atividades de pessoal de saude que atua com medicina nuclear
  • Segurança do profissional na prevenção e acidentes com perfurocortantes
  • Órgãos reguladores da segurança do trabalho
  • Controle de infecção hospitalar como forma de segurança para o paciente
  • Referências
  • Exercícios com respostas comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático, livro didático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de técnicas utilizadas pelo educador como pesquisa, seminários, exposições, resolução de exercícios em sala de aula, etc. bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

1. World Alliance for Patent Safety_ Forward Programme (WPAS,2004). Switzerland: World Health Organization. 2004  Disponível em: https://www.who.int/patientsafety/en/brochure_final.pdf > Acesso em: 15 de julho de 2016.

2. RIBEIRO E.J.G, Shimizu HE. Acidentes de trabalho com trabalhadores de enfermagem. Rev.bras. Enferm. 2007 Set/Out; 60(5): 535-40.

3. OIT. Organização Internacional do Trabalho. Disponível em: https://www.ilo.org/brasilia/lang–pt/index.htm>. Acesso em: 15 julho 2016.

4. PEREIRA, MLG. Errar é humano: estratégias para a busca da segurança do paciente. In: Harada MJCS, Pdreira MLG(org). O Erro Humano e a Segurança do Paciente. São Paulo: Editora Atheneu, 2006. P.1-18.

5. CASSIANI,  SHB. A segurança do paciente e o paradoxo no uso de medicamentos. Rev Bras Enferm 2005 jan-fev; 58(1):95-9. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v58n1/a19 . Acesso em: 09 de julho de 2016.

6. CASSIANI,  SHB. Erros na medicação: estratégia de prevenção. Rev. Bras Enferm, 2000.

AQUECIMENTO

Tanto na formação quanto no desempenho da profissão do enfermeiro são exigidas habilidades cognitivas de alto nível, disposição e atitudes proativas. Essa grande responsabilidade pode desencadear processos depressivos, que dificultem esse rendimento. O cuidar requer envolvimento pessoal, social, moral e espiritual do enfermeiro e o comprometimento, primariamente, para consigo e para com os outros humanos. A fim de cuidar de si, é preciso o autoconhecimento e a autovalorização do enfermeiro como ser humano que age, reage e interage com outros seres e com o meio ambiente, buscando caminhos que possam favorecer suas práticas cotidianas. O estudante de enfermagem é apresentado às diversas faces do cuidar, e essas devem ser facilitadas através de leituras, conhecimentos sobre a realidade, e também com um espaço para reflexões, em que possa aprender e ensinar a cuidar, cuidando e sendo cuidado. O exercício da profissão de enfermagem requer boa saúde física e mental, raramente os enfermeiros recebem a proteção social adequada para o seu desempenho, ou seja, apesar de exercerem atividades estafantes, muitas vezes em locais inadequados, não recebem a proteção e atenção necessárias para evitar os acidentes, as doenças decorrentes das atividades e segurança. O trabalho em saúde impõe aos profissionais uma rotina carregada de alto grau de tensão que envolve toda a equipe. As necessidades do trabalhador e das academias de enfermagem e suas ansiedades em relação às circunstâncias com as quais eles se defrontam, como, a falta de materiais e pessoal, a grande responsabilidade sobre o paciente, o contato com a situação de morte, o perigo de acidentar-se ao desenvolver suas atividades ou de causar algum dano ao outro, geralmente, prejudicam o tipo de atendimento que ele sabe dar e que gostaria de poder dar, podendo causar sofrimento ao profissional, portanto, o cuidado é uma questão presente no dia a dia do enfermeiro e sua equipe, bem como das academias de enfermagem. É seu instrumento de trabalho, mas pode levar o cuidador a sofrimentos físicos e psicológicos, afetando a sua forma de cuidar de si para ser com o outro, podendo, com isso, colocar em risco a segurança do paciente e a sua própria.

Especialistas em segurança são unânimes em afirmar que a segurança depende, sobretudo, das pessoas, de suas formas de agir e reagir, de hábitos seguros e de processos de trabalhos bem organizados, principalmente, na área da saúde, em que os ambientes são altamente complexos e que qualquer equívoco pode causar danos severos e até irreversíveis a outros seres humanos. Muitas vezes, apesar do rígido controle do tempo e do estabelecimento de prioridades, torna-se difícil propiciar uma atenção diferenciada e completa a cada paciente, gerando mal-estar e a sensação de atividade inacabada, causando sofrimento no trabalho. A preocupação com a qualidade do cuidado e a segurança do profissional e do paciente nas instituições de saúde vem aumentando, pois são componentes críticos da qualidade em saúde. O profissional de enfermagem necessita refletir criticamente sobre seu papel pessoal e profissional no processo de ser e vir a ser, visando ao aprimoramento do cuidar de si e do outro. o processo de cuidar envolve relacionamento interpessoal e baseia-se na cooperação e na confiança mútua, tanto do cuidador quanto do ser cuidado, desenvolvendo-se a partir de valores humanísticos e em conhecimento científico. Para cuidar em enfermagem, é necessário olhar, ouvir, observar, perceber e sentir empatia em relação ao outro, estando disponível, procurando compartilhar o saber com o paciente e/ou familiar. É essencial, igualmente, que esse trabalhador cuide de si mesmo, cuidado esse que pode ser alimentado pela atualização profissional e pela busca da harmonia biopsicológica e social do ser cuidador. Grande parte das habilidades técnicas, ou pelo menos as básicas, são aprendidas e desenvolvidas nas primeiras disciplinas do Curso de Enfermagem, porque é através delas que acontece o primeiro contato do aluno com o processo de cuidar do paciente, o que na maioria das vezes vem acompanhado de altos níveis de estresse. Ao vivenciar a relação de cuidado com o paciente, os alunos estudam e desenvolvem sua prática de aprendizado sobre o cuidado humano, de certa forma, todos cuidam e são cuidados. Somos cuidados quando estabelecemos relações de respeito à autonomia, à individualidade, aos direitos dos seres humanos e à busca de soluções para um determinado problema que o outro não está em condições de resolver sozinho. O cuidar acontece entre pessoas por meio de experiência relacional, ou seja, não está ligado somente ao processo de saúde-doença, mas também em qualquer relação entre uma ou mais pessoas, incluindo-se aqui a relação acadêmica/acadêmica, acadêmica/professora e acadêmica/instituição de ensino. O aluno deve ter a oportunidade de aprender e desenvolver habilidades que contribuam para sua autopercepção e autoconscientização. Um profissional mais seguro e consciente reflete no desenvolvimento de um cuidado diferenciado ao paciente. Possibilita ao cuidador desempenhar suas funções de forma cautelosa e reflexiva, evitando a transgressão de valores e convicções, e permitindo o estabelecimento de relacionamentos interpessoais mais efetivos entre profissional e paciente. A compreensão da realidade dos profissionais de enfermagem pode possibilitar a construção, junto aos discentes e docentes, de uma proposta de ensino-aprendizagem que valorize o cuidar de si para cuidar do outro. É fundamental  que os docentes sejam primeiro estimulados e conscientizados a cuidarem de si, para assim poderem fazer o mesmo com seus pares, seus alunos e pacientes, ou seja, evidenciar o cuidado consigo para poder desenvolver o cuidado com o outro. O profissional da área da saúde pode esquecer-se de si, vivenciar situações desgastantes, exaustivas, com condições laborais precárias, conflitos profissionais, dentre tantos outros fatores capazes de levá-lo ao cansaço e à alienação. A saúde do trabalhador torna-se então prejudicada, requerendo maior atenção da instituição empregadora, seja ela pública ou privada. Torna-se necessário refletir acerca do trabalhador, do acidente e do mundo de trabalho no qual este ser humano está inserido. Os sentimentos que experiência, os riscos aos quais está submetido, a prevenção e a promoção à saúde, voltadas ao indivíduo são questões que exigem constante reflexão.

DINÂMICAS

 

DINÂMICA DA CAIXA-PRETA

Objetivos: verificar a qualidade da higienização das mãos e alertar sobre a importância de praticá-la corretamente.

Material: caixa preta com luz fluorescente.

Desenvolvimento

Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a higienização das mãos é a maneira mais simples e eficaz de se salvar vidas, promovendo a segurança dos pacientes nos serviços de saúde.

Trata-se de uma caixa completamente preta com uma lâmpada de ultravioleta no interior. Depois de higienizar as mãos com um produto com partículas fluorescentes (simulando a fricção com álcool gel) os alunos colocam as mãos na caixa e ficam evidenciadas quais áreas não foram adequadamente higienizadas!

Fonte: https://escoladocardiologia.wordpress.com/2015/04/22/alunos-realizam-dinamica-da-caixa-preta/ (Adaptado).

 

 
JOÃO BOBO

Objetivo: conversar sobre as pessoas que podem amparar e auxiliar o estudante a reconhecer a importância da solidariedade, respeitando o outro, até mesmo nas brincadeiras.

Material: sala ampla sem mobiliário no centro.

Desenvolvimento

O facilitador pede aos participantes para dividirem-se em trios. Cada trio coloca-se da seguinte maneira: duas pessoas ficam frente a frente e a terceira pessoa no centro, com o corpo voltado em direção a um dos colegas, que deve segurá-lo.

A seguir, a dupla de fora movimenta a pessoa do centro, jogando-a de um lado para o outro. As pessoas podem trocar as posições, de forma que cada pessoa do trio tenha a oportunidade de ficar no centro.

No final, o grupo todo pode conversar sobre como se sentiram em cada uma das posições.

Sugestões para reflexão:

Qual o sentimento frente à necessidade de confiar no outro?

Todos merecem nossa confiança da mesma maneira?

Por que sentimos mais seguras com uma pessoa e menos com outra?

Resultado esperado: troca de valores a respeito de solidariedade; descontração do grupo (exercitá-los em dias muito frios); convivência do grupo, segurança e confiança no outro.

Fonte: https://www.abennacional.org.br/revista/cap6.2.html

TEXTOS PARA REFLEXÃO

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

A higiene do trabalho é um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico em que são executados.

A higiene do trabalho tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que a doença o ausente provisória ou definitivamente do trabalho.

Os principais objetivos são:

  • Eliminação das causas das doenças profissionais.
  • Reduções dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos.
  • Prevenção de agravamento de doenças e de lesões.
  • Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho.

O programa de higiene no trabalho envolve:

  • Ambiente físico de trabalho: a iluminação, ventilação, temperatura e ruídos.
  • Ambiente psicológico: relacionamentos humanos agradáveis, tipos de atividade agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e participativo e eliminação de possíveis fontes de estresse.
  • Aplicação de princípios de ergonomia: máquinas e equipamentos adequados às características humanas, mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas e ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano.
  • Saúde ocupacional: ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva.

A Lei nº 24/94 instituiu o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Por meio do PCMSO é exigido o exame médico pré-admissional e o exame médico periódico. Os exames médicos são exigidos quando houver retorno ao trabalho, no caso de afastamento superior a 30 dias, e também quando ocorrer a mudança efetiva de função (deve ser feito antes de ocorrer a transferência).

No caso de afastamento definitivo da empresa, deve-se exigir o exame médico demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento do funcionário.

Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/36332/higiene-e-seguranca-no-trabalho

 

SEGURANÇA NO TRABALHO DE ENFERMAGEM

Maria Helena Palucci Marziale

O trabalho é considerado mediador nas relações que se estabelecem entre os homens e a natureza e deve ser realizado em condições de segurança e dignidade.

No entanto condições de segurança inadequadas no trabalho tem sido responsáveis, em muitos setores, por inúmeros acidentes e doenças ocupacionais, as quais podem levar a incapacidade temporária ou definitiva do trabalhador e para a empresa.

É estimado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) 250 milhões de acidentes de trabalho em todos os anos, com 330 mil fatalidades e 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. Tal situação representa perdas econômicas equivalentes a 4% do Produto Nacional Bruto (PNB) do mundo, e em termos fragmentados das famílias e comunidades os prejuízos são incalculáveis (TAKALA, 1999).

Na enfermagem é comum nos depararmos com situações perigosas, onde as exigências de segurança no trabalho são negligenciadas causando acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

As características de o ambiente hospitalar, maior campo de atuação do pessoal de enfermagem, e as peculiaridades das atividades executadas têm sido responsáveis por inúmeros acidentes de trabalho, embora muitas vezes não notificados. Dentre os acidentes de trabalho que ocorrem com mais frequência entre os trabalhadores de enfermagem estão àqueles ocasionados por material perfurocortante (agulhas, lâminas de bisturi, vidrarias e similares). A ocorrência deste tipo de acidente torna-se extremamente preocupante quando envolve material infectado, já que podem implicar na transmissão de doenças crônicas e letais como: hepatite, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), malária, herpes simples, entre outros.

Na enfermagem a subnotificação dos acidentes de trabalho ocorre, na maioria das vezes, devido a falta de esclarecimento dos profissionais em relação à importância do registro do acidente para garantia de seus direitos, bem como de sua utilização como estratégia para reinvidicação de melhores condições de segurança no trabalho. Assim, gostaríamos de alertar os profissionais de enfermagem acerca da importância da adoção de práticas educativas referente à manipulação e descarte de materiais perfurocortantes, cobertura vacinal dos profissionais referente à Hepatite B e a necessidade de notificação dos acidentes.

Acreditamos que a adoção de medidas educativas e preventivas efetivas pelas instituições empregadoras agregadas às políticas públicas que priorizem ações de promoção a saúde dos trabalhadores e prevenção de doenças possam minimizar a ocorrência de acidentes e doenças entre os trabalhadores de enfermagem.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. TAKALA, J. Introductory report on the International Labour Office-ILO, Geneva, p. 15, 1999. (mimeografado)

Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692000000200001

 

BIBLIOGRAFIA E SITES CONSULTADOS

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  • BRASIL, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidência de Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro.Fundação Oswaldo Cruz, 2003. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 96 p. : il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Cadernos de Atenção Básica ; n. 24)
  • BRASIL. Manual de prevenção de acidentes e primeiros socorros nas escolas. Secretaria da Saúde. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde. CODEPPS. São Paulo. 2007.
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