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Educador – Enfermagem básico – Portal de Saúde Eureka

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PORTAL DE SAÚDE EUREKA

Educador – Enfermagem básico

MANUAL DO EDUCADOR

Projeto Pedagógico

“A enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!”

Florence Nightingale

APRESENTAÇÃO

Curso Técnico de Enfermagem – 3 volumes

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabelece para a educação profissional de nível técnico, na área da saúde, um perfil profissional com competências que permitam ao profissional superar os limites de sua ocupação específica e possa transitar por outros campos ou ocupações da mesma área profissional, ou áreas afins. O processo de ensino é algo muito complexo que depende da concepção que cada um tem sobre o mundo, sobre o ser humano, sobre a educação, sobre a sociedade, sobre a escola e sobre o processo de trabalho. O ensino na perspectiva do modelo de competências propõe discutir as transformações do ensino e a atuação do docente nesse novo modelo. Apresenta as características do ensino centrado no desenvolvimento de competências, com uma proposta de discussão acerca dos saberes que os docentes precisam possuir para trabalhar com a lógica do desenvolvimento de competências e, também, quais as principais competências que os docentes necessitam desenvolver para ensinar na perspectiva do ensino ativo. O trabalho hoje exige um novo tipo de profissional, capaz de utilizar a razão, o raciocínio, compreender e participar de um ambiente de decisões complexas e com interações sociais mais numerosas, além de serem capazes de desenvolver todas as competências oriundas do mundo do trabalho. Enfermagem é uma das ciências humanas, que possui conhecimento técnico, cientifico e ético, tendo como essência o cuidado ao ser humano. É uma profissão que interage com outras áreas do saber para assistir o ser humano, que se expressa na relação dialética de ensinar a cuidar/aprender a cuidar, favorecendo a formação do ser educador/cuidador e do ser educando/cuidado como promotores de uma sociedade saudável. A enfermagem é uma profissão que constrói conhecimentos com o objetivo de auxiliar o indivíduo no enfrentamento de situações do processo do viver humano, comprometendo-se com ele e conscientizando-se da realidade, e do poder, que ele tem de transformar esta realidade. O mundo do trabalho, especificamente na área da saúde, tem se alterado contínua e profundamente, o que determina a preocupação das escolas e dos docentes em formar técnicos de enfermagem com qualificação que lhes permita construir itinerários profissionais com competência, que além do domínio do seu oficio, ele tenha sensibilidade e disponibilidade para o constante aprender e construir.

Aprender a conviver, parte do princípio de que a democracia só se efetiva e se consolida mediante a participação ativa e corresponsável dos cidadãos na vida do país. Participar se ensina e se aprende, promovendo-se a convivência democrática, pois se aprende a participar, participando com autonomia e competência, no sentido de propor, recusar, concordar, modificar, produzir, tanto no plano individual quanto no coletivo. Para participar é preciso aprender a conviver e, para isso, aprendizagens são indispensáveis. É preciso aprender a aproximar-se dos outros, aprender a ouvir, a propor sem impor, a lidar com as diferenças, a encarar as diferenças como vantagens que permitem conhecer e partilhar outros modos de pensar, sentir e atuar, aprendendo a buscar a unidade na diversidade. Você tem em suas mãos o que há de mais moderno na área de enfermagem. Uma obra concebida com extrema competência por profissionais da saúde, mestres e doutores, que não mediram esforços para registrar escrito, por imagens e videos um conteúdo rico para capacitar os alunos que desejam, de fato, se destacarem nessa linda profissão de enfermagem.

Excelente leitura!

CONCEPÇÃO DO CURSO

Público-alvo: o curso é direcionado a alunos com ensino médio completo ou cursando o segundo ano, com idade igual ou superior a 17 anos, que buscam qualificação profissional e apresentem interesse para atuar nos diversos setores da saúde. Desenvolve competências e habilidades para executar o trabalho de enfermagem nas áreas de saúde da mulher e da criança, clínica médica, clínica cirúrgica, saúde coletiva, saúde mental e nos programas preconizados pelo Ministério da Saúde.

OBJETIVOS

Preparar o aluno para atuar em diversos níveis de atenção a saúde, sob a supervisão do enfermeiro, atuando na promoção e prevenção da saúde, promoção, apoio ao diagnóstico, assistencial, proteção, recuperação e reabilitação, com compromisso ético, humanitário e social.

Correlacionar os conhecimentos de várias disciplinas ou ciências com o objetivo de realizar trabalho em equipe, tendo em vista o caráter interdisciplinar da área profissional da saúde.

Contribuir com o aluno na apropriação de valores éticos e bioéticos na dimensão da segurança do paciente, além de incorporar uma postura crítica que propicia a formação de um egresso participativo, criativo, reflexivo, capaz de relacionar os fatos à teoria, e não apenas ser treinado para atuar nos serviços de saúde.

Proporcionar um ensino incorporando mudanças advindas do desenvolvimento técnico-científico, na perspectiva de intervir individualmente e no seu conjunto, positivamente, nas necessidades de saúde de cada pessoa, grupo ou comunidade.

PERFIL DO EGRESSO

O profissionais Técnico e Auxiliar de Enfermagem executam e participam do processo do cuidar humano, em todas as fases do ciclo vital, considerando as dimensões biológicas, psicológicas e sociais do ser humano. É importante considerar o alerta de que a qualidade do desempenho de enfermagem é mediada pelo contexto de trabalho, ou seja, locais com condições estruturais e de continuidade de processos educativos levam a um melhor desempenho profissional dos egressos. A educação profissional não pode estar desarticulada da análise de aspectos relacionados ao local de trabalho desse aluno/trabalhador, pois, a formação em serviço é parte relevante da missão de qualquer instituição prestadora de serviço de saúde. Espera-se que a transformação do aluno ocorra tanto em sala de aula quanto no cotidiano de seu trabalho, incorporando novas técnicas e conhecimentos científicos. Portanto, é fundamental que os discentes se tornem profissionais críticos, políticos e reflexivos com atitudes éticas, modificadoras de estruturas, relações configuradas nas diretrizes políticas enquanto fatores determinantes de evolução da prática social da Enfermagem.

Espera-se que tenham, ainda, competência e habilidades técnico-científicas no cuidar prestado ao indivíduo, à família e à comunidade nos diferentes níveis de atuação. Dadas a natureza do trabalho do técnico e auxiliar em enfermagem, e sua importância no sistema de saúde, a enfermagem é uma profissão em franca expansão, com mercado de trabalho amplo e diversificado. A prática profissional abrange assistência nos ramos de promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde.

CONCEPÇÃO CURRICULAR

Este é o seu manual geral. Aqui você descobre a estrutura da obra e se organiza de acordo com a sua área de conhecimento (disciplina) em que atuará.

É importante ressaltar que essas áreas afins possuem um manual específico. Este registra as informações gerais, apresentando modelos de planos de aulas, textos para serem discutidos, dinâmicas, questionários, etc. que você poderá utilizar sempre que desejar.

Os docentes precisam evoluir e tornarem-se profissionais que saibam identificar o contexto do trabalho, tomar decisões, atuar e avaliar com pertinência e, sobretudo, redirecionar as situações de aprendizagem. A ação docente é complexa e requer competências mobilizáveis para o exercício do ofício docente. Por conhecer as dificuldades que o professor normalmente enfrenta para ensinar, acrescida agora da necessidade de dominar um novo saber fazer, de apropriar-se de competências necessárias ao ato de ensinar, o trabalho do professor profissional consiste, grosso modo, em criar condições para o desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos, e, para que isso ocorra, há necessidade de uma interação de esforços e saberes que resultará na construção de conhecimentos e competências, ou seja, em aprendizagem efetiva. Para que os docentes possam se transformar em profissionais do ensino e da aprendizagem é necessário a apropriação, a mobilização e a articulação dos saberes a ensinar e dos saberes para ensinar.

Cada instituição utiliza uma estrutura curricular de trabalho com subdivisões diferenciadas. A seguir, registramos os assuntos que você encontra nessa obra, para que dessa forma você possa se organizar de acordo com o currículo da instituição que atua. Além desse manual, você terá a oportunidade de trabalhar com outros manuais específicos que foram organizados em diferentes módulos, a saber:

  • Módulo 1 – Profissionalização: Metodologia, Informática e Língua Portuguesa aplicadas à enfermagem.
  • Módulo 2 – Recursos Humanos: Ética, Psicologia, Biossegurança, Atividade hospitalar e meio ambiente, Pronto socorro (primeiros socorros) e Segurança aplicada à enfermagem.
  • Módulo 3 – Ciências Biológicas: Citologia, Anatomia, Microbiologia e Parasitologia aplicadas à enfermagem.
  • Módulo 4 – Saúde da Comunidade: Saúde coletiva, Nutrição e dietoterapia, Doenças transmissíveis, Saúde do homem, Assistência domiciliar e home care, e Administração aplicada à enfermagem.
  • Módulo 5 – Farmácia: Preparação e administração de medicamento (I e II) e Farmacologia.
  • Módulo 6 – Gestão e Planejamento: Fundamentos, Anotação de enfermagem e Administração de medicamentos.
  • Módulo 7 – Setores não críticos: Clínica médica, Clínica cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia, Ortopedia e trauma, Gerontologia, Psiquiatria, Oncologia, Assistência de enfermagem em infecções.
  • Módulo 8 – Setores críticos: Centro cirúrgico, Neurologia, UTI, Nefrologia, Urgência e Emergência.
  • Módulo 9 – Terminologias em enfermagem.

METODOLOGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM

A educação desdobrada nos processos de ensino-aprendizagem de crianças, jovens e adultos, na qualificação e no desenvolvimento de habilidades profissionais, tem uma enorme parcela de contribuição na preparação de recursos humanos e na potencialização da capacidade da força de trabalho para o mercado produtivo. A mudança em curso, no âmbito do processo ensino-aprendizagem, significa vencer a formação tradicional parcelar que fragmenta o saber-fazer limitante da aprendizagem significativa, pois implica em construir um modelo responsivo aos problemas/situações de saúde dos indivíduos, da família e da coletividade, priorizando a promoção da saúde e a prevenção das doenças. A nova concepção ampliada da educação tem como objetivo principal o fortalecimento da capacidade reflexiva e criativa dos indivíduos, da sua realização como pessoa e membro da sociedade, que só pode ser alcançada com a organização de aprendizagens e saberes fundamentais, construídos ao longo de toda a vida. Torna-se evidente a necessidade da atual conformação do sistema de saúde que disponha de profissionais com formação acadêmico-científica, éticos, humanísticos, dotados de conhecimento técnico-político e cultura para a cooperação e assessoramento na prestação dos serviços e nos movimentos sociais. A Educação Permanente caracterizada como uma aprendizagem significativa, promotora e produtora de sentidos, propõe a transformação das práticas profissionais, a partir da reflexão crítica de ações reais produzidas na rede dos serviços. Tais características compõem o perfil adequado a ser adotado pelo profissional de saúde em atuação nos serviços, orientando uma formação voltada para a construção de competências, as quais emergem como consequência do contínuo e premente desenvolvimento tecnológico e das inovações no suporte teórico das questões relacionadas à saúde. Essas orientações gerais se configuram como propostas de referência para uma formação profissional abrangente, embasada por uma concepção ampliada de saúde, que enfatiza a integralidade das ações pela superação da dicotomia entre a abordagem epidemiológica e a clínica, o estabelecimento de boas práticas relacionais entre os sujeitos [profissionais e usuários], o uso adequado e eficiente dos recursos, o interesse em atualização contínua/permanente, e a responsabilidade com a educação dos demais profissionais de saúde. Para isso, as reformulações no processo de ensino-aprendizagem têm sido cada vez mais acentuadas e pertinentes, uma vez que as novas e complexas demandas do SUS direcionam a formação para um novo perfil desejado, um perfil que dê conta de todas as expectativas, conhecimentos necessários e competências técnico-políticas para a atuação dos enfermeiros nos serviços de saúde em todos os níveis do sistema.

Para implantar o modelo de competências na educação profissional é necessário assegurar condições para que os indivíduos construam sua aprendizagem dentro desta perspectiva. A competência humana se integraliza mediante competências das seguintes naturezas:

Natureza técnica Natureza organizacional ou metódica Natureza comunicativa Natureza sociopolítica
Competência Competência Competência Competência
Capacidade de dominar os conteúdos das ações, das regras e dos procedimentos da área específica de trabalho, as habilidades para compreender os processos e lidar com os equipamentos, a capacidade de entender os sistemas e as redes de relações, a capacidade de obter e usar as informações. Capacidade de autoplanejar-se, de auto-organizar-se, de estabelecer métodos próprios, de gerenciar seu tempo e espaço de trabalho, desenvolvendo a flexibilidade no processo de trabalho, exercitando a criatividade, utilizando os seus conhecimentos – obtidos através de fontes, meios e recursos diferenciados – nas diversas situações encontradas no mundo do trabalho, além da capacidade de transferir conhecimentos da vida cotidiana para o ambiente de trabalho e vice-versa. Capacidade de expressão e comunicação com seu grupo, superiores hierárquicos ou subordinados, de cooperação, de trabalho em equipe, desenvolvendo a prática do diálogo, o exercício da negociação e a comunicação interpessoal. Capacidade de refletir sobre a esfera do mundo do trabalho, de ter consciência da qualidade e das implicações ético-políticas de seu trabalho, de ter autonomia de ação, enfrentando as mudanças em articulação com outros atores, desenvolvendo a autoestima, a autovalorização e a identidade coletiva; atuando criticamente com compromisso sociopolítico e desenvolvendo o exercício da cidadania, tendo em vista a superação da realidade dada.

As potencialidades e possibilidades que o modelo de competências traz para a formação da cidadania e para a capacidade de formação de trabalho do sujeito, dependem de uma série de cuidados relativos à metodologia que permita simular ou realizar situações concretas de trabalho, propiciar a integração dos conhecimentos e o desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos. Os estágios correspondem ao preparo efetivo para o exercício profissional e ocorrem nos diversos hospitais com os quais a instituição de ensino possui acordos de cooperação, não é um momento distinto do Curso, mas uma metodologia de ensino que contextualiza e põe em ação o aprendizado dos alunos, aliando o saber ao fazer. A incorporação de tecnologias e práticas pedagógicas inovadoras, como projetos que atendam as constantes transformações e mudanças socioculturais relativas ao mundo do trabalho, possibilita aos alunos a vivência de situações contextualizadas, gerando desafios que levam a um maior envolvimento, instigando-os a decidir, opinar, debater e construir, com autonomia, o seu desenvolvimento profissional. A integração do conhecimento é o grande desafio no modelo de competências.

A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO

O destaque conferido ao diálogo e à escuta, no contexto da educação permanente, está apoiado no pressuposto de que a interlocução entre os sujeitos de uma ação educativa resulta em uma aprendizagem que ultrapassa a mera apreensão de informações. Do diálogo entre os sujeitos sobre a realidade compartilhada, resulta a capacidade de intervir, de uma forma criativa e responsável, nessa realidade, de modo a transformá-la. A aprendizagem pelo trabalho só tem sentido se estiver inscrita na complexidade da experiência de trabalho, havendo uma estreita relação desta com a da situação de encontro. É fundamental proporcionar aos enfermeiros (as), em suas relações uns com os outros, a experiência de se reconhecer e se assumir como sujeito, tanto na dimensão individual, quanto no coletivo. “Escutar” o paciente, “dar atenção” são expressões usadas por quem atua com enfermagem e que servem para reforçar a importância da conversa e o do diálogo como principal elemento para que o acolhimento do usuário, e de suas demandas de saúde, seja efetivo. A orientação das práticas de saúde pela integralidade está diretamente ligada ao sentido desta como um princípio de direito universal ao atendimento das necessidades de saúde.

O trabalho em equipe, na saúde, diz respeito à multiprofissionalidade, por abranger as várias categorias profissionais que atuam no hospital e também a interdisciplinaridade, como produção de conhecimento e integração de várias disciplinas e áreas do conhecimento. Deve ser cada vez mais valorizado como um trabalho coletivo que se embasa na reciprocidade entre a técnica e a interação entre os profissionais das diversas áreas de atuação na saúde. Portanto, para lidar com as complexidades do cuidado no âmbito hospitalar e obter resultados efetivos, é imprescindível a criação de espaços de educação, de saúde e de trabalho que se ampliem a fim de integrarem as diversas categorias profissionais que atuam nesse contexto.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

A educação profissional de técnicos de nível médio para área da saúde requer uma revisão de paradigmas e pressupostos que norteiam tal formação, no sentido de atender às necessidades do mercado de hoje. Para tanto, as escolas formadoras desses profissionais, na construção de sua proposta profissionalizante, necessitam responder a alguns questionamentos como:

  • Quem é o técnico de nível médio da área da saúde?
  • Que tipo de profissional quer formar?
  • O que o mercado espera desses profissionais?
  • Qual o papel desse profissional na sociedade?

Assim, é decisivo conceber, na educação profissional, a formação de um indivíduo competente e habilitado a criar condições de trabalho que conjuguem cidadania com o manejo de sobrevivência.

Ao final de cada unidade, o aluno encontra sugestões de bibliografia ou de sites na rede da Internet, que poderão ajudá-lo a aprofundar ou complementar o estudo de questões/assuntos nele tratados. Mesmo não sendo leituras obrigatórias, essas referências são uma fonte de informação que você pode buscar, caso seja do seu interesse, para ampliar seu conhecimento à respeito daquilo que está sendo estudado.

Em cada unidade, com o apoio do celular, o aluno encontrará videoaulas, textos de leitura complementar (e/ou anexos) do próprio capítulo, acessando-os pelo QR CODE. A essas leituras você poderá acrescentar e sugerir outras, demonstrando sua capacidade de busca de informação e seu compromisso com a socialização do conhecimento. Você pode e deve utilizar os vídeos e informações para checar conhecimentos. É uma forma de avaliar seus alunos. A utilização de avaliações escritas devem sempre respeitar o calendário das instituições. A frequência pode ser verificada através de relatórios emitidos mensalmente pela instituição executora do curso. As recuperações devem ser paralelas ao desenvolvimento do curso podendo ser através de trabalho de pesquisa, seminários, trabalho em grupo, indicação de facilitadores de aprendizagem/trabalho de pesquisa, trabalho em grupo, dinâmicas, etc.

Ao término do curso os profissionais terão desenvolvidos algumas habilidades, tais como:

  • Capacidade para atuar em diferentes cenários da prática profissional considerando os pressupostos do modelo clínico-epidemiológico, social e educacional.
  • Identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população, e fatores condicionantes e determinantes de doença.
  • Saber intervir no processo de saúde-doença, garantindo a qualidade da assistência nos diferentes níveis da atenção à saúde.
  • Prestar cuidado de enfermagem a diferentes grupos da comunidade.
  • Compatibilizar as características da equipe de enfermagem às diferentes demandas dos usuários, integrando as ações de enfermagem nas ações multiprofissionais.
  • Gerenciar o processo de trabalho na atuação profissional.
  • Implementar ações, procedimentos e estratégias de enfermagem, avaliando a qualidade e os impactos dos resultados.
  • Participar no desenvolvimento, aplicar pesquisas e extensão, enquanto garantia de uma política educacional que objetivem a qualificação profissional.
  • Compreender e utilizar os códigos éticos, políticos e normativos da profissão como eixo condutor da prática profissional.
  • Atuar na composição das estruturas consultivas, deliberativas e movimentos sociais e políticos do sistema de saúde.
  • Desafiar-se como líder do trabalho da equipe de enfermagem com compromisso, respeitando os princípios científicos nas intervenções.

PERFIL DOS AUTORES E ORGANIZADORES

Os autores e organizadores dessa obra são profissionais da área da saúde. Todos os autores são professores de universidade, altamente capacitados, com longa experiência em estudos e pesquisas. Na abertura de cada exemplar encontra-se o registro de cada profissional responsável pelo capítulo. E se você desejar, pode fazer uma busca e consultar o currículo Lattes de cada um desses profissionais sempre que desejar.

Manual do educador – Materiais auxiliares

PLANO DE AULA

EXEMPLO DE PLANO DE AULA

Curso: Curso técnico de nível médio em enfermagem

Professor: Márcia Zotti Justo Ferreira

Disciplina: Pediatria aplicada à enfermagem

Assunto: Enfermagem e o cuidado infantil

Emailmarcia.zotti@gmail.com

Objetivo

Compreender os conceitos  e analisar o processo de trabalho em enfermagem, a partir do planejamento e organização da assistência, da qualidade na saúde da criança.

Conteúdo programático

  • Introdução
  • História da saúde da criança
  • Crescimento e desenvolvimento humano
  • A enfermagem e o cuidado infantil
  • Enfermagem em pediatria: consulta de enfermagem  e sinais vitais
  • Nutrição em pediatria
  • Doenças próprias da infância
  • Referências
  • Exercícios com respostas comentadas

Metodologia

Aula expositiva oral do conteúdo programático com o auxílio de recursos multimídia e quadro branco.

Avaliação

Os alunos serão avaliados por meio de resolução de exercícios em sala de aula, bem como através de sua participação durante a aula.

Bibliografia

ASSIS, L. C., L. EINLOFT; PRATES, C. S. “Consulta e enfermagem pediátrica: a percepção dos acompanhantes no pós-atendimento.” Rev Soc Bras Enferm Ped 8.1 (2008): 21-9.

BONILHA, L. R. C. M., and C. R. S. F. Rivoredo. “Puericultura: duas concepções distintas.” Jornal de Pediatria 81.1 (2005): 8-13.

DINÂMICAS

As dinâmicas são instrumentos ou ferramentas que estão dentro de um processo de formação e organização, que possibilitam a criação e a recriação do conhecimento. Elas têm o intuito de responder a interrogações como: o que pensam as pessoas, o que sentem, o que vivem e o que sofrem, desenvolvendo um caminho de teorização sobre esta prática como processo sistemático, ordenado e progressivo, além de incluir novos elementos que permitem explicar e entender os processos vividos.

As técnicas participativas geram um processo de aprendizagem libertador, porque permitem desenvolver um processo coletivo de discussão e reflexão, ampliar o conhecimento individual, coletivo, enriquecendo seu potencial, e possibilitar a criação, a formação, e a transformação do conhecimento, no qual os participantes são sujeitos de sua elaboração e execução. Essas técnicas podem ser divididas em:

 

  • TÉCNICA QUEBRA GELO: ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro. São recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.
  • TÉCNICA DE APRESENTAÇÃO: ajuda a apresentar os participantes uns aos outros, possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso. Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas. É aconselhável que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.
  • TÉCNICA DE INTEGRAÇÃO: permite analisar o comportamento pessoal e de grupo, a partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo. Trabalhar a interação, a comunicação, e os encontros e desencontros do grupo. Ajuda a sermos vistos pelos outros na interação de grupo e a entendermos como nos vemos. O diálogo profundo no lugar da indiferença, discriminação e desprezo vividos pelos participantes em suas relações.
  • TÉCNICAS DE ANIMAÇÃO E RELAXAMENTO: tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas, etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo. Estas técnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima de grupo é muito frio e impessoal. Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma atividade.
  • TÉCNICA DE CAPACITAÇÃO: deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação de grupo. Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os destinatários, e da realidade que os rodeia. Amplia a capacidade de escutar e observar. Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho de grupo, de forma mais clara e livre com os grupos. O principal objetivo da dinâmica de Comunicação é o de permitir que cada participante reconheça as diferentes formas de comunicação: da voz, do tom de voz, da mímica facial, da expressão do olhar e da expressão corporal, visando a demonstrar que uma frase recebida pelo receptor como agressiva pode interferir negativamente na comunicação, gerando sentimentos desagradáveis.

EXEMPLOS DE DINÂMICAS

MELHORANDO A COMUNICAÇÃO

Objetivo: perceber a importância da comunicação para o bom relacionamento e refletir sobre a maneira de se comunicar. Deve ser formado um círculo para que depois as pessoas possam se sentar em duplas, espalhando-se pela sala. Cada dupla recebe uma folha de papel e caneta, para que listem frases que ouvem frequentemente em seus círculos de amizade e que consideram agressivas, ofensivas ou que causam desconforto. Pedir a cada dupla que, das frases escritas, escolham a mais forte para apresentar ao grupo. Quando todas as duplas tiverem escolhido sua frase, peça para que encontrem uma forma clara e gentil de dizer a mesma coisa.

Cada dupla lê para o grupo a frase original e a frase transformada.

O grupo comenta o que descobriu ao fazer as comparações entre as maneiras diferentes de dizer a mesma coisa, refletindo sobre as diferenças entre as frases originais e as transformadas e os sentimentos após a transformação delas.

Finaliza-se com a reflexão de que as frases agressivas ou em tom de acusação (você é… você está…) impedem o outro de ouvi-las, gerando uma atitude defensiva ou de ataque. Que a maneira mais eficiente de nos fazermos ouvir, talvez seja expressando nossos sentimentos (eu estou me sentindo…), evitando julgamentos ou interpretações.

Uma boa maneira de fazer uma crítica, sem que a outra pessoa se sinta julgada, é colocando-a entre dois elogios.

Exemplo:

– Pedro, você é muito desorganizado, deixa tudo fora do lugar!

Corrigido:

– Pedro, você é uma cara muito trabalhador, pena que tem o mau hábito de deixar tudo espalhado, mas sei que é inteligente e pode mudar essa atitude.

Exemplo:

– Nossa, como você esta fedido, vá tomar banho!

Corrigido:

– Querido, você já esta bem melhor, que tal tomar um banho antes do médico aparecer?

Principal foco da mensagem:

Frases agressivas ou em tom de acusação impedem o outro de ouvi-las, gerando uma atitude de defesa ou ataque, e um sentimento de antipatia. A maneira mais eficiente de comunicação é evitando julgamentos ou interpretações. Para que sejamos ouvidos, com um bom entendimento por parte do receptor, é necessário ser cuidadoso com as palavras, expressando sentimentos e usando palavras gentis.

 

SER HUMANO

Solicite aos participantes que formem duplas e contem um para o outro alguma situação vivida, seja no campo pessoal seja no campo profissional, em que esperavam a compreensão das outras pessoas para com sua atitude, em que esperavam que as outras pessoas o percebessem ali como um ser humano com sentimentos e limites próprios de todo ser humano. Convide as pessoas a compartilhar com o restante do grupo as suas vivências e sentimentos nas situações relatadas em dupla. Discuta com os participantes os conceitos de empatia e compreensão, bem com o conceito de ser humano, como um ser em constante formação, com possibilidades e limites inerentes a todos.

 

FOCALIZAÇÃO RESUMIDA

Solicite aos participantes que procurem uma posição confortável, de olhos fechados e conduza um relaxamento, utilizando uma música suave ao fundo. Ao perceber que todos estão mais relaxados conduza o processo de focalização conforme as etapas relacionadas a seguir.

  • Clareando espaço: como você está? O que está entre você e o sentir-se bem? Não responda: deixe o que vem do seu corpo se manifestar. Não entre em nada. Acolha, aceite, receba cada coisa, cada preocupação que vier. Ponha cada uma de lado por algum tempo próximo de você. Imagine um estante à sua frente ao alcance de suas mãos e vá colocando todas as coisas que surgirem 16 dentro de recipientes e armazenando nesta estante. A não ser por esta (s) coisa(s) você está bem?
  • Senso sentido (felt sense): escolha um dos recipientes, um dos problemas para ser focalizado. Não entre no problema. Qual é a sua sensação corporal quando você pensa, reflete sobre o problema como um todo? Sinta isto de uma forma ampla (como um todo), sinta a coisa toda, o intenso desconforto ou a sensação física, corporal mesmo que indefinida dele.
  • Crie um gancho: qual é a qualidade do senso sentido? Qual é a palavra, frase ou imagem que surge da sensação sentida? Qual é o adjetivo que melhor a caracteriza? Qual qualificativo exprime melhor este senso sentido, esta sensação.
  • Ressoe, confirme: vá e volte entre a palavra (frase ou imagem) e o senso sentido. Ela (a palavra, a frase ou a imagem) está correta? Se ela(s) está (estiverem) correta(s), combinar (em), procure vivenciar a sensação várias vezes. Se o senso sentido se modifica siga-o com sua atenção. Quando você conseguir uma combinação perfeita, as palavras, as frases ou as imagens estando bem ajustadas ao seu sentimento, sinta-o por um minuto. Perceba a sensação corporal associada a ele.
  • Pergunte, clareie: o que é neste problema que o faz tão ______________________________? Quando ficar paralisado, sem sair do lugar, faça as seguintes perguntas: o que é pior nesta sensação? O que realmente é ruim ou muito ruim nesta sensação? O que ela precisa? O que deveria acontecer? Não responda; espere a sensação acontecer para mexer-se (movimentar-se) e dar-lhe uma resposta. Observe seu corpo. Como é que esta sensação seria se estivesse inteiramente ok? Deixe o corpo responder. O que está impedindo isto?
  • Acolha, aceite: Acolha o que veio. Fique feliz por isto ter falado (ou se manifestado). Isto é apenas o primeiro passo neste problema, não o último. Agora que você sabe onde ele está, você pode deixá-lo e voltar a ele mais tarde. Proteja-o de vozes críticas internas que possam interromper ou interferir neste processo. Você, seu corpo necessita de outra rodada de focalização ou você se sente bem para parar neste ponto?

Lembre-se que você sempre pode repetir este processo, em outros momentos, seja para focalizar este mesmo problema, seja para focalizar outro problema diferente (Adaptado de Gendlin, 2006).

Observações: este é apenas um esboço da técnica de focalização visando uma maior compreensão de si mesmo. Durante o processo de focalização o facilitador vai conduzindo de forma que todos consigam fazer este “mergulho” em si mesmo e levantar alguma questão importante para ser focalizada. Podem ser usadas outras técnicas que visem a facilitar este momento de introspecção.

Cada participante será convidado, caso queira, a compartilhar com o grupo sua vivência. Discuta com os participantes o conceito de consideração positiva com o problema, com a limitação e/ou com a dor do outro. Ressalte a importância de olhar para o outro como uma pessoa com questões ou problemas particulares que afetam o seu desempenho profissional em alguns momentos, por mais que a pessoa se esforce para evitar que isto aconteça.

 

DE OLHOS BEM FECHADOS

Solicite aos participantes que formem duplas, vende os olhos de um dos integrantes de cada dupla e peça para que o outro integrante conduza o colega que está com os olhos vendados pelo ambiente, explorando o ambiente, tocando nos objetos, plantas, outras pessoas, enfim, ajudando ele a perceber e (re) conhecer o ambiente físico e humano à sua volta. Inverta os papéis, vende o outro integrante da dupla e peça para que o outro colega o conduza. Discuta e desenvolva com os participantes os conceitos de fragilidade e vulnerabilidade, além da associar os sentimentos de medo e confiança que surgirem.

 

UM POR TODOS, TODOS POR UM

Solicite aos participantes que formem duplas. As duplas serão numeradas. Cada participante será “amarrado” no colega com o qual está fazendo a dupla e eles terão um tempo de 5 minutos para tentar se desvencilhar um do outro, sem cortar ou arrebentar o cordão. Antes disto, cada dupla sorteará uma orientação quanto à atitude a ser tomada ao longo da dinâmica. As orientações são as seguintes:

  • Dupla número 1: se vocês conseguirem se soltar deverão decidir se contam ou não para a dupla número 2 como devem fazer para se soltar. A dupla número 3 não deverá ser informada. Caso não consigam se soltar a facilitadora contará como fazer para se soltar e vocês deverão tomar a mesma decisão de repassar ou não para a dupla número 2.
  • Dupla número 2: se vocês conseguirem ou forem orientados de como se soltar deverão manter silêncio sobre a forma como fizeram isto.
  • Dupla número 3: se vocês conseguirem se soltar deverão manter silêncio sobre a forma como conseguiram. Apenas a dupla número 3 ficará até o final da dinâmica sem a informação e, caso não consiga por si mesma, ficará presa. Havendo um número maior de pessoas, e consequentemente de duplas, é importante preservar as seguintes orientações: uma dupla que decidirá se informará ou não como se soltar às outras e pelo menos uma dupla que ficará sem a informação, contando só com os próprios recursos. Solicite aos integrantes que compartilhem com o grupo os pensamentos e sentimentos vivenciados nas diferentes situações; como se sentiram em relação à facilitadora que passou a informação só para uma dupla; como se sentiram ao tomar a decisão de contar ou não; como se sentiram sendo ajudados pela facilitadora ou pela outra dupla e como se sentiram ao perceberem que foram os únicos a não ser informados e a não receber ajuda. Discuta com os participantes se concordaram com as regras estabelecidas e se não, qual atitude tomaram ou gostariam de ter tomado diante disto. Discuta com os participantes a importância de repassar e receber a informação certa e na hora adequada.

 

DINÂMICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE

Vanessa Munhoz de Oliveira Krüger; Ivete Palmira Sanson Zagonel

Várias tendências pedagógicas são utilizadas pelo enfermeiro no desempenho das ações educativas, as quais refletem sua visão de mundo, sua vinculação com processos sociais, políticos e históricos, enfim, sua postura frente ao uso do conhecimento e divisão do saber, demonstrando claramente, na ação educativa, sua ideologia (KOHLRAUSCH; ROSA, 1999).

Libâneo (apud KOHLRAUSCH; ROSA, 1999), explicita que existem duas tendências pedagógicas: a liberal e a progressista. A pedagogia liberal fundamenta-se na ideia de que a escola tem a função de preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, conforme as aptidões individuais, justificando o modelo capitalista, pois este defende a liberdade e os interesses individuais. Na pedagogia progressista, aparece a análise crítica das realidades sociais, onde as finalidades sócio-políticas da educação ficam implícitas. Essa pedagogia pressupõe que, a partir de temas geradores, problematizadores, pertencentes ao cotidiano dos clientes, seja alcançado um nível de conscientização que leve à transformação social. A tendência pedagógica progressista foi a que mais esteve presente no trabalho com a equipe de enfermagem do AC (Unidade de Alojamento Conjunto), pois esta se presta para a educação não formal, a qual era o meu objetivo nesses encontros, pois não havia o intuito de “ensinar alguma coisa”, mas de discutir o cuidado prestado às puérperas levando em consideração sua cultura. Para proceder aos registros da prática educativa, optei em realizar anotações em um diário de campo, descrevendo os seguintes itens: dia do encontro, tipo de dinâmica, número de participantes, grau de interesse dos participantes, percepções pessoais, motivação e aproveitamento. Não utilizei o gravador em um primeiro momento, sendo utilizado na última fase do trabalho, pois o mesmo causava constrangimento, inibindo as expressões espontâneas das participantes. Os encontros ocorreram no mês de outubro de 2000. Pelas especificidades da escala de trabalho necessitei repetir as dinâmicas educativas e a temática abordada três vezes, percorrendo todos os turnos. Não foi possível a participação de todos os funcionários, devido à mudança de plantões, equipes que já haviam participado ou equipe reduzida por ausências de pessoal naquele turno. O primeiro encontro com o grupo A contou com 7 participantes, grupo B com 6 participantes. Não ocorreu o encontro com o grupo C, não compareceu nenhum membro da equipe ao encontro, pois se encontravam bastante ocupados devido às muitas trocas de plantões. Apresentei alguns conceitos da teoria do cuidado cultural e discutimos a sua aplicabilidade.

A dinâmica realizada foi a do “Jogo das Aparências”, que tem como principal objetivo demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem na comunicação. Foi entregue para cada uma das participantes um balão e um pedaço pequeno de papel em branco, em que cada participante escrevia três características pessoais de maneira que a partir dessas características ela pudesse ser identificada pelos outros participantes. Este papel foi colocado dentro do balão o qual foi cheio. Todos os participantes jogaram seus balões para cima ao som de uma música animada e quando a música parou cada participante pegou o balão que estivesse mais próximo e o estourou. Cada um leu o papel que continha dentro dos balões e tentou identificar qual era a pessoa que apresentava as características descritas. As pessoas cujas características foram sendo reveladas se apresentavam ao grupo explicando o porquê das características. O grupo A mostrou-se descontraído, embora alguns participantes estivessem um pouco receosos no início. O grupo B foi menos receptivo à temática abordada e participou menos na dinâmica. Ao final da realização da dinâmica, surgiram as seguintes colocações: “Foi bastante interessante…gostei!” (Cravo – Grupo A) “Isso ajuda a conhecer melhor as pessoas. Coisas que a gente acha que sabia sobre a outra e não é bem assim!” (Margarida – Grupo A) “É divertido”. (Rosa – Grupo A) “É engraçado falar da gente… mas faz bem para se conhecer.” (Girassol – Grupo B) “Bom pra se conhecer melhor, as vezes não é o que parece.” (Violeta – Grupo B) No segundo encontro a dinâmica utilizada foi “Lição dos Gansos” cujo principal objetivo é vivenciar o espírito de grupo. Os participantes de cada grupo, neste encontro foram divididos em dois subgrupos, e foram distribuídas cópias do texto Lição dos Gansos, o qual fala do comportamento dos gansos em seus bandos. Os subgrupos tiveram um tempo aproximado de sete minutos para refletirem acerca das lições que poderiam ser extraídas de cada item do texto e estabeleceram associações com as relações humanas anotando-as no papel nos espaços destinados. Cada subgrupo leu a folha, discutiu e anotou as conclusões do grupo. Entreguei aos grupos, então, um texto já com as analogias feitas, próprias da dinâmica. Houve uma discussão dos principais pontos abordados e as relações estabelecidas com as analogias: Até que ponto buscam a mesma direção? Que tipo de relacionamentos estabelecem com quem os lideram? O grupo A teve 4 participantes, o B 5 participantes e o C 4 participantes. A temática abordada foi “tópicos sobre amamentação com o enfoque na perspectiva cultural do cuidado”. Os grupos A e B estavam bastante receptivos e participativos, enquanto que o grupo C, por não ter realizado o primeiro encontro, estava desmotivado, não demonstrava muito interesse e foi pouco participativo. O tema gerou muitas colocações e as participantes puderam expor suas opiniões, as quais, muitas vezes, divergiam da prática imposta pelo hospital, isto é, o saber científico colidindo com o saber popular. Inicialmente a equipe A estava bastante apreensiva sobre o que eu traria para elas nesse encontro: “O que é que você trouxe hoje para nós? Vai ter bexiga novamente? Foi bastante divertido, isso faz bem…” (Cravo – Grupo A) “Vamos falar do quê hoje? Vai ter alguma brincadeira? (Margarida – Grupo A)

A dinâmica “Lição dos Gansos” foi impactante para os grupos A e B levando as participantes a avaliarem e refletirem suas posições e atitudes na equipe, o companheirismo e a motivação. Resgataram a questão da cultura individual na prestação do cuidado à puérpera, bem como os mitos, crenças e tabus que são próprios da amamentação, questionando a importância do profissional em saber se colocar perante a cliente fazendo com que esta possa acreditar no cuidado e nas informações prestadas, como pode ser visto a seguir: “Sabe, é muito bom a gente falar dessas coisas, de vez em quando a gente tem que parar e discutir algumas coisas erradas da equipe, como hoje foi feito, porque se não for feito vai virando uma bola de neve e depois não tem jeito”. (Cravo – Grupo A) “É muito importante discutir com a equipe a forma como a gente está agindo uma com a outra, temos que trabalhar unidas, e estar ajudando uma a outra, como diz ali nos gansos. Isso é muito importante, pois às vezes a gente tá com problemas em casa e aqui no hospital a gente não consegue render igual, então é muito bom ter uma amiga que entenda e te ajude!”. (Margarida – Grupo A) “Essa questão da cultura é bem importante, principalmente na amamentação onde sempre tem alguém da família dando palpite”. (Begônia – Grupo B) “A gente tem que adquirir a confiança da paciente pra ela acreditar que o que a gente está falando está certo, por isso que é importante saber se o que ela sabe sobre a amamentação tá certo ou errado. E também não dá pra chegar mandando, às vezes já é o quinto, sexto filho e ela sempre fez daquele jeito, quem sou eu pra dizer o contrário, se não fizer mal, então…” (Dália – Grupo B) “Seria muito bom se a gente trabalhasse como os gansos, pena que não é bem assim…” (Copo-de-leite – Grupo C) “Com tanto trabalho a gente tem que fazer o que dá e pronto, nem dá pra pensar muito.” (Jasmim – Grupo C) Com relação ao grupo C, percebi que este grupo parecia não ter entendido a importância deste trabalho para mim e que elas também não entenderam a importância do mesmo para elas. Nas semanas seguintes cheguei à conclusão de que não havia mais possibilidade de continuar as reuniões com o grupo C, mas mesmo assim, sempre havia alguém deste grupo participando nas outras equipes devido às muitas trocas de plantões. No terceiro encontro discutimos a técnica do banho do RN (Recém nascido) na perspectiva cultural do cuidado e a dinâmica realizada foi “Valorizando as Qualidades”. Apenas os grupos A e B participaram, cada um com seis participantes. A dinâmica tem como principais objetivos identificar aspectos qualitativos das pessoas envolvidas por meio da observação e promover a autoestima. Foi entregue para cada participante uma folha de papel em branco e o grupo formou um círculo onde todos podiam observar os outros. Foi feito um comentário que no cotidiano as pessoas têm a tendência de observar com mais rigor os defeitos e menos as qualidades das pessoas com as quais se relacionam. Solicitou-se que observassem os colegas e que cada um colocasse seu nome na folha e em seguida a folha foi passada para a pessoa à direita o qual colocava uma ou mais qualidades do colega, identificando-se ou não. Depois a folha foi sendo dobrada (tipo sanfona) e passada adiante para a próxima pessoa à direita, repetindo o processo até que a folha chegasse ao seu dono. Ao final cada participante pôde ler suas qualidades o que gerou surpresas positivas, estreitando inclusive os relacionamentos e favorecendo a autoestima. Questionamos a necessidade de padronização da técnica pela equipe, pois muitas profissionais a realizam de diferentes formas gerando dúvidas nas puérperas, bem como a necessidade de uma abordagem prévia à puérpera quando deve ser levado em consideração seus conhecimentos anteriores, sua cultura, suas crenças. O grupo A teve grande participação. “A gente não pode chegar dizendo assim: olha aqui mãezinha porque agora eu vou ensinar você a dar banho no teu bebê. Você já pensou se é o quinto filho dela, quem disse que ela não sabe dar banho?” (Cravo – Grupo A) “A gente tem que fazer a técnica do banho de forma que elas vão fazer igual em casa, se não elas chegam em casa e fazem tudo diferente e daí não adianta nada. O melhor é saber o que elas já sabem e tentar fazer mais ou menos do jeito delas. Claro que se tiver muito errado, a gente tem que corrigir só que falando com jeitinho…” (Tulipa – Grupo A) “Eu acho que todas nós deveríamos ensinar o banho do bebê mais ou menos na mesma técnica, se não a gente dá um nó na cabeça delas”. (Margarida – Grupo A) “Seria bom que a gente fizesse tudo seguindo um técnica igual e ao mesmo tempo respeitando e aproveitando o que a mãe já sabe, com certeza ficaria bem melhor.” (Girassol – Grupo B) “Essa questão de cultura é mesmo muito importante até no banho que parece algo tão banal…” (Dália – Grupo B) Com relação à dinâmica, o grupo A teve bom aproveitamento, resgatando alguns valores pessoais, o que foi muito importante para o grupo. Observei que elas sentiram-se mais motivadas em realizar suas atividades. O grupo B recebeu muito bem a dinâmica, considerando importante resgatar seus valores. “É tão bom saber as nossas qualidades. Hoje em dia as pessoas só apontam nossos defeitos. Vou até trabalhar melhor hoje”. (Margarida – Grupo A) “Acho bom saber o que as pessoas pensam de mim, faz bem para o ego da gente!”. (Cravo – grupo A) “Sabe que é muito bom você aqui, você sempre traz coisas novas, a gente precisa sair dessa mesmice. Estou achando muito legal esse teu trabalho com a gente. Espero que se uma outra amiga tua vier aqui também traga coisas novas”. (Violeta – Grupo B) “No fundo a gente já sabe o que tem que fazer, mas de vez em quando é bom a gente reavaliar nossas atitudes e mudar aquilo que não estamos fazendo direito.” (Dália – Grupo B).

O último encontro abordou as modificações do organismo feminino no puerpério com o enfoque na perspectiva cultural do cuidado e a dinâmica realizada foi a do “Bombom” que tem como principal objetivo fortalecer a autoestima através do enaltecimento das qualidades do indivíduo. Foi solicitado que cada participante escolhesse um ou mais bombons da caixa e que o entregasse a um outro integrante do grupo explicando o porquê da escolha: por afinidade, reconciliação, por tentativa de aproximação ou outro motivo. A pessoa que recebeu o bombom realizou o mesmo processo dando continuidade à dinâmica. Os grupos reagiram bem à dinâmica demonstrando satisfação e contentamento como pode ser observado nas seguintes falas: “Além de receber um bombom pra adoçar a vida a gente ainda recebe elogios!” (Tulipa – Grupo A) “É bom pra ver se a gente consegue ficar mais unida, sem contar, é claro, com um bombom que é muito gostoso! (Begônia – Grupo B). Nesse encontro encerraram-se as atividades com a equipe de enfermagem, momento em que agradeci a disponibilidade e a participação de todos, ressaltando o quanto havia sido importante compartilhar ideias, os conhecimentos, as experiências e a convivência grupal. Para melhor registrar suas percepções a respeito de todo o trabalho de desenvolvimento das dinâmicas educativas, ocorridas nos diferentes encontros com os três grupos, formulei um instrumento composto de cinco questões abertas, que enfocavam suas percepções e avaliações. Utilizou-se um mini-gravador. As questões foram respondidas por 6 participantes do estudo, uma vez que as outras cinco optaram em não responder o questionário. Cito algumas das respostas obtidas: “Eu procuro aplicar os conceitos aprendidos, respeitando a cultura das pacientes”. (Rosa – Grupo A) “A gente tem que respeitar aquilo que a pessoa já sabe”. (Margarida – Grupo A) “A gente tem que se fazer entender pelas pacientes, entrar na cultura.” (Girassol – Grupo B) “Eu tô procurando melhorar, não adianta falar muito numa linguagem que a mãe não entenda, é melhor falar menos e ela entender e buscar saber o que ela já sabe porque às vezes é até melhor pra gente”. (Cravo – Grupo A) “Teve sucesso porque muitas não respeitavam a cultura da paciente e agora tentam fazer diferente”. (Rosa – Grupo A) “Pena que não deu muito certo o nosso grupo, mas eu acredito que se a gente entender um pouco mais essa questão da cultura das nossas pacientes a gente pode cuidar bem melhor e fazer com que elas fiquem mais satisfeitas”. (Copo-de-leite – Grupo C).

De acordo com esses depoimentos percebe-se a importância que a equipe atribuiu à cultura das puérperas, mostrando a necessidade de desvendar os conhecimentos, crenças e valores das clientes para que, desta forma, ocorram trocas de conhecimento popular e profissional. O cuidado cultural, então entendido pela equipe de enfermagem, demonstrou a importância de serem desenvolvidos cuidados que sejam culturalmente congruentes, desempenhando seus papéis de acordo com suas próprias expectativas e também com as expectativas das puérperas, procurando a manutenção, acomodação ou reorganização dos cuidados desenvolvidos durante o puerpério. A equipe foi unânime em responder que existe aplicabilidade dos conceitos discutidos, e que esta aplicabilidade se dá principalmente nas palestras sobre o aleitamento materno realizadas na Unidade de AC, momento em que as puérperas podem expor suas dúvidas, crenças e valores oportunizando socializar os conhecimentos e detectar os mitos e tabus que podem interferir no cuidado de qualidade. Para a equipe esse é um momento muito importante, onde podem atuar respeitando a cultura das clientes e ao mesmo tempo trabalhando com o modelo proposto por Leininger: manutenção ou preservação, acomodação ou negociação e remodelação ou reestruturação do cuidado cultural. Houve também demonstrações negativas do aproveitamento dos encontros: “Os conceitos até são aplicáveis mas,na prática, não é bem assim…” (Girassol – grupo B) “É…até que foi importante, mas sei lá…” (Violeta – Grupo B) ”A gente discute, a gente fala, mas não é bem assim”. (Begônia – Grupo B) “Falta tempo e motivação, nem tudo é tão bom como deveria.” (Copo-de-leite – Grupo C). Em relação ao relacionamento intergrupal, muitos aspectos positivos foram enfatizados e a equipe demonstrou bastante aceitação e aproveitamento. “Ajuda a entender as colegas. Você se valoriza porque descobre a forma como elas te enxergam, e também dá oportunidade de saber o que a gente faz de errado e tentar consertar”. (Margarida – Grupo A) “As atividades foram ótimas, é legal para se conhecer melhor, saber entender as atitudes de algumas”. (Girassol – Grupo B) “Espero que todas que passarem pela maternidade façam isso que você fez com a gente porque é bom. Fica assim um ambiente alegre, descontraído, a gente pode falar alguma coisa no papel ou em palavras…Como eu disse pra você, que no começo eu achava você uma chata e hoje eu já tenho uma outra visão tua e isso vem do conhecimento e da convivência, a gente vai aprendendo a conhecer as pessoas e como você falou a gente não pode julgar ninguém antes de conhecer, mas agora eu adoro você.” (Cravo – Grupo A) “Acho que é muito importante e já é um começo, mesmo que ainda tenha muita coisa pra mudar.” (Crisântemo – Grupo C) Surgiram também nos encontros algumas dificuldades enfrentadas pelo grupo no que diz respeito às relações de trabalho. Assim foi possível viver as diferenças e divergências sem que isso significasse ruptura ou desagregação, pois, de acordo com Mailihot (apud SAEKI et al, 1999, p. 345), o ser humano, qualquer que seja seu grau de socialização, deve libertar-se desta falsa obsessão de que só aqueles que nos parecem semelhantes nos são próximos e que para serem fraternais conosco, os outros devem ser idênticos a nós.

Fonte: Recorte da pesquisa: Dinâmicas educativas junto à equipe de enfermagem sob a perspectiva cultural de cuidado à puérpera. Disponível em: <file:///C:/Users/Mayre%202/Downloads/32550-119569-1-PB.pdf>. Acesso em: 02 mar. 2017.

 

A ESCADA

Objetivo: auxiliar os adolescentes a identificarem e refletirem sobre seus valores de vida.

Duração: 30 minutos.

Material: sala ampla, folhas de papel sulfite, pincéis atômicos, fita crepe.

Desenvolvimento:

O facilitador solicitará aos participantes que caminhem pela sala e pensem sobre “O que é mais importante na sua vida”?

O facilitador pedirá a cada adolescente que pegue 1 folha de papel e 1 pincel atômico.

O facilitador pedirá que a folha seja dividida em 3 partes, no sentido do comprimento.

A seguir, o facilitador pedirá que, em cada tira de papel, seja escrita uma palavra que corresponda a um valor da vida do adolescente.

Enquanto isso, o facilitador marcará no chão da sala, com fita-crepe, 3 degraus de uma escada.

Certificando-se de que todos terminaram, o facilitador pede que cada adolescente que vá até os degraus e coloque uma tira com a palavra escrita em cada degrau, em ordem decrescente de importância.

Sugestões para reflexão:

  • No início da dinâmica, foi difícil detectar os principais valores? Deu branco?
  • Que valores aparecem mais? Que tipos de valores são?
  • Por que eles não estão na mesma escala da prioridade?
  • Durante nossa vida, esses valores de vida e a prevenção?
  • Qual a relação entre os valores de vida e a prevenção?
  • Resultado esperado: Os participantes terão um melhor entendimento sobre os próprios valores de vida e sobre a diversidade de valores de outras pessoas.

 

A TRILHA

Objetivo: auxiliar o aluno a vivenciar a prática da solidariedade e resgatar o compromisso com o outro.

Duração: 30 minutos.

Material: sala ampla,  aparelho de som, CD, sapatos dos participantes e música “Countdown” (instrumental), de preferência, ou qualquer outra música instrumental.

Desenvolvimento:

O facilitador comentará com o grupo se eles conhecem “ditos populares” e colocará para os participantes os seguintes ditados: “Tem pedra no meu sapato”, “Isto é uma pedra no meu sapato”, ou “Tem uma pedra no meu caminho”.

O facilitador pedirá para os participantes comentarem sobre o ditado.

O facilitador solicitará aos participantes que tirem os seus sapatos e que com eles façam uma trilha (um sapato de frente para o outro) no centro da sala.

Divide-se o grupo em dois grupos menores, que se posicionam cada um nas pontas da trilha.

Explique o jogo:

No centro da sala temos uma trilha de um lado, e temos uma montanha, e do outro um precipício (desfiladeiro ou abismo). O facilitador dá o código de jogo:

Vocês deverão passar na trilha (nos sapatos) sem cair. Isso vale para os dois grupos. Após feitas as combinações, os grupos fazem a sua passagem, um de cada vez.

O facilitador lembra ao grupo que essa caminhada é fácil e que a vida não é bem assim, pois nos encontramos com outros, no sentido contrário, no cotidiano. Sendo assim, o facilitador dá o código.

Os grupos passarão, ao mesmo tempo, pela trilha. Inicia-se a caminhada com música de fundo. O facilitador estimula o grupo, sugerindo a solicitação de ajuda ao companheiro, possibilidade de dar as mãos, cuidado, calma, reflexão, sem pressa, etc. Olhe a trilha, olhe o seu companheiro, olhe o outro que cruza por você. Perceba o outro!

Sugestões para reflexão:

  • O que é a trilha?
  • Houve pedido de ajuda? Você ajudou sem preconceito?
  • Falem sobre a solidariedade.
  • Quando se respeita ao outro?
  • Quais os sentimentos evidenciados pelo grupo?

Resultados esperados: ter tido a oportunidade de vivenciar a prática da solidariedade e o resgate do compromisso com o outro.

 

ESCOLHA CUIDADOSAMENTE SUAS PALAVRAS

Objetivo: ensinar aos adolescentes a expressarem os pensamentos e sentimentos através do uso de frases que permitem uma boa comunicação.

Duração: 30 a 40 minutos.

Material: cópia da ficha de trabalho da atividade “Escolha cuidadosamente suas palavras”.

Desenvolvimento:

Explique que a comunicação de nossos sentimentos pode ser difícil quando está associada a emoções sensíveis como o medo, a raiva e os ciúmes. Muitas vezes a comunicação é expressa de forma acusatória e agressiva. Uma maneira de evitar isso é iniciar as frases com o pronome “eu”, expressando-se de forma clara e eufônica, sem ofender ou ameaçar o outro.

Depois de fazer uma breve introdução, distribua a Ficha de Trabalho.

Explique que ao iniciar uma frase com “eu”, “eu gostaria”, “eu sinto” ou “eu penso”, estará evitando a possibilidade de culpar ou agredir alguém, o que facilitará a expressão de seus sentimentos, mais diretamente.

Certifique-se de que o grupo entende o sentimento de começar as frases com “eu”. Dê exemplos.

Em seguida, peça ao grupo que elabore esse tipo de frase (ou declaração pessoal) no lugar das que aparecem na Ficha de Trabalho.

Dê 15 a 20 minutos para a atividade. Ao terminarem, peça a voluntários que leiam as suas frases.

Discuta o exercício com o grupo.

Sugestões para reflexão:

  • O que você acha da diferença entre as frases originais e as iniciadas com “eu”?
  • Como o receptor sentiria os dois tipos de oração?
  • Pense em algumas situações em que orações iniciadas com “eu” poderiam ter melhorado a comunicação.

Atividades opcionais:

  • Utilize as frases da Ficha de Trabalho e peça que os participantes dramatizem situações com
    possíveis respostas.
  • Como tarefa, peça aos participantes que se concentrem na comunicação das relações familiares e que ponham em prática a comunicação iniciada com “eu”.
Ficha de Trabalho – Escolha cuidadosamente suas Palavras
1. Você nunca me visita (ou me telefona).

ex: “Eu gostaria de que você me visitasse (ou telefonasse) mais vezes.”

2. Você sempre chega tarde.

3. Essa é uma ideia estúpida.

4. Ninguém neste lugar aprecia meu trabalho.

5. Você sempre me ignora quando saímos.

6. Não grite comigo!

7. Você não devia fazer isso.

8. Ninguém me entende neste grupo.

TEXTOS PARA REFLEXÃO

A PRÁTICA DA ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Quando se fala sobre educação em saúde pode-se discorrer sobre diversas ações que possibilitam que o bem-estar seja preservado. Na enfermagem, principalmente, o objetivo é construir e formar uma consciência de que hábitos saudáveis podem promover uma qualidade de vida melhor, consequentemente conservar um estado bom de saúde.

No Brasil, a educação em saúde se divide em dois grupos. O primeiro, diz respeito às medidas preventivas e curativas e ao enfrentamento de doenças, com objetivo de proporcionar saúde. O segundo grupo abrange estratégias de promoção da saúde com o objetivo de construção social dela e do bem-estar de cada paciente.

A enfermagem atua em educação em saúde como ponte para promoção da saúde de cada paciente, seja cuidando de um enfermo, seja proporcionando subsídios para que sua equipe possa atuar permanentemente. O processo de cuidar está embasado na compreensão da educação em saúde, por essa razão o papel do profissional de enfermagem na individualidade, humanização e respeito por cada envolvido no processo é, além de essencial, um facilitador nas tomadas de decisões.

O profissional de enfermagem pode ser o principal representante no auxílio ao paciente que recebe o diagnóstico de alguma patologia. Somos responsáveis por proporcionar àquela pessoa uma adaptação à doença, prevenção de agravos e complicações, bem como o cuidado e aplicação da terapêutica prescrita pelo médico. O profissional de enfermagem ainda deve estar seguro e exercer suas habilidade e competências na tomada de decisão em novas situações. Essas atitudes fazem parte da promoção da saúde, evitando riscos a ela e prevenindo doenças e suas complicações.

Fontes: Especialização em Saúde Pública, O Papel do Enfermeiro como Educador. Disponível em: https://www.ibacbrasil.com/noticias/enfermagem/a-pratica-da-enfermagem-na-educacao-em-saude>. Acesso em; 02 mar. 2017.

 

CAPACETE CONTRA LESÕES NO CÉREBRO DE BEBÊS É PREMIADO

Regina Castro (CCS/Fiocruz) e Gardênia Vargas (CDTS/Fiocruz)

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz desenvolveram um dispositivo capaz de interromper lesões cerebrais em recém-nascidos com falta de oxigênio. O problema, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é responsável pela morte de quatro milhões de bebês todos os anos. O invento é uma lâmina que, rapidamente, se torna um capacete flexível, resfriando o local da lesão cerebral, interrompendo o aumento de temperatura local e o progresso de lesões no cérebro de recém-nascidos que têm asfixia. Assim evita processos irreversíveis ou até a morte.

O equipamento armazena um gás que permite ao cérebro continuar funcionando normalmente. O tratamento pode durar até quatro horas, tempo para que a criança possa chegar ao hospital. O dispositivo é indicado para resfriar o cérebro de recém-nascido em situação de risco, contribuindo para evitar mortes por asfixia em crianças nascidas de partos em situação inadequada. Também pode ser um diferencial em regiões com rede de saúde precária.

O resfriamento do cérebro é uma técnica existente no mundo inteiro, informa o pesquisador da Fiocruz Renato Rozental, especialista em neurociências e neurologia do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), que lidera os estudos. A inovação do capacete flexível, esclarece ele, está na facilidade: pequeno e leve, o aparelho pode ser levado para qualquer lugar, e no fato de que independe de energia elétrica, baterias ou água corrente.

“Poderá ser usado até nas maternidades. Hoje o recém-nascido em situação de risco tem o corpo todo submetido a baixas temperaturas, o que pode desencadear arritmias cardíacas e disfunções de coagulação sanguínea. Com o aparelho, o tratamento pode ser localizado apenas na cabeça. No momento, o invento depende de financiamento para chegar ao mercado.  Mas, com apoio, teremos esse aparelho à disposição do SUS em dois anos”, afirmou Rozental.

O prêmio

Selecionado entre 750 projetos de 78 países, a iniciativa trouxe para a UFRJ e a Fiocruz o diploma de reconhecimento científico da inovação tecnológica. O dispositivo ganhou o prêmio de voto popular no Saving Lives at Birth: A Grand Challenge for Development, em Washington, do consórcio composto pela Fundação Bill & Melinda Gates, US AID, UK AID, Grand Challenges Canada, Coreia e Banco Mundial.

O concurso seleciona candidatos de diversos países com o objetivo de melhorar as condições de atendimento materno-fetal em regiões desprovidas de assistência médico-hospitalar e recursos básicos de infraestrutura. Este ano, 49 candidatos foram selecionados, de universidades e centros técnicos de renome internacional, como Harvard, Yale, Cornell, Oxford e Massachusetts General Hospital, entre outros. O consórcio estimula o desafio de encontrar ferramentas e abordagens necessárias para apoiar mães e neonatos no momento mais vulnerável dos dois: o trabalho de parto em regiões carentes.

Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/capacete-contra-lesoes-no-cerebro-de-bebes-e-premiado>. Acesso em 02 mar. 2017.

 

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE

Ivonilde Viana Silva

Resumo

Descrever o papel do enfermeiro permite ao Docente na área de enfermagem entender de que maneira pode aplicar melhor o seu papel seja na área hospitalar, dentro de uma sala de aula e perante a sociedade. Assim, ampliando sua ética profissional, também é uma forma que permite que os alunos tanto os auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e os graduados em enfermagem possam entender melhor o papel do enfermeiro e sua função perante a enfermagem e a sociedade. O presente estudo objetivou realizar uma revisão bibliográfica sobre a importância em Educação em Saúde e o papel do enfermeiro educador.

Introdução
O ensino de Enfermagem, frente às novas propostas e diretrizes curriculares, caracteriza-se por apresentar desafios cruciais, considerando que se dá tanto em nível de sala de aula e laboratório, quanto em nível de prática, nas instituições de saúde (WALDOW, 2009).
A enfermagem é uma arte de cuidar e a ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe, atividades de promoção, proteção, prevenção, reabilitação e recuperação da saúde. O cuidar em enfermagem tem um sentido amplo, onde envolve o estado de saúde, de doença e continua mesmo após a morte (ROCHA, ALMEIDA, 2000).
O desenvolvimento da profissão tem uma longa e importante trajetória, iniciada por Nightingale, que preconizava as observações sistemáticas do individuo e do ambiente como forma de desenvolver o conhecimento dos fatores que promovem o restabelecimento da saúde (CUNHA, 2002).
A educação e saúde no Brasil tem sofrido uma serie de transformação de cunho político e social, onde a Constituição Federal programou a saúde como direito de todos e dever do estado, antes oferecido pelo estado para quem tinha trabalho com carteira assinada e outros apenas como um favor. Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), todos os cidadãos passam a ter acesso a atendimento básico de saúde, partindo do principio de universalidade, equidade, integralidade, hierarquização e controle social, apresentando uma característica de atuação inter e multidisciplinar (OLIVEIRA, ANDRADE, RIBEIRO, 2009). No Brasil, o enfermeiro é um profissional de nível superior da área da saúde, responsável inicialmente pela promoção, prevenção na recuperação da saúde dos indivíduos, dentro de sua comunidade. O enfermeiro é um profissional preparado para atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial. Na área educacional, exercendo a função de professores – mestre, preparando e acompanhando futuros profissionais de nível médio a nível superior. Dentro da enfermagem encontramos o auxiliar de enfermagem (nível fundamental) e o técnico de enfermagem (nível médio) ambos são confundidos com enfermeiros, porém, cada um possui suas funções distintas, com qualificações especificas.  A enfermagem passou a ser vista como processo, interação e relação entre dois seres humanos, para o desenvolvimento de um currículo integrado o incentivo á pesquisa se tornou imprescindível. Hoje o cuidado a saúde requer um enfermeiro que influencie positivamente sua equipe com valores humanísticos, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento da criatividade e do intelecto pela pratica e pela pesquisa, promovendo a sua satisfação no cuidado ao paciente (CUNHA, 2002).
A educação tem um papel essencial na construção do futuro da enfermagem, sendo primordial na preparação de profissionais, desse modo enfermeiros educador devem continuamente examinar e desenvolver o conteúdo já existente e introduzir novas metas, conteúdos e métodos de ensino que alcancem as necessidades das pessoas a quem servem (ZANOTTI, 1996; SILVA, 2004).
O docente enfermeiro como integrante de uma equipe multidisciplinar, em uma ação educativa seja ela individual, em grupo ou em massa deve se programar e preparar recursos diversos, tal como uma abordagem unificada e coerente para que se sintam respeitados e participativos nas ações de melhoria da qualidade de vida (ZANOTTI, 1996; SILVA, 2004). Segundo Waldow (2009), o cuidado é entendido como uma maneira de ser e de se relacionar, compreendendo o aspecto moral e a ética da profissão de enfermagem. As propostas de uma educação focando em currículos e ensino com abordagens mais humanistas privilegiam o cuidado, cujo cuidar no mundo de hoje, é um desafio, portanto educar para o cuidado também é. Este artigo em forma de revisão bibliográfica tem por objetivo identificar as competências do enfermeiro docente para a educação e sociedade, bem como oferecer subsídios para uma reflexão das ações dos enfermeiros como educadores em saúde. Educação em Saúde. Ao longo do tempo, educação em saúde trouxe em sua prática uma influencia das ações médicas, focalizada apenas na parte da doença se esquecendo de que o individuo é um todo, precisando ser atendida e mudada integrando a ciência social e as ciências da saúde envolvendo profissionais com formação distintas, num trabalho interdisciplinar, complementar e cooperativo. (OLIVEIRA, ANDRADE, RIBEIRO, 2009). A educação em saúde é um campo multifacetado, para o qual convergem diversas concepções, das áreas tanto da educação, quanto da saúde, as quais espelham diferentes compreensões do mundo, demarcadas por distintas posições político-filosóficas sobre o homem e a sociedade. Dessa forma, ao conceito de educação em saúde se sobrepõe o conceito de promoção da saúde, como uma definição mais ampla de um processo que abrange a participação de toda a população no contexto de sua vida cotidiana e não apenas das pessoas sob-risco de adoecer. Essa noção está baseada em um conceito de saúde ampliado, considerado como um estado positivo e dinâmico de busca de bem-estar, que integra os aspectos físico e mental (ausência de doença), ambiental (ajustamento ao ambiente), pessoal/emocional (auto-realização pessoal e afetiva) e sócio-ecológico comprometimento com a igualdade social e com a preservação da natureza. (SCHALL; STRUCHINER, 1999; PEREIRA, 2003).

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação. Disponível em:<https://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/21586/educacao-em-saude-o-papel-do-enfermeiro-como-educador-em-saude>. Acesso em: 02 mar. 2017.

 

COMPOSTAGEM NO HOSPITAL: A RECICLAGEM MAIS INTELIGENTE

Do enorme desafio que é garantir destinação e tratamento adequados aos diversos grupos de resíduos do hospital, a compostagem dos resíduos orgânicos na própria instituição é, sem dúvida, a solução mais rápida, simples, eficiente e barata de ser implantada.

Implantar e operar um sistema de compostagem no próprio hospital envolve: treinamento de muito menos colaboradores, quase nada de recursos materiais na operação e garante ZERO impacto ambiental, entre outras razões porque não envolve transporte rodoviário dos resíduos, você tem total controle sobre a real adequação do tratamento, não dependendo da confiança em terceiros, 100% do resíduo tratado é reaproveitado como adubo.

Este artigo propõe um olhar panorâmico sobre as vantagens e benefícios da implantação e operação de um sistema de compostagem no próprio hospital.

Também vamos mostrar a você quais são os primeiros passos para agregar este recurso à lista de práticas sustentáveis de seu hospital, em busca da uma relação equilibrada com o ambiente natural.

Resíduos de Serviços de Saúde e Compostagem

Segundo levantamento da Abrelpe, entre 65% e 70% dos Resíduos Sólidos de Saúde (RSS) gerados no Brasil podem ser reciclados. Quanto desse montante é composto por resíduos orgânicos vai depender das especificidades de cada estabelecimento assistencial de saúde.

É claro que nem todos os resíduos orgânicos do hospital podem ir para a compostagem. Mas dependendo do perfil do seu hospital, se ele dispõe de cozinha, seja apenas para pacientes ou também para os funcionários, com certeza a compostagem se aplica.

A própria RDC 306 da Anvisa, que regulamenta o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, prevê a compostagem de parte dos resíduos do Grupo D, como “sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resto alimentar de refeitório e resíduos de varrição, flores, podas e jardins” em seu item 13.3.2.

Compostagem: a reciclagem mais simples

Isso mesmo. A compostagem nada mais é que a reciclagem natural de um tipo específico de resíduo: o orgânico. Mas do ponto de vista da logística interna do hospital, ela é muito mais simples e efetiva que a reciclagem de papéis, plásticos etc. Sabe por que?

Os resíduos recicláveis secos são gerados por todo o hospital. Como a segregação deve ser feita já no descarte, é necessário comprar e distribuir inúmeras lixeiras coloridas pelo hospital todo. Os orgânicos a compostar são gerados apenas em locais bem específicos: cozinha, refeitório e jardim.

Os recicláveis secos são segregados pelos usuários desses materiais, ou seja, todos os colaboradores do hospital. Assim, o projeto de sensibilização (pra quê segregar e reciclar) e treinamento (como segregar) deve englobar todo o corpo de funcionários da instituição. Para a compostagem, o projeto está pronto para começar apenas treinando as equipes da nutrição, limpeza e manutenção de jardins.

Pelos dois motivos anteriores, a implantação do projeto de compostagem de resíduos orgânicos no hospital é muito mais rápida que o de coleta seletiva de resíduos recicláveis secos.

A coleta seletiva dos recicláveis secos requer carrinhos diferenciados e uma logística própria que percorre todo o prédio, enquanto que os resíduos orgânicos a compostar, continuam quase com a mesma logística, exceto que ao invés de irem para o depósito de lixo comum (ou pior: para a calçada), vão para as composteiras.

Os recicláveis secos vão de caminhão para sua destinação final longe do hospital, o que além de incrementar o impacto ambiental (uso de energia, emissão de GEE etc), dificulta o controle do gerador (hospital) sobre a qualidade da destinação e tratamento desses resíduos, preconizada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos no conceito de responsabilidade compartilhada ( lei 12.305/2010 ). Seu hospital realizando a compostagem internamente, tem total controle sobre o tratamento adequado desses resíduos e fica com os produtos dele resultantes: adubos orgânicos.

Indicadores de sustentabilidade: o que era rejeito passa a ser resíduo reciclável

Se você não está muito familiarizado com esses termos, uma explicação rápida: resíduo são todos os materiais inservíveis para o hospital, resultantes de seus processos de produção. Eles são classificados em vários grupos, ou tipos de resíduos, digamos assim.

Rejeitos são aqueles resíduos que não têm mais alternativa de reúso, reciclagem ou tratamento e vão para o aterro, esgotadas todas as possibilidades de reaproveitamento.

Entendido isso, perceba que os resíduos orgânicos do seu hospital, se não forem para a compostagem, vão direto para aterros (no Brasil, a maioria ainda são lixões) como rejeitos, contribuindo para o já conhecido impacto ambiental desses depósitos ao ar livre.

Mas se forem para a compostagem, são 100% reciclados, transformados em produtos aproveitáveis, reduzindo assim a pegada ambiental da sua instituição.

Se você olhar para o processo à distância, mesmo os resíduos secos que seu hospital encaminha orgulhosamente para reciclagem não são aproveitados de forma tão eficiente e limpa. Além do transporte, esses materiais passarão por um processo industrial para serem reciclados. Processo este que gera seus próprios resíduos, emissões e rejeitos.

Depois os produtos resultantes ainda precisarão ser distribuídos de volta para o mercado. O adubo da sua composteira não! Eles serão usados nas plantas, canteiros e jardins do próprio hospital, ou da praça em frente, ou de uma horta comunitária da vizinhança etc.

Percebeu a diferença da eficiência? 100% do resíduo é reciclado, 100% do produto final é aproveitado e ZERO se transforma em rejeito! Mudam para melhor seus indicadores de gestão de resíduos sólidos.

Tipos de compostagem

Para médios e grandes geradores, que seria o caso de um hospital, há três métodos de compostagem. Mas antes de falar deles (e que você pergunte): nenhum deles emite mau cheiro! Sério, falo porque eu mesma já pus o nariz e constatei!

Veja quais são:

Vermicompostagem em Minhocários Modulares

A compostagem com ajuda de minhocas processa os resíduos orgânicos e os transforma em composto de ótima qualidade nutricional para as plantas.

Em módulos de caixas plásticas, ocupa pouco espaço e é de manuseio muito fácil. Próprio para ambientes urbanos.

Compostagem Termofílica em Cilindros

Este sistema aceita maior variedade de resíduos orgânicos, como restos de carne e alimentos cozidos. Funciona pela ação de bactérias termofílicas que elevam a temperatura dos resíduos a 60ºC, o que elimina eventuais patógenos.

O modelo em cilindros permite melhor gestão do espaço quando há restrição de área, ideal para ambientes urbanos.

Compostagem Termofílica em Leiras

Funciona da mesma forma. O modelo em leiras é mais adequado para volumes maiores de resíduos e exige mais espaço físico: os chamados pátios de compostagem.

Qual é a mais adequado para seu Hospital?

A resposta certa é: depende. São vários fatores que determinam a melhor opção, todos muito específicos de cada instituição. Entre eles:

  • Composição dos seus resíduos orgânicos.
  • Quantidade gerada.
  • Tamanho e características da área física disponível.
  • Adaptabilidade (física, de pessoal e equipamentos) para adotar uma ou outra logística.

A forma mais garantida de avaliar isso é perguntar a quem entende. Só quem conhece a fundo a compostagem poderá avaliar em detalhes a realidade de seu hospital e fazer um bom diagnóstico, para então recomendar o método, dimensão e logística mais adequados para seu caso específico.

O diagnóstico

Após levantar todas as informações necessárias sobre seu hospital, desde recursos de espaço, pessoal, instrumental, até o tipo e quantidade de resíduo orgânico gerado, a empresa especializada deverá elaborar um diagnóstico contendo pelo menos:

Relatórios sobre a situação levantada,  justificando as sugestões de projetos viáveis, cada um com uma estimativa de custos e um roteiro da implantação do sistema: segregação, armazenamento, transbordo, compostagem, maturação do composto, embalagem e destinação final do composto (lembrando que cada passo destes pode ou não existir separadamente, a depender das especificidades do sistema proposto)

Também nos trabalhos de conscientização e treinamento com oficinas, palestras, vivências etc.

Tripé da Sustentabilidade do Hospital

Até agora só falamos dos benefícios ambientais da implantação de sistema de compostagem em seu hospital. Mas a compostagem própria também pode contribuir para os outros dois “pés” da sustentabilidade: o econômico e o social.

A depender da comunidade em que seu hospital está inserido e da relação que ele tem com ela, as composteiras poderão contribuir até com uma melhoria da qualidade da alimentação (e portanto da saúde) da sua população.

A produção de adubo orgânico poderá servir de incentivo, por exemplo, para a criação de hortas comunitárias orgânicas, que podem gerar trabalho e até renda para grupos menos favorecidos do entorno do hospital.

O mesmo pode acontecer internamente: se seu hospital dispõe de espaço, a horta pode ser dentro de seu terreno e reabastecer sua própria cozinha com alimentos orgânicos. Isso serviria também de incentivo para seus colaboradores adotarem uma alimentação mais natural e sadia.

Como você pode ver, as possibilidades são muitas e a criatividade e motivação do seu hospital saberão encontrar aquelas que melhor se moldam a sua realidade.

Agora você deve ter entendido o título deste artigo: compostar os resíduos orgânicos, seja no seu hospital ou mesmo na sua casa, é uma atitude inteligente e responsável!

Fonte: Arquiteta Ellen Hardy, pós-graduada em Administração Hospitalar. Mais de 12 anos projetando, reformando e cuidando da manutenção de hospitais de referência, hoje dedica sua experiência a ajudar hospitais e clínicas de todo o Brasil a incrementarem a funcionalidade, o humanismo e a sustentabilidade de seus edifícios. Disponível em: <https://www.hmdoctors.com/2016/compostagem-no-hospital-a-reciclagem-mais-inteligente/>. Acesso em: 02 mar. 2017.

 

 

COMPETÊNCIA CLÍNICA

Existem vinculações teóricas na construção das competências voltadas para a prática profissional na Enfermagem, atrelando-se ao conceito de pensamento crítico. Para May (1999) há correlação entre possuir habilidade de pensamento crítico e exercer a competência clínica, porque “isto significa que a prática competente depende da habilidade de pensar criticamente”.

Pensar criticamente envolve … conhecimentos e atitudes, incluindo atitudes de investigação sobre um problema identificado, a aceitação da evidência para assegurar a veracidade e o conhecimento da natureza e valor das inferências, abstrações e generalizações nos quais os tipos de evidências são mensurados, considerando a precisão e relevância para uma solução lógica (May, 1999). Destaca-se também a definição de competência clínica, como ser capaz de avaliar, planejar, implementar e evoluir o cuidado. A competência clínica, por sua vez, compreende mais que a habilidade de tomar decisões. Consiste na habilidade de unir conhecimento formal e experiência clínica, além de representar um processo de desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo. O terreno é complexo, envolve a capacidade humana de crescer intelectualmente e, na qual a estrutura de formação escolar está intimamente imbricada. Na verdade, discute-se na aplicação da competência de saber pensar, aprender a aprender e intervir de modo inovador e ético sob diferentes condições operacionais. Institucionalmente, espera-se um enfermeiro seja capaz de:

  • Responder pelo cuidado do grupo de pessoas.
  • Ser um profissional instrumentalizado para interagir em equipe.
  • Identificar e intervir em situações clínicas específicas.
  • Deter o domínio intelectual da dinâmica assistencial da unidade.
  • Reconhecer o contexto de prática.
  • Avaliar clinicamente o estado de saúde do indivíduo.
  • Utilizar uma ferramenta científica de trabalho (Processo de Enfermagem).
  • Promover o controle da evolução de patologias de natureza transmissível e crônico-degenerativa.
  • Utilizar-se do teor educativo (indivíduo/família) para o autocuidado.
  • Atender à demanda dos serviços de saúde.
  • Encaminhar a outros profissionais (caso necessário).
  • Assistir a pessoa de forma individualizada, atendendo suas necessidades sistematicamente. Espera-se, ainda, que o profissional seja capaz de:
    • superar os códigos alienados e alienantes das rotinas vigentes;
    • potencializar o patrimônio pessoal de seus sujeitos;
    • reconhecer e implementar ações que pressupõem a existência de um novo processo de formação e de atuação profissional, apto a potencializar o capital cognitivo-simbólico-afetivo dos enfermeiros, reconhecidos na sua condição de pessoas capazes de exercer sua profissão a partir de processos psicológicos superiores: o pensamento, a linguagem e o comportamento volitivo;
    • possuir condições de pensar, sentir e agir, propondo novo Projeto de Ação.

Fonte do texto: Processo de enfermagem: guia para a prática / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo; Alba Lúcia B.L. de Barros. [et al.] – São Paulo: COREN-SP, 2015 p. 19 e 20.

 

DIFERENÇAS ENTRE EVOLUÇÃO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM

Na anotação, os dados são brutos, isto é, deve-se informar o que foi realizado ou observado, de forma objetiva, clara, sem analisar os dados, fazer interpretações ou julgamentos de valor. Por exemplo: “paciente comeu arroz e feijão, mas recusou a carne e as verduras, ao invés de paciente parece não gostar de carne e verduras, ou paciente aceitou parcialmente a dieta”. Todos os membros da equipe de enfermagem fazem anotações. O enfermeiro quando executa um procedimento faz a anotação e não a evolução do paciente porque não faz uma avaliação geral, não analisa os dados, apenas os descreve. A anotação deve ser registrada no momento em que ocorreu o fato e é pontual. Anota-se o que foi realizado e/ou observado. Por exemplo: “realizada mudança de decúbito às 14h, com posicionamento em decúbito lateral esquerdo e uso de travesseiro entre as pernas”. Já na evolução, os dados são analisados, ou seja, o enfermeiro procede à entrevista e ao exame físico com o paciente, considera todas as anotações feitas pela equipe de enfermagem e de saúde desde a última avaliação realizada até aquele momento; fatos relevantes que ocorreram no período; resultados de exames laboratoriais e outros dados, comparando o estado do paciente e dados anteriores com os atuais. É importante salientar que para elaborar a evolução, quanto mais dados estiverem disponíveis, mais acurada será a análise que poderá levar à modificação do planejamento da assistência (prescrição e resultados esperados) e novos diagnósticos podem ser identificados. Portanto, é imprescindível que para a tomada de decisão, haja além da análise do que ocorreu desde a última avaliação, inclusão dos dados atuais, coletados naquele momento. Concluindo, na evolução são utilizados dados analisados, deve ser efetuada pelo enfermeiro, são referentes a um período que inclui o momento atual, consideram-se todas as fases do processo, o contexto, e é executada de forma refletida. Vale lembrar que, além do conteúdo do registro, seja ele uma anotação ou evolução, problemas apontados pela literatura tais como falta de data, hora e identificação do profissional, bem como erros, uso de terminologia incorreta ou jargões (encaminhado ao banho, paciente bem, sem queixas), rasuras, uso de corretor, letra ilegível, uso de abreviaturas e siglas não padronizadas, espaços em branco, falta de sequência lógica, devem ser evitados. Prescrições médicas ou de enfermagem não realizadas devem ser justificadas. O registro deve ser claro, conciso e objetivo. Caso os eventos registrados tenham ocorrido ao longo do turno, em diferentes horários, as anotações não devem ser efetuadas em um só momento. Por fim, quando a instituição usa o prontuário eletrônico, deve-se usar a assinatura digital  e quando não disponível, o registro deve ser impresso, datado, identificado com a categoria do profissional e número do COREN e assinado. Caso a instituição adote as classificações NNN, é atividade privativa do enfermeiro avaliar os resultados utilizando os indicadores de resultado da classificação NOC.

Maiores detalhes sobre Anotações de Enfermagem podem ser encontradas na Decisão COREN-SP – DIR/001/2000 que normatiza, no Estado de São Paulo, os princípios gerais para as ações que constituem a documentação de enfermagem. Disponível em: www.coren-sp.gov.br/node/30747.

Fonte do texto: Processo de enfermagem: guia para a prática / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo ; Alba Lúcia B.L. de Barros… [et al.] – São Paulo : COREN-SP, 2015 p. 53 e 54

 

 

REATIVOS

A Fundação Oswaldo Cruz produz kits e reagentes para diagnóstico de diversas doenças, com o objetivo de atender a programas de controle de endemias e agravos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e de doenças sexualmente transmissíveis. Esses kits são desenvolvidos em Bio-Manguinhos, unidade de produção que fica dentro de seu campus central, no Rio de Janeiro.

São eles:

NAT HIV/HCV

Complementa os testes sorológicos oferecidos nos hemocentros do país, ampliando a segurança transfusional. Utiliza uma plataforma automatizada com grande capacidade de processamento que permite analisar, ao mesmo tempo, até 552 bolsas de sangue por rotina, com alta rastreabilidade e sensibilidade para detecção do HIV (vírus da aids) e HCV (vírus da hepatite C). Desta forma, é possível detectar agentes patogênicos transmissíveis por transfusão sanguínea em períodos menores do que testes convencionais hoje utilizados nos hemocentros. O objetivo é analisar até 3,5 milhões de bolsas de sangue anualmente, cobrindo integralmente a hemorrede pública brasileira.

DPP® HIV – ½

Usado para a triagem sorológica por meio de uma gota de sangue, soro ou plasma, ou ainda fluído oral. É um método mais preciso, sensível, simples e com resultado mais rápido. São produzidos e distribuídos ao Ministério da Saúde.

Imunoblot Rápido DPP® HIV-1/2

Trata-se de um teste inovador, sem paralelo no mercado atual, que provê a confirmação da infecção pelo HIV em até 20 minutos. Este novo teste gera uma economia significativa de recursos para o Ministério da Saúde, uma vez que seu custo é cerca de cinco vezes menor que o teste tido como padrão atualmente, cuja espera pela confirmação pode chegar a um mês. O novo kit de diagnóstico é mais sensível e específico, apresentando resultados mais precisos e confiáveis. Outra vantagem é que a sua aplicação dispensa estrutura laboratorial, alcançando brasileiros que residem em regiões mais remotas, ampliando assim o acesso ao diagnóstico. O exame é distribuído pelo Ministério da Saúde aos Centros de Testagem e Aconselhamento da rede pública, desde 2011.

DPP® Sífilis

Para combater a sífilis, Bio-Manguinhos oferece um teste imunocromatográfico para a detecção de anticorpos específicos para Treponema pallidum em sangue total, soro ou plasma humano. É destinado ao uso point-of-care para auxiliar no diagnóstico da infecção, sendo o teste adequado para uso em algoritmos multitestes para avaliação estatística dos resultados de testes rápidos para sífilis. O exame oferece diversos benefícios: fácil execução em campo: dispensa equipamentos e infraestrutura laboratorial; leitura e interpretação simples: facilita o treinamento dos profissionais de saúde; diagnóstico rápido: contribui para a tomada de decisão clínica imediata quanto à necessidade de tratamento e notificação; maior sensibilidade e especificidade: possibilita tanto a triagem quanto a confirmação do status sorológico, com melhor indicação sobre a atividade da doença, o que leva ao direcionamento das ações de monitoramento e controle. Apresentações do produto: 10 ou 20 reações.

DPP® Sífilis DUO

Para auxiliar no combate a sífilis, Bio-Manguinhos oferece um produto inovador: o teste rápido com a tecnologia Dual Path Platform (DPP®) para a detecção e confirmação de anticorpos específicos para treponema pallidum. Este teste é utilizado para a triagem sorológica por meio de sangue total, soro ou plasma. Apresentação do produto: 20 reações.

DPP® Leishmaniose Visceral Canina

O teste rápido DPP® Leishmaniose Visceral Canina é o único disponível no mercado atual, oferecendo o resultado em cerca de 15 minutos. Dispensa estrutura laboratorial e equipamentos, facilitando o uso no campo. Possui uma tecnologia de alta sensibilidade, o que agrega precisão ao diagnóstico da leishmaniose visceral canina em sangue soro ou plasma. Por ser um teste de triagem, permite que apenas os casos positivos sejam levados para confirmação, desonerando, desta forma, o laboratório.

Leishmaniose canina – Elisa

O ensaio sorológico imunoenzimático Elisa é considerado um método de triagem e seus resultados são comumente expressos em reagente ou não reagente. Sua sensibilidade varia de 71 a 100% e sua especificidade entre 85 e 100%; os fatores que influenciam estas variáveis são o antígeno utilizado (bruto ou recombinante) e o protocolo padrão (tempo de incubação e tipo de microplaca utilizada). A utilização de antígeno bruto ou total limita a especificidade do Elisa propiciando reações cruzadas com outros tripanossomatídeos. Já a utilização de antígenos recombinantes, específicos do gênero Leishmania, melhora tanto a especificidade quanto a sensibilidade deste teste.

Leishmaniose humana

O ensaio sorológico de Imunofluorescência Indireta (IFI) Leishmaniose Humana segue a mesma metodologia do teste de leishmaniose canina. A IFI é diagnóstico padrão para Leishmaniose Tegumentar Americana em humanos.

DPP® Leptospirose

O teste rápido DPP® Leptospirose, da linha de reativos para diagnóstico de Bio-Manguinhos, é fundamental para as ações de diagnóstico laboratorial ou de campo dos serviços municipais de saúde, que são apoiados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Sua tecnologia permite a redução do tempo de resposta do diagnóstico laboratorial e a quantidade de procedimentos realizados, melhorando assim a qualidade final do resultado da testagem para a doença.

Helm teste

Trata-se de um teste qualitativo-quantitativo baseado na tecnologia do método Kato-Katz. O exame parasitológico permite revelar ovos de helmintos presentes nas amostras de fezes, tais como: AscarisSchistosoma, ancilostomídeosTrichurisTaenia e com menos frequência os de Enterobius e Strongyloides. O kit identifica a prevalência de enfermidade como a esquistossomose, permitindo ao Ministério da Saúde ampliar as ações de vigilância e monitoramento das doenças parasitárias, além de trabalhar na sua prevenção.

Doença de Chagas

Para detectar a presença do protozoário Trypanosoma cruzi ou T. cruzi no organismo, recomenda-se o método da IFI – imunofluorescência indireta – devido as suas características de elevada especificidade e sensibilidade e da padronização de sua execução. Este método permite identificar os anticorpos do tipo IgG, relacionados à fase crônica da doença de Chagas, e os anticorpos do tipo IgM, associados à fase aguda da doença O método da IFI também é frequentemente empregado para confirmar os resultados positivos, duvidosos ou negativos obtidos com os métodos de IHA (Inibição da Hemaglutinação) e de EIE (ensaio Elisa).

Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/reativos>. Acesso em: 02 mar. 2017.

JOGOS

EXEMPLOS DE JOGOS

Jogo Da Onda

Jogo de tabuleiro e cartas, que procura, de forma divertida, educativa e motivadora, esclarecer dúvidas e promover reflexões sobre a prevenção da Aids e sobre a dimensão social e afetiva do uso indevido de drogas, enfocando questões emocionais, familiares e pedagógicas.

Informações: Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde/

IOC zigzaids@ioc.fiocruz.br.  Tel: (21) 2562-1607

 

Célula AdentroJogo de Tabuleiro onde cada equipe é desafiada com diferentes Casos sobre a célula. Como investigadores, cada equipe deverá juntar evidências e usar sua capacidade de raciocínio e dedução para desvendar alguns dos mistérios da célula. O jogo foi desenvolvido no Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos.

https://celulaadentro.ioc.fiocruz.br/

 

Zig-Zaids
O jogo integra iniciativa da Fiocruz voltada para o desenvolvimento e avaliação de novos recursos educativos. De forma lúdica, fornece informação e estimula o debate sobre a transmissãoe prevenção do HIV/Aids, abordando aspectpos sociais e psicológicos relacionados ao tema, além de ressaltar a importância da responsabilidade individual e coletiva, do respeito e da solidariedade nesse contexto.
Informações sobre o Projeto Zig-Zaids: Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde/IOC zigzaids@ioc.fiocruz.br /  (21) 2562-1607Prospostas de Atividades, Sugestões para pais e educadores, Dicas de materiais para consulta, regras e ficha técnica.

 

QUESTIONÁRIOS

1) Idade:

2) Sexo: 1- Masculino ( ) 2- Feminino ( )

3) Período de realização do Estágio em Saúde Coletiva:

Início: Mês:____________ Ano_______

Término: Mês: _________ Ano ______

4) Instituição(ões) onde realizou o Estágio e carga horária total realizada em cada instituição: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) Se tivesse que explicar para alguém o que é Promoção de Saúde, como você explicaria? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) Se tivesse que explicar para alguém qual a relação entre Saúde Coletiva e Promoção de Saúde, como você explicaria? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7) Em sua opinião, quais as ações a serem realizadas pelo Técnico de Enfermagem que atua na área de Saúde Coletiva, em Unidades Básicas de Saúde (UBS)? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8) Entre as ações de Promoção de Saúde desenvolvidas nas UBS, por técnicos de enfermagem:

8 a) qual(is) mais desperta(m) seu interesse ? Justifique sua resposta. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8 b) qual(is) não desperta(m) seu interesse ? Justifique sua resposta. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9) Na sua opinião, o aprendizado teórico sobre Saúde Coletiva e a vivência do estágio em uma UBS contribuem para a formação do Técnico de Enfermagem:

1- muitíssimo ( ) 2- muito ( ) 3- mais ou menos ( ) 4- um pouco ( ) 5- nada ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10) Considerando sua vivência como estagiário e suas observações na UBS:

10 a) Como você definiria o nível de integração entre o conteúdo teórico e as ações desenvolvidas por estagiários técnicos de enfermagem. 1- altíssimo ( ) 2- alto ( ) 3- médio ( ) 4- baixo ( ) 5- inexistente ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10 b) Você diria que as ações desenvolvidas por estagiários técnicos de enfermagem durante o estágio de Saúde Coletiva, se caracterizaram, em sua maioria, como curativas ou preventivas ? _______________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________

10 c) Na sua opinião, por que isto ocorreu? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11) Você considera que uma boa integração entre os estagiários e a equipe da UBS é importante para a formação do Técnico de Enfermagem ? 1- Sim ( ) 2 – Não ( ) 3- Não tenho opinião ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12) Na sua opinião: quais são os fatores que podem facilitar a integração do estagiário com a equipe de Saúde na UBS? De que modo eles facilitam a integração? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12 a) quais são os fatores que podem dificultar a integração do estagiário com a equipe de Saúde na UBS? De que modo eles dificultam a integração? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13) Abaixo estão listadas atividades desenvolvidas no contexto da Atenção Básica à Saúde por estagiários técnicos de enfermagem. Assinale o nível de importância que, na sua opinião, cada uma delas tem na formação deste profissional de saúde.

13 a) visita domiciliar. 1- muitíssimo ( ) 2- muito ( ) 3- mais ou menos ( ) 4- um pouco ( ) 5- nada ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 b) atividades educativas: grupos, palestras, ações junto à comunidade 1- muitíssimo ( ) 2- muito ( ) 3- mais ou menos ( ) 4- um pouco ( ) 5- nada ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 c) participação nas imunizações de rotina e nas campanhas. 1- muitíssimo ( ) 2- muito ( ) 3- mais ou menos ( ) 4- um pouco ( ) 5- nada ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 d) participação nos programas de saúde ocupacional. 1- muitíssimo ( ) 2- muito ( ) 3- mais ou menos ( ) 4- um pouco ( ) 5- nada ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 e) participação nos casos de notificação compulsória e nas ações de vigilância epidemiológica. 1- muitíssimo ( ) 2- muito ( ) 3- mais ou menos ( ) 4- um pouco ( ) 5- nada ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 f) assistência de enfermagem em condutas terapêuticas imediatas. 1- muitíssimo ( ) 2- muito ( ) 3- mais ou menos ( ) 4- um pouco ( ) 5- nada ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 g ) discussão de casos e atuação em saúde mental. 1- muitíssimo ( ) 2- muito ( ) 93 3- mais ou menos ( ) 4- um pouco ( ) 5- nada ( ) Justifique sua resposta: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14) Na sua opinião, as ações realizadas pelos estagiários técnicos de enfermagem na UBS atendem aos princípios da atenção básica à saúde, como:

14 a) Universalidade. 1- sim ( ) 2- não ( ) 3- não sabe ( ) Como podemos observar o atendimento deste princípio? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14 b) Equidade. 1- sim ( ) 2- não ( ) 3- não sabe ( ) Como podemos observar o atendimento deste princípio? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14 c) Resolutividade. 1- sim ( ) 2- não ( ) 3- não sabe ( ) Como podemos observar o atendimento deste princípio? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14 d) Trabalho em equipe. 1- sim ( ) 2- não ( ) 3- não sabe ( ) Como podemos observar o atendimento deste princípio?  ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14 e) Adesão do paciente. 1- sim ( ) 2- não ( ) 3- não sabe ( ) Como podemos observar o atendimento deste princípio? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14 f) Atuação na prevenção/promoção de saúde. 1- sim ( ) 2- não ( ) 3- não sabe ( ) Como podemos observar o atendimento deste princípio? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14 g) Visão do paciente como ser bio-psico-social. 1- sim ( ) 2- não ( ) 3- não sabe ( ) Como podemos observar o atendimento deste princípio? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

15) Um dos pilares estruturantes do movimento da Promoção de saúde é a educação em saúde. Como você define este conceito? Dê exemplos de ações que podem ser desenvolvidas em uma UBS e nas quais a importância da educação em saúde pode ser evidenciada. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

16) Durante o estágio em Saúde Coletiva: 16a) você observou mudança na sua forma de prestar cuidados /orientações de enfermagem às pessoas atendidas na UBS? 1- sim ( ) 2- não ( ) 3- não sabe ( ) 16b) Que tipo de mudança?  __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

16 c) Na sua opinião quais fatores explicam estas mudanças ? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

17) Há algum termo usado neste questionário que você não entendeu? Se sim, Qual (quais)? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

18) Há algum comentário que você gostaria de fazer em relação aos temas deste questionário? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Mais uma vez, agradeço a sua participação.

DICIONÁRIO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE ON LINE:

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ensino traz alguns aspectos que remetem à necessidade de os docentes construírem seus objetos e seus locais de trabalho, como também à importância de estabelecer relações significativas com os alunos. O docente é um mediador, um organizador do tempo, do espaço, das atividades, dos limites, das dúvidas e das certezas do dia a dia dos educandos em seu processo de aprendizagem, diante disso, as falas mostram nitidamente a preocupação dos docentes com o contexto do processo de ensino, buscando integrar práticas inovadoras nos ambientes de aprendizagem, na sua dimensão tecnológica, cognitiva e física, proporcionando uma prática educativa, mais reflexiva, mais crítica e mais contextualizada. Ainda que o cuidado humanizado exerça um papel relevante na prática profissional de enfermagem, observa-se o privilégio que é dado aos procedimentos técnicos, criando certos rituais de procedimentos cada vez mais complexos em detrimento da valorização do sujeito na construção de um cuidado integral.

Percebe-se também uma nova forma de enxergar o aluno não como objeto, mas sim como sujeito do processo, remetendo a uma educação mais critica, mais participativa e pró-ativa. Atualmente existe uma mudança no sentido da avaliação do aluno, remetendo a uma flexibilidade e uma maturidade intelectual dos docentes, que conseguem perceber o aluno como um sujeito ativo no processo valorizando cada um, evitando rótulos, enquadramentos e resultados.

“Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos.
Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento.
Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda.
Escolhi o branco porque quero transmitir paz.
Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte saber.
Escolhi ser Enfermeira porque amo e respeito a vida!”

Florence Nightingale

Endereços – COREN-SP

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BIBLIOGRAFIA E SITES CONSULTADOS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância dos eventos adversos pós-vacinação: cartilha para trabalhadores de sala de vacinação. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

BRASIL. COREN – SP. Processo de enfermagem: guia para a prática / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo ; Alba Lúcia B.L. de Barros… [et al.] – São Paulo : COREN-SP, 2015.

COSTA, Lauriana Medeiros e. A aprendizagem na convivência: o estágio curricular em enfermagem / Lauriana Medeiros e Costa. – Natal [RN], 2008.

COSTA, Roberta Kaliny de Souza. A formação acadêmica do enfermeiro para o SUS na percepção de docentes e discentes da faculdade de enfermagem/UERN / Roberta Kaliny de Souza Costa. – Natal, [RN], 2007.

LOPES, Elisabeth de Fátima da S.  A formação das professoras enfermeiras da Escola Técnica de Enfermagem do Hospital de Clinicas de Porto Alegre e suas práticas educativas. Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul –  porto Alegre 2007

MELO, Isabel de. A ação docente na formação de técnicos de enfermagem. Isabel de Melo. – Florianópolis: UFSC/PEN, 2006.

PRADO, Rosane Aparecida do. Ressignificando a avaliação no ensino por competências em um curso Técnico de enfermagem [dissertação] / Rosane Aparecida do Prado — Florianópolis (SC): UFSC/PEN, 2007.

SANFELICE, F. A. N. Concepções e percepções sobre promoção de saúde apresentadas por alunos de um curso técnico de enfermagem do município de São José do Rio Preto – SP. 2008. 103 f. Dissertação (Mestrado em Promoção de Saúde) – Universidade de Franca, Franca.

SOUZA, Rosilene Moreira. As competências na educação profissional: implicações para o ensino e para os saberes pedagógicos dos docentes de um curso técnico em enfermagem.Campo Grande, 2006. 256p. Dissertação (Mestrado) Universidade Católica Dom Bosco.

https://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/SAE-web.pdf

https://www.passeidireto.com/arquivo/6326472/dinamica-em-grupo—comunicacao

file:///C:/Users/Mayre%202/Downloads/20140205Inovar51.pdf

https://www.corensc.gov.br/leituras-recomendadas-2/

https://www.abennacional.org.br/revista/cap6.2.html

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/formacao_pedagogica_livro_tutor_2ed.pdf

Prezado Educador

O Curso Técnico de Enfermagem – (3 volumes) obra ricamente ilustrada, organizada por uma elite de profissionais da mais alta competência, foi elaborado para atender as necessidades do curso e respeitar as diferentes grades de instituições públicas e/ou particulares. Nossa preocupação é que cada grupo de educadores em suas diferentes áreas de formação e competência possam auxiliar seus alunos fazendo uso de diferentes técnicas como trabalho em grupo, pesquisas, estudo de caso, dinâmicas, encontrar indicação dos facilitadores de aprendizagem, estudo de questões como historia da profissão, entidades de classe, legislação, ética profissional e mercado de trabalho, além das possibilidades de seminários, rodas de leituras, teatro, visitas técnicas, exposição de trabalhos, leituras práticas, reflexões, dicas de sites, jogos que possam auxiliar seu trabalho e que permitam agregar conhecimentos e informações à sua prática pedagógica. O educador escolhe a técnica que melhor se adaptar ao grupo de seus alunos e a sua realidade, pois, encontra em toda obra a mais alta tecnologia de apoio que é o QR Code. Ainda que se parecem mais com um enigma do que com um meio de transmitir rapidamente informações a dispositivos móveis, essa tecnologia inédita numa obra de enfermagem é um código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfica. Esse código, após a decodificação, passa a ser um trecho de texto, um link e/ou um link que irá redirecionar o acesso ao conteúdo publicado em algum site. No caso específico da nossa obra há desde informações, textos, links, vídeo –aulas com um primor de fidelidade a atividade que estará sendo desenvolvida em sua aula. Esse tipo de codificação permite que possam ser armazenadas uma quantidade significativa de caracteres. O educador encontrará em todos os capítulos essa ferramenta que promete agregar informações e ações importantes que farão com que se ganhe tempo para suas aulas, pois, muitas das práticas à serem vivenciadas no curso de enfermagem foram criteriosamente organizadas em espaços hospitalares de universidades para garantir a qualidade do conteúdo que está sendo desenvolvido por você educador.

Sabemos ainda, que o Manual não é o fim em si, pois, o profissional atual e experiente têm conhecimento sobre a interdisciplinaridade que pode e deve utilizar a seu favor. A interdisciplinaridade é considerada uma inter-relação e interação das disciplinas a fim de atingir um objetivo comum. Nesse caso, ocorre uma unificação conceitual dos métodos e estruturas em que as potencialidades das disciplinas são exploradas e ampliadas. Estabelece-se uma interdependência entre as disciplinas, busca-se o diálogo com outras formas de conhecimento e com outras metodologias, com o objetivo de construir um novo conhecimento. A interdisciplinaridade é também entendida como um diálogo que possibilita o enriquecimento das disciplinas em nível de método e perspectiva. É uma das chaves para a compreensão do mundo, uma vez que esse não é feito de coisas isoladas, mas, consiste em várias dimensões complementares. A interdisciplinaridade é um conceito que se aplica às ciências, à produção do conhecimento e ao ensino, especialmente em áreas que demandam, de forma direta, a interdisciplinaridade, como, por exemplo, a saúde. Na atualidade, vem ocorrendo uma série de transformações no mundo do trabalho, nas relações entre as pessoas, nas inovações tecnológicas, originando novas maneiras de organizar a produção. Essa mudança no campo da saúde deve trazer transformações na área da educação, cujas transformações em curso mostram a transição da concepção tradicional para a concepção crítico-reflexiva da educação. Nessa nova perspectiva de educação, a pesquisa deve ser considerada um princípio educativo, instrumento básico de formação. A educação dos profissionais de saúde deve pautar-se nos conhecimentos experimentados, vividos, pois esses permitem formar profissionais com capacidade de solucionar problemas. Desse modo, a educação deve ser prática e medir sua qualidade frente à necessidade de contribuir para melhorar a situação de saúde da população. Um novo modelo de atenção à saúde tem sido proposto e para isso são necessárias mudanças no sistema de formação dos profissionais de saúde. Os projetos curriculares integrados fazem parte dessa estratégia de mudança. A Saúde é considerada uma área eminentemente interdisciplinar e a integração de disciplinas no âmbito dos cursos que preparam recursos humanos, para atuar nesse campo, certamente poderá levar à formação de profissionais mais comprometidos com a realidade de saúde e com a sua transformação.

Por essa razão é que a cada momento a obra agregou temas que cada profissional com sua experiência de sala de aula e/ou hospitais ou equipe crítica e editorial apresentaram como possibilidade de integração ao conteúdo que estava sendo produzido num determinado capitulo, com o objetivo de oferecer questões e assuntos para as demandas atuais da sala de aula. Temos o imenso orgulho de oferecer além do manual básico do educador com um panorama geral da obra, mais nove exemplares específicos abordando um grupo de áreas afins para correlacionar os conhecimentos de varias disciplinas ou ciências com o objetivo de realizar trabalho em equipe, tendo em vista o caráter interdisciplinar da Área de Saúde. A saber:

Grupo 1: Profissionalização: Metodologia, Informática e Língua Portuguesa aplicadas à enfermagem.

Grupo 2: Recursos Humanos, administração e segurança do trabalho: Ética, Psicologia, Biossegurança, Atividade hospitalar e meio ambiente, Primeiros socorros e Segurança aplicada a enfermagem.

Grupo 3: Ciências biológicas: Citologia, Anatomia, Microbiologia e Parasitologia aplicadas à enfermagem.

Grupo 4: Saúde da comunidade: Saúde coletiva, Nutrição e dietoterapia, Doenças transmissíveis, Saúde do homem, Assistência domiciliar e home care, e Administração aplicada à enfermagem.

Grupo 5: Farmácia: Preparação e administração de medicamento (I e II) e Farmacologia.

Grupo 6: Gestão e planejamento: Fundamentos, Anotação de enfermagem e Administração de medicamentos (3)

Grupo 7: Setores não críticos: Clínica médica, Clínica cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia, Ortopedia e trauma, Gerontologia, Psiquiatria, Oncologia, Assistência de enfermagem em infecções.

Grupo 8: Setores críticos: Centro cirúrgico, Neurologia, UTI, Nefrologia, Urgência e emergência.

Grupo 9: Terminologia.

Abrimos todos esses grupos de assuntos com as competências a serem desenvolvidas. O modelo de competência não significa necessariamente apressar, nem desconsiderar o processo de apreensão dos conhecimentos. Na realidade, a competência reconhece a importância crucial das experiências existentes, da participação dos agentes como elementos do processo de apreensão do conhecimento. A pedagogia das competências enfatiza a ação do indivíduo numa dada situação, seu desempenho no cumprimento dos resultados ou na resolução de problemas. Logo após apresentamos um modelo básico de plano de aula, que a instituição solicita e você poderá ter esse modelo padrão nas mãos quando desejar, e a partir dele produzir os próximos registrando as metodologias que julgar necessário às suas aulas. Na sequência você encontrará um texto registrado de Aquecimento cujo objetivo é enriquecer o tema do capitulo, ampliando os conteúdos já presentes no livro didático. A cada leitura o educador pode e deve ter novas ideais para fazer o diferencial em sua prática pedagógica. As dinâmicas vão possibilitar quebrar o marasmo ou o desânimo que porventura pode se apresentar em sala de aula. É claro educador que você poderá adaptá-las para sua realidade. Os textos para reflexão poderão ser tema de trabalhos, seminários, teatro, novas pesquisas na internet, em livros ou base de dados da biblioteca da sua instituição. Às vezes você encontrará filme recomendado ou jogos, mas, não será uma regra, pois nos livros didáticos cada capitulo já oferece uma variedade de livros e filmes como dicas para complementar o assunto desenvolvido em aula e concluímos com um questionário sobre a prática pedagógica: Todos os professores devem, ao ensinar, respeitar as diferenças individuais dos alunos, considerar as diferentes capacidades, habilidades, experiência prévia e estilos de aprendizagem de seus alunos e constantemente rever sua postura e estratégias utilizadas. Saiba que nenhuma dessas “práticas” oferecidas neste manual, tem valor sem seu trabalho, seu amor à profissão, suas estratégias, seu desejo de ser aquela luz que seus alunos anseiam por encontrar, a voz da coragem de não permitir jamais que seus alunos desistam. È você educador, o responsável por conduzir com maestria a formação, promoção e construção de um mundo de cuidado que contemple não somente o cliente, como também toda a equipe que presta a assistência de enfermagem.

Essa obra que está em suas mãos com renomados autores em suas áreas de pesquisa e atuação prática, organizada com o cuidado, rigor editorial e amor pela profissão espera ir de encontro às necessidades de todos vocês docentes que acreditam como nós que podemos sim transformar nossa educação com profissionais comprometidos para que os alunos possam dessa forma aprender o simples e o complexo ao mesmo tempo. Que os alunos tornem-se tanto aptos para a compreensão da política de saúde no contexto das políticas sociais, quanto para desenvolver a atenção de enfermagem ao conjunto da atenção à saúde, considerando as diferentes necessidades apresentadas pelo indivíduo, família e grupos populacionais.

Excelentes Aulas!